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Saúde

Mesmo com ampliação, capacidade de atendimento das UPAs de Porto Velho chega ao limite

Casos de Covid-19 são responsáveis pela saturação. Medidas de prevenção precisam ser reforçadas


Mesmo com ampliação, capacidade de atendimento das UPAs de Porto Velho chega ao limite - Gente de Opinião

Com alta demanda de pacientes infectados com a Covid-19 e que necessitam de internação hospitalar, a Prefeitura de Porto Velho tem ampliado a estrutura de saúde do município para atendimento da população. As ações, entretanto, não têm sido suficientes e o sistema está novamente entrando em colapso.

Para atender a demanda, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Sul tornou-se exclusiva para pacientes moderados e graves de Covid-19. Nesta semana uma tenda com estrutura desmontável foi instalada no estacionamento e para este espaço foi remanejada a recepção.

Onde funcionava a recepção será criada uma grande enfermaria com camas, monitores cardíacos, ventiladores pulmonares e toda estrutura para atender a população.

“A ampliação dos leitos é para que possamos prestar o primeiro atendimento ao paciente de forma digna, e mais confortável. Todos os leitos da UPA são para estabilização dos pacientes até que ocorra a transferência para um hospital, que atenda média e alta complexidade. Não somos Unidade de Internação”, explicou a diretora da UPA Sul, Veridiana Pedrosa.

UNIDADE MANOEL AMORIM DE MATOS

Também para apoio no atendimento dos pacientes com Coronavírus, a Unidade de Saúde da Família Manoel Amorim de Matos teve sua capacidade ampliada. Adequações na recepção também estão sendo criadas, neste caso a mudança para uma tenda está ocorrendo para evitar aglomerações. A unidade foi equipada com cinco leitos para serem usados conforme a necessidade de manter o paciente em observação.

CALL CENTER

Paciente com sintomas gripais, dor de cabeça, perda de olfato e paladar, diarreia, ligeira febre, devem ligar no Call Center 0800 647 5225 e agendar a consulta. A pessoa será direcionada para uma unidade da rede municipal para consulta médica, exame e medicamento conforme prescrição médica.

CONTRIBUIÇÃO

A locação das tendas será custeada com recursos próprios do município, que também recebeu uma doação da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero) para pagamento do primeiro aluguel. As estruturas são completas, com climatização e rede de internet.

LEITOS

Desde o início da pandemia a Prefeitura de Porto Velho vem atuando para aumentar a capacidade de atendimento na rede municipal de saúde, mesmo com diversas dificuldades como a falta de profissionais, por exemplo. Mesmo assim, através de um grande esforço essa ampliação está ocorrendo.

Hoje, Porto Velho conta com 104 leitos distribuídos nas unidades pré-hospitalares como Upa Sul, Upa Leste, Ana Adelaide e José Adelino. Nessas unidades há 23 ventiladores pulmonares e 39 monitores cardíacos para pacientes que necessitam deste tipo de suporte.

SISTEMA SATURADO

Segundo dados da Fiocruz, as dificuldades enfrentadas pela capital Porto Velho, não configuram uma exceção. Vinte e cinco das vinte e sete capitais brasileiras estão com taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos iguais ou superiores a 80%, sendo 19 delas superiores a 90%. Além de Porto Velho, também estão com lotação acima de 100%, Porto Alegre, Cuiabá e Rio Branco.

CONSCIENTIZAÇÃO

Como os casos da Covid-19 estão em ritmo acelerado em Rondônia, inclusive com novas cepas do vírus e elevação do número de mortes provocadas pela pandemia, a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) reforça a importância da população contribuir com medidas preventivas ao novo coronavírus.

“Precisamos da ajuda de todos para que possamos controlar esse problema. Todas as nossas unidades estão operando no limite da capacidade, todos os pacientes têm sido atendidos, da melhor maneira possível, mas os nossos servidores estão chegando à exaustão”, disse a secretária municipal de saúde, Eliana Pasini, ao avaliar o quadro no sistema hospitalar de Porto Velho.

Ela destaca que atitudes simples podem significar a diferença entre a vida e a morte, neste momento de colapso no setor de saúde, não só em Porto Velho, mas em muitos países do mundo. “São ações simples, que há meses vem sendo amplamente divulgadas como manter o isolamento social, lavar as mãos com água e sabão, usar álcool e máscara”, defende a secretária Eliana Pasini.

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