Quarta-feira, 15 de março de 2017 - 07h55
O Hospital de Base Ary Pinheiro (HB) – referência no tratamento de alta complexidade em Rondônia – obteve, no início deste mês, mais uma marca importante: foi o primeiro hospital da rede gerida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a realizar uma prostatectomia radical.
Trata-se de uma cirurgia de alta complexidade que tem como objetivo a remoção de parte ou toda a próstata. É realizada em casos de tumores (câncer de próstata) e quando a próstata se torna muito grande (hiperplasia benigna de próstata), a ponto de restringir o fluxo de urina através da uretra.
A cirurgia pioneira no SUS em Rondônia foi realizada por médicos do Departamento de Urologia do HB, em um paciente de 67 anos, do interior do Estado. Todo o procedimento cirúrgico bem como a recuperação foi coordenado pelo diretor do departamento, Cid Scarpa.
De acordo com Cid Scarpa, a cirurgia foi feita pelo método de videolaparoscopia, uma técnica cirúrgica minimamente invasiva realizada com auxílio de uma endocâmera no abdômen. Para criar o espaço necessário paras as “manobras” cirúrgicas e visualização adequada das vísceras abdominais, a cavidade peritonial é insuflada com gás carbônico, relata o urologista.
De acordo com o diretor do Departamento de Urologia do HB, este tipo de procedimento cirúrgico na próstata é realizada em pacientes comprovadamente com câncer inicial e visando sua cura. O procedimento demora de quatro a seis horas. A previsão de permanência no hospital é de, no máximo, três dias, onde se inicia a recuperação, explica Cid Scarpa.
No primeiro dia o local do corte pode incomodar pela presença da dor principalmente ao tossir, mas um bom analgésico, prescrito pelo urologista, resolve isso, acrescenta. De acordo com Scarpa a sonda vesical (tubo no uretra) permanece no canal por até sete dias.
Na maioria dos casos, após sete dias, a ferida operatória está seca e os pontos já foram absorvidos ou retirados (quando usa-se o nylon). Este é o momento para retirada da sonda vesical. Esse procedimento é rápido, dura cerca de 15 segundos, causa um pouco de incômodo, não causa dor e normalmente existe um descontrole para segurar a urina, explica o urologista.
Cid Scarpa adianta que o Departamento de Urologia do HB trabalha com a expectativa de oferecer, em médio prazo, o serviço para o maior número possível de pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) que necessitam deste tipo de procedimento.
AVANÇOS
O secretário estadual de Saúde, Williames Pimentel, comemorou a implantação de mais uma serviço de alta complexidade no HB. Ele destacou o compromisso do governador Confúcio Moura de adotar um padrão de investimento na área para manter sempre a busca pela melhoria, ampliação e qualidade, conceitos conquistados em nível nacional pelo setor de Saúde de Rondônia.
Rondônia coleciona números positivos como: único estado da Região Norte que está acima de média nacional – proposta pelo Ministério da Saúde – na oferta de leitos de UTI, possui um dos três menores índices de mortalidade infantil no Brasil, maior ampliação na oferta de leitos pelo SUS, pesquisa publicada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), Laboratório Estadual de Patologia e Análises Clínicas (Lepac) único nas regiões Norte e Nordeste, com capacidade de realizar cerca de três mil exames por hora, maioria de alta complexidade, entre outros avanços conquistados pelo governo de Rondônia, afirma Williames Pimentel.
Leia mais:
Fonte
Texto: Zacarias Pena Verde
Fotos: Admilson Knigthz
Secom - Governo de Rondônia
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