Sexta-feira, 12 de março de 2010 - 15h24
A menos de completar dois anos de funcionamento no Hospital de Base Ary Pinheiro, o Centro de Cateterismo e Tratamento Endovascular (CCATE) realizou nesta semana o exame de cateterismo de nº 2000. Inaugurado no mês de junho de 2008, o centro revolucionou o atendimento cardiológico em Rondônia, notadamente no oferecimento de serviços de diagnóstico das doenças cardiovasculares.
Foram investidos recursos na ordem de R$5 milhões de reais para implantação do centro, informa o diretor geral do Hospital de Base, médico Amado Rahhal, ao agradecer ao Governo de Rondônia por ter acreditado na implantação do projeto que, segundo ele é “uma evolução na área da medicina em Rondônia e a superação de mais um desafio para se oferecer serviços de diagnóstico em cardiologia que podem ser realizados aqui mesmo no Estado”.
Para o secretário da Sesau, Milton Moreira, a implantação desses serviços representa avanços significativos na área de cardiologia no Estado. “Foram investidos recursos do próprio Estado e do Ministério da Saúde em equipamentos, qualificação de profissionais, ampliação de serviços e de novos atendimentos em benefício de toda a população”, destacou o secretário.
O centro de cateterismo conta com uma equipe de quatro médicos cardiologistas intervencionistas que realizam os exames diagnósticos e terapêuticos, além de uma médica que cuida da parte clínica. Além disso, conta ainda com uma equipe de técnicos e auxiliares que atende pacientes encaminhados de municípios de todo o Estado. São cerca de 120 exames por mês, além de oito a dez procedimentos cirúrgicos, informa o cardiologista instensivista Wangles Jotão Geraldo, da equipe do CCATE.
Exame diagnostica problemas cardiovasculares
O cateterismo é um exame cardiológico invasivo para diagnosticar ou corrigir problemas cardiovasculares. É feito através da colocação de um cateter (tubo) para colocação de um extensor dentro de uma artéria ou veia obstruída, que pode ser tanto na perna quanto no braço do paciente e vai até o coração. O procedimento dura de vinte a quarenta minutos. O paciente é internado pela manhã e à tarde já é liberado. O exame, que é monitorado através de vídeo, indica a melhor terapêutica em caso de obstrução coronariana e define o tratamento, se há necessidade de uma angioplastia ou cirurgia cardiovascular. Em caso de angioplastia, o procedimento dura em torno de uma hora. Em 90% dos casos, os problemas são resolvidos no Hospital de Base e não é necessário o deslocamento do paciente. A taxa de complicações graves não atinge 1%, informa Wangles.
Economia no deslocamento de pacientes
Além de facilitar o atendimento cardiovascular em Rondônia, segundo Rahhal, o centro de hemodinâmica possibilitou a economia de passagens áreas concedidas através do Programa de Tratamento Fora de Domicílio (TFD) aos dois mil pacientes atendidos e de seus acompanhantes. No período, representa a economia de cerca de 8 mil passagens e custeio de deslocamento, informa o médico.
Concretização de um sonho
Na opinião do coordenador do CCATE, o cardiologista intensivista Daniel Mugrabi, o valor maior na implantação do centro é “o valor da vida”, porque, muitas vezes, segundo ele, não há tempo suficiente para o paciente se deslocar e alcançar atendimento e diagnóstico.
Mugrabi relata que a implantação do CCATE é a realização de um sonho em trazer esses serviços para atender a população do Estado. Ele e o cardiologista Wangles acompanharam toda a implantação do centro desde a realização do projeto. “Dois mil cateterismos realizados é um número considerável e a concretização de um projeto que muitos não acreditavam que saísse do papel”, declarou, ao refletir que foi superada a fase do descrédito e da desconfiança dos que torciam contra e não acreditavam na implantação do serviço. “Mas o crédito do Dr. Amado Rahhal e o rigor do secretário Milton Moreira ao expor nossa iniciativa ao Governo de Rondônia pôde concretizar esse trabalho”, avalia o médico.
Tanto Mugrabi, quanto Wangles são médicos que nasceram e Rondônia e foram estudar medicina fora do Estado, tendo se especializado em cardiologia no Hospital da Beneficência Portuguesa, em São Paulo. Eles chegaram ao Hospital de Base antes da implantação do centro de cateterismo, acompanharam todo o processo e ajudaram na implantação. “Poder trabalhar em nosso Estado, desenvolver um projeto em nossa área e oferecer resultados satisfatórios à população é muito gratificante”, relata o médico, que acompanhou todo o desenvolvimento do projeto e a capacitação de toda a equipe para o funcionamento do CCATE.
O médico exemplifica que a satisfação é ainda maior quando os resultados são positivos, como o agradecimento dos colegas cardiologistas que encaminham pacientes do interior do Estado. “É um serviço de alta complexidade que há dois anos não existia, mas que agora é uma realidade”, reflete ao guardar o duomilésimo exame (foto).
Fonte: MIRIAN FRANCO
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