Sexta-feira, 21 de janeiro de 2022 - 14h25
Importante medicação utilizada para amenizar os sintomas
causados pela Influzenza, o Tamiflu, deve ser administrado preferencialmente
após 48 horas da incidência dos primeiros sintomas gripais. Em Rondônia esse
medicamento está sendo entregue pelo Governo do Estado, por meio da Agência
Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) de maneira mais efetiva.
Para se ter uma ideia, nos meses de dezembro e janeiro, o
Poder Executivo entregou 100 mil comprimidos do medicamento alcançando os 52
municípios e contribuindo no combate ao surto de Influenza registrado no
Estado.
A gerente técnica de Vigilância Epidemiologia da Agevisa,
Maria Arlete da Gama Baldez, explica que
a quantidade de medicamentos distribuídos nos últimos dois meses, corresponde a
três vezes mais o que é consumido mensalmente em outras ocasiões.
“Este ano a nossa programação foi totalmente superada,
tanto que só no mês de dezembro distribuímos 40 mil comprimidos de Tamiflu de
75 miligramas. A nossa média de consumo não chega a 25 mil por mês”, detalha a
gerente.
Mediante a situação, a Agevisa solicitou ao Ministério da
Saúde (MS) mais 60 mil comprimidos para o mês de janeiro e todos também foram
distribuídos. “No dia 10 de janeiro fizemos essa distribuição tanto para os
municípios quanto para as Regionais de Saúde”, explica.
O medicamento também foi entregue para Unidades de Saúde da
gestão estadual, como hospitais de referência e hospitais regionais. “Estamos
praticamente sem Tamiflu. Já entramos em contato novamente com o Ministério da
Saúde solicitando um quantitativo adicional, e não está sendo fácil atender
porque o Brasil inteiro está passando por uma situação de surto de Influenza e
essa medicação está sendo muito solicitada. O quantitativo solicitado é para
cobrir o restante do mês de janeiro e fevereiro”, comenta Maria Arlete Baldez.
USO DO MEDICAMENTO
De acordo com a gerente, o uso do Tamiflu é muito
importante no tratamento da Influenza, pois evita que um caso leve evolua para
caso grave. “Por isso a recomendação é de que essa medicação seja prescrita até
48 horas do início dos sintomas, pois corta o processo de infecção muito
rápido. “O paciente que estiver com mais dias de evolução pode tomar o Tamiflu,
mas o efeito não será o mesmo de quando toma no período oportuno. Sempre o
paciente se beneficia, mas o maior benefício ocorre quando ele toma precocemente”.
Outro benefício do uso da medicação é que reduz a
quantidade de vírus Influenza que um paciente expele para o meio ambiente. Com
a diminuição da quantidade de vírus circulantes há, também, redução na
exposição para outras pessoas. “São essas duas importantes indicações para o
uso do medicamento: evitar que um caso leve evolua para caso grave e diminuir a
contaminação do meio ambiente. Quando a gente bloqueia a infecção até 48 horas
dos sintomas, ele deixa de estar eliminando uma quantidade de vírus muito
grande para o meio ambiente”, conclui Maria Arlete Baldez.
DISTRIBUIÇÃO
O diretor-executivo da Agevisa, Edilson Silva, explica que
a logística de entrega do medicamento consta de distribuição às Regionais de
Saúde. “Equipes de cada município vão até uma Regional de Saúde, pegam seu
quantitativo e distribuem entre as unidades de saúde. Essa medicação tem que
estar em toda e qualquer unidade de saúde, mas estrategicamente deve estar nas
Unidades Básicas de Saúde (UBS), pois são a principal porta de entrada do
Sistema Único de Saúde (SUS)”, observa.
O Tamiflu é uma medicação adquirida pela Ministério da
Saúde, entregue aos estados, que distribuem aos seus municípios, melhorando o
acesso da população a essa medicação. “Assim que o medicamento chega no Estado
é feita a distribuição; tentamos enviar no menor período de tempo possível e
encaminhamos às Regionais de Saúde. Cada município é autônomo para decidir qual
a estratégia vai usar, mas o ideal é que a medicação esteja em todas as
unidades de saúde, porém a prefeitura deve eleger aquelas que apresentam maior
demanda e dar ciência à população de que o medicamento se encontra em tais
UBSs”, finaliza o diretor.
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