Hospital do Câncer de Porto Velho recebe carreta oncológica

Uma parceria entre a Secretária de Estado da Saúde (Sesau), Hospital do Câncer de Barretos/SP e um investimento de R$ 1,7 milhões do Instituto Avon possibilitarão, a partir do dia 09 de dezembro, a implementação de um projeto inovador de detecção precoce do câncer em Rondônia. Uma ação embasada no programa de combate ao câncer da Holanda, país que possui a melhor tecnologia social de controle da doença no mundo.

Com o período previsto para três anos no Estado, a carreta oncológica, décima no país, veio de Barretos (SP) e possui estrutura voltada para o atendimento preventivo, com equipamentos de última geração no que se refere à detecção do câncer, como a mamografia digital com estereotaxia, utilizada para exames de biopsia.

EXAMES CÂNCER

De acordo com Henrique Prata, diretor geral do Hospital do Câncer de Barretos, 14 municípios compreendidos na região de Guajará-Mirim a Ariquemes serão beneficiados pelo projeto. “O índice de câncer em estagio avançado na região passa de 70%, o que é comum para uma área que não possui um hospital especializado. Com o nosso trabalho pretendemos alcançar nos próximos anos a detecção da doença com 90% dos casos possíveis de tratamento”.

“Esta é uma ação que não tem preço e a chance de salvar vidas é melhor que a de qualquer hospital. O governador teve a felicidade de entender bem esta proposta e já estamos mobilizando junto à Assembleia Legislativa (Ale/RO), uma nova carreta que possa atender de Ariquemes para baixo. A meta é reduzir para 10% as despesas que Rondônia tem hoje”, complementa o diretor do hospital.

De acordo com o diretor, a expectativa é de que sejam atendidos cerca de 100 mil pacientes por ano, sendo 25 mil exames de câncer de mama, 10 mil de câncer de colo do útero e 20 mil para homens com câncer de próstata. Todos os pacientes na faixa etária de 40 a 69 anos e todos atendidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

ATENDIMENTOS

As pessoas que apresentarem algum tipo de anormalidade nos exames serão encaminhadas para a unidade da capital, que também foi contemplada com um aparelho de mamografia digital financiado pelo Instituto Avon, para avaliação detalhada com diagnóstico previsto para 30 dias após o exame. Em caso de detecção de um possível câncer, o tratamento é iniciado em no máximo 60 dias. Gente de Opinião

“São 35 mulheres que morrem por dia no país devido ao câncer de mama que poderiam ser salvas com o diagnóstico precoce. Para nós do instituto Avon é uma honra poder retornar estes investimentos para a sociedade, pois a Avon quer estar presente na vida das clientes não apenas no momento de beleza, mas também no momento de saúde da mulher”, garante Alessandra Ginante, presidente do Conselho Deliberativo do instituto Avon.

De acordo com o prefeito de Mirante da Serra, Vitorino Cherque, Presidente da Associação Rondoniense de Municípios (Arom) a carreta salvará muitas vidas no interior. “O homem do campo por vezes tem medo de ir ao médico justamente por causa do resultado dos diagnósticos. Ao levar até os municípios este atendimento, não há desculpa para não fazer o exame, é o que poderá representar uma possibilidade maior de cura”.

Cidades contempladas pelo projeto

Porto Velho, Itapuã, Candeias, Guajará-Mirim, Nova Mamoré, Ariquemes , Cujubim, Rio Crespo, Alto Paraíso, Cacaulândia, Machadinho D’Oeste, Monte Negro, Campo Novo de Rondônia, Buritis.

Pacientes relatam drama da doença

Diagnosticada com Câncer de Mama em janeiro deste ano, Terezinha Martins Pereira, de Machadinho D’Oeste, conta que a falta de informação sobre a doença ainda é um problema, pois se escuta falar e, por vezes, somos sensibilizados com casos de amigo e até parentes, mas quando vivenciamos a realidade é outra.

Em meio ao tratamento ela busca na fé a força para seguir adiante. “Fui muito bem atendida aqui em Porto Velho no hospital e espero terminar logo”, brinca.

Emagreceu, perdeu o cabelo devido ao tratamento, mas que foi um período compensados um ano depois quando recebeu a alta. Por fim tinha vencido a doença.

Natural de Porto Velho, aos 55 anos, Dona Ilza Aparecida Maria dos Santos vivenciou o drama em 2007 quando foi diagnosticado um câncer de intestino. A funcionária publica aposentada da Seduc, mãe de 12 filhos, dos quais “10 vivos e tudo criado”, conta alegre, diz que a parte mais difícil da guerra contra a doença foi receber a noticia.

“Fiquei um ano internada, sem dinheiro nem nada lá na Unicamp”. Ela conta que foram momentos dolorosos longe da família. Emagreceu, perdeu o cabelo devido ao tratamento, mas que foi um período compensado um ano depois, quando recebeu a alta. Por fim tinha vencido a doença.

Fonte: Romeu Noé
Fotos: Ésio Mendes
Fonte: Decom

Quarta-feira, 27 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

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