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Saúde

Lacen realiza controle vetorial do transmissor da leishmaniose na zona rural de Pimenta Bueno


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Abrigo de animais domésticos também receberam armadilhas

Técnicos do Laboratório Central de Saúde Pública de Rondônia (Lacen) concluíram, no início desta semana, relatório sobre a coleta de flebotomíneo – inseto hospedeiro e transmissor da Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) -, na zona rural do município de Pimenta Bueno, cerca de 500 quilômetros de Porto Velho.

De acordo com técnicos e biólogos do Lacen, o trabalho foi realizado após a ocorrência de diversos casos em humanos e cães – confirmados por diagnóstico laboratorial – no assentamento de produtores rurais, localizado na Linha Araçá.

Foram confirmados quatro casos em humanos. A transmissão é feita pelo contato com animais como cães, picados pelo flebotomíneo, também conhecido popularmente como mosquito-palha. A transmissão é feita apenas pela fêmea infectada pela Leishmania sp, a mais comum na região, diz o relatório.

No Brasil há ocorrência de diversas espécies de flebotomíneos que podem atuar como vetores, além de diversos agentes etiológicos que possuem uma correlação com os seus vetores. O vetor tem hábitos alimentares noturnos e é popularmente conhecido como mosquito-palha, tatuquira, birigui entre outros nomes, afirma a bióloga Camila Flávia Gomes Azzi, em seu relatório.

O trabalho realizado pelo Lacen faz parte do Manual de Vigilância de Leishmaniose Tegumentar Americana, que prevê que o controle químico do inseto adulto deve ser determinado pelo conjunto de informações epidemiológicas e entomológicas, de modo que a coleta entomológica além de fornecer informações sobre ocorrência, distribuição, e quantidade de espécimes deve servir também como indicador de eficácia do controle.

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Análise identifica espécie de transmissor na região

De acordo com Camila Flávia, dezenas de fêmeas foram capturadas por armadilhas luminosas do tipo CDC, utilizadas para coleta dos flebotomíneos. Elas foram instaladas no interior das casas, nos arredores e longe das áreas mais frequentadas pelos moradores do local. A captura ocorreu durante dois dias consecutivos.

A CONTAMINAÇÃO
Segundo os relatos, as pessoas que apresentaram lesões de LTA possuem o costume de realizar pescarias noturnas em um igarapé próximo às residências. A maior incidência de mosquitos na região ocorre durante o período chuvoso. O surgimento das úlceras ocorreu após lesões provocadas por acidentes com materiais perfurocortante.

Segundo o relatório, durante a coleta, foi observado que a armadilha instalada na Residência 1 capturou um grande número de fêmeas ingurgitadas e grávidas. As coletas nas residências 2 e 3 foram negativas, possivelmente por influência da borrifação recente. Com o término da coleta, a equipe deu orientações de medidas preventivas para evitar o contato do vetor com o homem.

O material triado foi encaminhado ao Lacen para clarificação e identificação taxonômica das espécies coletadas. Foram coletados um total aproximado 115 machos e 207 fêmeas de flebotomíneos.


Fonte
Texto: Zacarias Pena Verde
Fotos: Lacen
Secom - Governo de Rondônia

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