Sábado, 1 de maio de 2010 - 13h51
A Maternidade Municipal de Porto Velho, Mãe Esperança (MMME), criou o programa “Gravidez na Adolescência, De Novo Não”, que é voltado para ajudar as mães adolescentes a prevenir a reincidência da gravidez ainda na adolescência. As mães adolescentes podem procurar ou serem encaminhadas para a Maternidade de terça à quinta-feira, a partir das 13 horas. Segundo pesquisa realizada na própria Maternidade com as meninas que engravidaram na adolescência, quase 40% tem mais de um filho, em alguns casos, até três filhos, antes de completarem 20 anos de idade. “Esta pesquisa foi baseada nos dados de dois anos colhidos dos prontuários de mulheres que realizaram laqueadura tubária. Os números revelaram que 70,77% das mulheres pesquisadas tiveram o primeiro filho ainda na adolescência e destas 37,66% tiveram mais um, dois e até três filhos antes de completarem 20 anos. O mais preocupante é que 78% delas não haviam concluído nem o ensino fundamental e, portanto não têm empregabilidade sendo certo que estarão à mercê da assistência social” informou a diretora da Maternidade Municipal, Drª. Ida Peréa.
Uma equipe multiprofissional realiza o atendimento com as mães adolescentes que recebem apoio na criação do filho, no planejamento das próximas estações, no seu retorno à escola, manutenção do vínculo mãe/bebê, garantia do aleitamento e ainda oferece todos os exames e os métodos contraceptivos necessários. Mesmo sendo um programa totalmente gratuito e estar à disposição das jovens, muitas não retornam na data agendada por vários motivos, e muitas só voltam a procurar o programa quando estão novamente grávidas.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a adolescência ocorre dos 10 aos 20 anos de idade, fase da vida em que se desenvolvem além da puberdade, os processos psicológicos de passagem da infância para a vida adulta. “Mas, a principal distinção nesta informação da OMS é quanto a adolescência inicial, dos 10 aos 14 anos, e a adolescência final dos 15 aos 20 anos, existindo notável diferença entre as duas no que diz respeito à da saúde reprodutiva”, destacou a diretora.
Educação Sexual e Escola
Ida Peréa orienta também que, “além da educação sexual, é fundamental a permanência das adolescentes na escola e a construção de um projeto de vida consistente e factível. A adolescente com maior escolaridade e maiores oportunidades de obtenção de renda é menos propensa à gravidez precoce não planejada. É indispensável também disponibilizar camisinhas e métodos anticoncepcionais reversíveis para os adolescentes, tanto masculino e feminino, sexualmente ativos. De todo modo, a jovem que engravida, mesmo que ainda na escola, tem grande probabilidade de abandoná-la sendo difícil a sua re-inserção no sistema educacional, o que favorece a ocorrência de uma nova gravidez”, disse.
De acordo com alguns números divulgados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) houve uma queda no número de partos em adolescentes no Brasil, em especialmente na Região Sul. Porém, este número ainda é muito alto na Região Norte, onde atinge o índice de 28%. Em países europeus este índice varia entre 2% e 3% e no Japão é de apenas 1,7%.
Ações Preventivas da Prefeitura
A prefeitura de Porto Velho através das Secretarias Municipais de Saúde, de Educação e de Assistência Social e das Coordenadorias de Políticas Públicas para as Mulheres e para a Juventude, está enfrentando este problema. Em 2007, foi realizada uma campanha para auxiliar às jovens adolescentes a evitarem a gravidez. A ação foi por meio de uma oficina onde foram abordados vários temas sobre o assunto. A atividade da prefeitura para as adolescentes levantou que geralmente estas gravidezes acontecem entre a primeira e a quinta relação sexual, e a maior causa da gravidez precoce ainda é o desconhecimento dos métodos anticoncepcionais.
Para ajudar na prevenção da gravidez na adolescência o prefeito Roberto Sobrinho sancionou a Lei nº 1.687 que implanta o Programa de Prevenção e Orientação sobre a Gravidez na Adolescência. Pelo programa, pais e adolescentes poderão participar de cursos, palestras e seminários, além de oficinas de auxílio sobre a questão da educação sexual. Para as adolescentes grávidas, ficam asseguradas as condições necessárias a sua freqüência e permanência na escola. Entre outras garantias da nova municipal, ficam assegurados os apoios às grávidas adolescentes nas áreas de assistência social, ginecologia, pediatria, psicologia, além de terem à disposição, profissionais como enfermeiros, nutricionistas e agentes sociais na própria comunidade. Os grupos de apoio funcionam nos postos de saúde sob a coordenação da Semusa.
A Semas tembém tem uma ação específica para o tema, que é o Plano de Ação Assistência à Saúde do Adolescente (ASA). O plano envolve a maioria das secretarias municipais, cada uma com sua responsabilidade dentro da sua área, mas todas envolvidas no único propósito que é tentar reduzir o número de adolescentes grávidas na capital.
Fonte: Fabrícius Bariani
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