Quinta-feira, 6 de julho de 2023 - 16h44
O Ministério
da Saúde amplia o orçamento da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) com
investimento de mais de R$200 milhões em 2023. A iniciativa tem o objetivo de
aumentar a assistência na rede de saúde mental no SUS em todo Brasil. Ao todo,
o recurso destinado para todos os estados e Distrito Federal será de R$414
milhões no período de um ano. Com os novos valores, o aumento do orçamento da
rede chega a 27%. O fortalecimento da política de saúde mental, focada em
assegurar dignidade, cuidado integral e humanizado em liberdade, além de
reinserção psicossocial e garantia dos direitos humanos, está entre as ações
prioritárias do Ministério da Saúde.
O repasse
será direcionado para 2.855 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) existentes
no país e para os 870 Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT). Ambos terão
recomposição do financiamento e os recursos serão incorporados ao limite
financeiro de média e alta complexidade de estados, do Distrito Federal e dos
municípios com unidades habilitadas. Em Rondônia existem 21 CAPS
habilitados.
·
Confira as habilitações existentes
nos municípios de Rondônia
Além do
investimento, o Ministério da Saúde habilitou novos serviços para expansão da
rede em todo país. Desde março, foram 27 novos CAPS, 55 SRT, 4 Unidades de
Acolhimento e 159 leitos em hospitais gerais - a maioria nos estados do
Nordeste. Os novos serviços foram habilitados em Alagoas, Bahia, Maranhão,
Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Acre, Minas
Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. Para o custeio
desses novos serviços serão investidos R$32.389.256,00 ao ano.
Essa
iniciativa faz parte da reconstrução da política de saúde mental e da retomada
do fortalecimento da rede. Nos últimos seis anos, a RAPS teve um dos mais
baixos crescimentos na série histórica desde 2001, com queda nos repasses para
custeio e novas habilitações. Em todo mundo e no Brasil, a saúde mental passou
a ser uma demanda cada vez maior para os sistemas de saúde, principalmente após
a pandemia da Covid-19. Tratar o tema como eixo central e estratégico para o
SUS é prioridade do Ministério da Saúde, que está alinhado com as diretrizes da
reforma psiquiátrica brasileira.
Assim,
fundamentada na garantia da dignidade humana, base da Declaração Universal dos
Direitos Humanos, a Política Nacional de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas
do Ministério da Saúde reassume os princípios da desinstitucionalização e da
atenção psicossocial para a promoção do cuidado em liberdade e preservação da
cidadania das pessoas que usam os serviços da rede.
O anúncio das novas ações para o
fortalecimento da rede foi feito na segunda-feira (3), durante a 17ª
Conferência Nacional de Saúde (CNS). O evento
reuniu representantes da sociedade civil, entidades e movimentos sociais de
todo Brasil para debates de temas importantes para o sistema público de saúde,
como a saúde mental.
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