Quinta-feira, 15 de novembro de 2018 - 08h17
O Conselho Federal de Medicina (CFM)
se manifestou hoje sobre o anúncio do governo de Cuba de retirada de seus
profissionais do Programa Mais Médicos. Em nota divulgada à imprensa, o CFM
afirma que o Brasil conta com médicos formados em número suficiente para
atender às demandas da população.
“Para estimular a fixação dos médicos
brasileiros em áreas distantes e de difícil provimento, o governo deve prever a
criação de uma carreira de Estado para o médico, com a obrigação dos gestores
de oferecerem o suporte para sua atuação, assim como remuneração adequada”, diz
a nota divulgada pelo conselho.
O texto ressalta que cabe ao governo
oferecer aos médicos brasileiros condições adequadas para atender a população.
Infraestrutura de trabalho, apoio de equipe multidisciplinar, acesso a exames e
a uma rede de referência para encaminhamento de casos mais graves são os itens
apontados pelo CFM que o governo precisa garantir para os profissionais
brasileiros desempenharem suas funções.
O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (14) que vai lançar um edital nos próximos dias para médicos brasileiros que queiram ocupar as vagas que serão deixadas pelos profissionais cubanos que integram o programa Mais Médicos, que atende população que vive em áreas carentes e periferias. Segundo o ministério, 8.332 vagas são ocupadas por esses profissionais.
As autoridades cubanas afirmaram que
seus profissionais deixarão o programa por discordarem de exigências feitas
pelo novo governo, como a revalidação dos diplomas. Em coletiva de imprensa
nesta tarde, o presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou que os cubanos que
quiserem atuar no país devem revalidar os diplomas.
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