Domingo, 24 de setembro de 2006 - 14h34
Em entrevista coletiva, o secretário municipal de saúde, Sid Orleans, disse que a Maternidade Municipal "Mãe Esperança", projetada para atender as gestantes de média e baixa complexidade, gravidez que não apresente risco, vem cumprindo plenamente sua função, inclusive com equipamentos cirúrgicos necessários para garantir segurança e o bom atendimento. O secretário informou aos jornalistas que a maternidade está se preparando para oferecer outros tipos de atendimento, o que deverá acontecer quando ocorrer um novo acordo com o Estado alterando o tipo de atendimento que é prestado hoje. "Tendo em vista esta ampliação de atendimento, solicitamos tão logo iniciou o atendimento da maternidade, a aquisição de um equipamento de ultra-som", destacou Sid, informando que o berçário, dotado de onze incubadoras de última geração, está pronto para atender casos de UTI Neo-Natal.
A diretora da maternidade, Ida Pérea, explicou que o atendimento prestado na unidade não necessita da utilização de ultra-sonografia. "Este equipamento somente se faz necessário durante o pré-natal, prestado pelos postos de saúde", afirmou lembrando que outra situação de uso do equipamento se dá quando a mulher apresenta gravidez de risco e necessita ficar internada na unidade. "Este tipo de atendimento não é feito por nós", ressaltou a diretora, enfatizando que ao chegar para dar a luz a mulher precisa do equipamento.
Ao falar do atendimento na maternidade, a diretora disse que uma forma de avaliar os serviços prestados "é conversar com as mulheres atendidas. Elas é que avaliam a qualidade dos serviços e, se aprovado por elas, é o que importa", afirmou Ida Perea.
Para o médico Alberto Castroviejo, pediatra chefe do Berçário da Maternidade Municipal, é necessário que a sociedade em geral entenda que os serviços da Maternidade Municipal e do Hospital de Base se complementam. A Maternidade ficou com os partos mais simples (baixa e média complexidade) e o Hospital de Base com os partos mais complicados (alta complexidade). "Com isto a população de Porto Velho e de Estados e municípios vizinhos ganharam muito, visto que agora temos dois serviços que se integram", enfatizou Castroviejo.
Desde que foi inaugurada, em julho até o último dia (14), a Maternidade já realizou 692 partos, 580 normais e 104 cesarianas, segundo dados fornecidos pela diretora da unidade, Ida Pérea.
As crianças nascidas na maternidade saem com a certidão de nascimento, vacinadas e com o teste da orelinha realizado. "Além disso, também desenvolvemos os programas de aleitamento materno e planejamento familiar com a realização de laqueaduras", destacou a diretora. As cirurgias de laqueaduras, quando solicitadas pelas mulheres, são agendadas para 60 dias após o parto.
É o caso de Hélia Sardinha Guimarães, mãe de quatro filhos, moradora do Jardim Santana e uma das primeiras a fazer a laqueadura na Maternidade. Acompanhando a mulher, Cristiano Silva Braga, disse que o atendimento na maternidade "é excelente, principalmente porque a gente pode acompanhar o nascimento do nosso filho e mesmo já tendo três, esta foi a primeira vez que pude ficar ao lado da minha esposa. Aqui todo mundo atende bem e até o pessoal da limpeza trata a gente com educação. Não vi este atendimento nem mesmo em hospital particular", ressaltou.
Para Jaqueline Rodrigues da Silva, 20 anos, que teve a primeira filha na maternidade, poder contar com a presença de sua mãe durante todos os momentos, foi o mais importante. "Fiquei muito tranqüila e me senti mais amparada com ela aqui do meu lado, além da atenção dos médicos e enfermeiros". Jaqueline mora no bairro Liberdade e disse que tão logo começou a sentir as dores, foi direto para a maternidade. Contando com o acompanhamento do marido, Simone Azevedo, 21 anos, moradora do JK I, disse que o fato do marido ter ficado ao seu lado lhe deu muita segurança. "Ele acompanhou o parto e fez até foto. O atendimento aqui é muito bom e quando eu for ter outro filho, venho pra essa maternidade".
A dona de casa, Rosimar Lopes da Silva, moradora do bairro Castanheira, acompanhante da filha, Cleiciane da Silva Lima de 20 anos, falou que a maternidade "é uma benção de Deus pois o tratamento aqui é especial. As pessoas são bem humoradas e tratam a gente como gente. Tomara que continue assim. Esse atendimento era tudo que as mulheres precisavam". Rosimar afirmou que "a idéia de permitir acompanhante, tanto é importante para a mulher que vai parir como para a família que fica mais próxima e tranqüila".
Pai pela primeira vez, Tiago Souza Lucas , 20 anos, a pedido da esposa, Márcia das Dores Cruz, acompanhou o nascimento da primeira filha. "Minha mulher ficou bem mais tranqüila com a minha presença e o atendimento tanto dos médicos como dos enfermeiros foi muito bom".
Fonte: Ascom
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