Quarta-feira, 2 de setembro de 2015 - 10h21
O Hospital João Paulo II – referência no atendimento de alta complexidade em Rondônia – fechou o ano passado com quase 39 mil procedimentos médicos. No total, 38.598 pessoas foram atendidas na unidade de saúde, segundo dados do setor de estatísticas da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau).
Desse total, 13.464 deram entrada na clínica médica, que lidera em atendimentos, seguida pelo setor de ortopedia, com 12.459 procedimentos. Os números, em relação ao mesmo período de 2013, registram um crescimento de pelo menos 30%.
Segundo o diretor-executivo do João Paulo II, Carlos Eduardo Araújo, a tendência é manter a média de crescimento do atendimento em torno de 30%, em relação a 2014. De janeiro a julho deste ano foram registrados 23.305 procedimentos.
Os números apontam, ainda, que Porto Velho é quem mais encaminha pacientes para o João Paulo II. Em média, 75% são da Capital, e que poderiam ser atendidos nas Unidades de Pronto-Atendimento (UPA) do município instaladas nas zonas Leste e Sul.
O relatório mostra como exemplo o mês de março deste ano. Deram entrada no hospital, 2.521 pessoas. Desse total, 1.679 foram atendidas, medicadas e liberadas ainda no ambulatório.
Esses pacientes poderiam ter sido atendidos em uma das UPAs da cidade, caso a unidade estivesse funcionando de forma adequada. Outros 842 ficaram internados porque os casos eram de alta complexidade, classificação que pertence ao João Paulo II.
INTERNAÇÕES
O estudo apresentado pelo setor de estatísticas da Sesau aponta que dos 38.598 pacientes atendidos em 2014, pelo menos 16.060 ficaram internados, enquanto 22.538 foram liderados ainda no ambulatório.
Em relação ao ano passado, os atendimentos no setor de ortopedia devem superar a casa dos 30%. No primeiro semestre, 8.239 foram realizados. Os números comprovam o caos gerado nos hospitais públicos pelos índices alarmantes de acidentes de trânsito. Em Porto Velho, a maioria é provocada por motociclistas.
De acordo com o secretário estadual de Saúde, Williames Pimentel, o trânsito vem se tornando um problema para o setor em todo País. Segundo ele, a imprudência de condutores reflete diretamente no Sistema Único de Saúde (SUS) prejudicando qualquer planejamento estratégico anual.
“Mesmo estimando um número alto de acidentados que entrarão pela porta do SUS, os dados podem ser facilmente superados, se mantendo o caos gerado pela guerra travada entre motos e carros”, afirmou o secretário.
Fonte
Texto: Zacarias Pena Verde
Fotos: Ítalo Ricardo
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