Quarta-feira, 28 de julho de 2010 - 17h02
Roberta Lopes
Agência Brasil
Brasília - A hepatite C é a doença que causa o maior número de óbitos entre todos os tipos de hepatite, de acordo com dados divulgados hoje (28) pelo Ministério da Saúde, em razão do Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais. Segundo a diretora do Departamento de DST/Aids do ministério, Mariângela Simão, mais de 70% dos casos desse tipo de hepatite se tornam crônicos.
“Os grupos que são atingidos pela hepatite C são grupos mais velhos, em especial por transfusão sanguínea. Essa hepatite é silenciosa e, em 70% dos casos, se tornam crônicos. Além disso, não há uma vacina disponível no mundo contra ela”, disse.
Em 2009 foram confirmados no Brasil 9.794 casos de hepatite C e em 2008 foram 9.954 casos. Grande parte desses casos se concentram na faixa etária dos 50 aos 59 anos, que foram contaminados por meio de seringas não esterilizadas e transfusão de sangue feitas até 1993, quando não havia sido inciado teste para hepatite.
Outro tipo de hepatite que também tem preocupado é a hepatite B, na qual cerca de 90% a 95% dos casos se tornam agudos. Esse tipo de hepatite atinge principalmente a faixa etária entre 20 e 59 anos. No ano passado foram confirmados 14.601 casos da doença no Brasil, que pode ser evitada por meio de vacina, encontrada em toda a rede pública de saúde.
A hepatite B normalmente é transmitida por meio de relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de agulhas e seringas contaminadas, objetos de manicure não esterilizados entre outras. Ela pode ser evitada por meio de vacina, que é aplicada em três doses até os 19 anos, pelo uso de camisinha e esterilização de objetos.
Em relação à hepatite A, foram registrados no país ano passado 10.383 casos da doença, que atinge principalmente a faixa etária de até os 12 anos de idade. A principal forma de contagio é por meio da água contaminada, alimentos mal lavados, mãos mal lavadas ou sujas de fezes ou objetos contaminados. Ela pode ser evitada por meio de vacina.
A hepatite D foi a que teve o menor número de casos confirmados no Brasil no ano passado, com 242 casos. Ela normalmente ocorre em conjunto com a hepatite B, pois o vírus da hepatite D usa uma proteína do vírus da hepatite B para poder se desenvolver. A hepatite D é adquirida pelo mesmo modo que a hepatite B e o tratamento indicado é o mesmo para esses dois tipos da doença. A vacina contra esse tipo de hepatite é o mesmo para o tipo B.
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