Sexta-feira, 4 de outubro de 2024 - 14h17
Uma captação de órgãos
foi realizada no Pronto Socorro João Paulo II, em Porto Velho, na quinta-feira
(3), com objetivo de destinar um fígado, dois rins e duas córneas para três
pessoas diferentes. O procedimento visa dar continuidade à vida dos usuários do
Sistema Único de Saúde (SUS) que aguardam na fila de espera. Os órgãos terão
destinos diferentes, o fígado segue para o estado do Acre, rins para São Paulo
e Goiás e as córneas foram encaminhadas ao Banco de Olhos em Rondônia.
A
coordenadora do Serviço de Transplantes da Fundação Hospital do Acre, Valéria
Monteiro, enfatizou sobre o serviço que, “o estado de Rondônia é uma referência
na Região Norte em doação de órgãos. Por isso, nós agradecemos ao governo do
estado, através da Central Estadual de Transplantes, pela parceria, pois traz
um ganho para toda a região e possibilita salvar vidas. Há um grande desafio
logístico para garantir a captação do órgão que será implantado, mas com o
apoio de todos os envolvidos, continuaremos avançando para devolver qualidade
de vida àqueles que precisam”, salientou.
ATO
SOLIDÁRIO
O
titular da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Jefferson Rocha, destacou a
importância do procedimento para as vidas que esperam um sim. “Muitas pessoas
aguardam ansiosamente por um transplante na fila do SUS. Quando os familiares
decidem com um ato solidário dizer sim para doação, não estão apenas salvando
vidas, mas estimulando a conscientização para a importância da doação de órgãos.”
DADOS DO DOADOR
Segundo
a enfermeira da Central de Transplantes de Rondônia, Renata Restier, quando
ocorre a doação de um órgão ou tecido, o doador passa por exames cujos
resultados são inseridos no Sistema Informatizado de Gerenciamento do Sistema
Nacional de Transplantes (SNT). Esse sistema cruza os dados do doador com
os dos receptores, listando em ordem decrescente os candidatos mais
compatíveis. Esse processo é chamado de distribuição de órgãos, sendo de
responsabilidade exclusiva da Central de Transplantes (CET).
Embora o
sistema de transplantes e a fila sejam nacionais, a distribuição dos órgãos é
feita de forma regionalizada. Assim, se houver receptores compatíveis na mesma
região do doador, a seleção é limitada ao nível regional.
COMO SER UM DOADOR
Para
tornar-se um doador, é necessário informar seu desejo à família. No Brasil, a
doação de órgãos requer a autorização familiar. As doações acontecem a partir
dos doadores falecidos, pacientes diagnosticados com morte encefálica,
geralmente vítimas de catástrofes cerebrais, como traumatismo craniano ou
Acidente Vascular Cerebral (AVC), também denominado derrame cerebral.
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