Sábado, 20 de abril de 2013 - 13h02
A Prefeitura Municipal de Porto Velho, o Governo do Estado de Rondônia e o Governo Federal, por meio de ações articuladas entre a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), a Secretaria Estadual de Promoção da Paz (Sepaz) e da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), têm mantido relações de parceria em iniciativas que visam consolidar na capital um sistema prático e eficaz de acolhimento e tratamento a usuários de drogas lícitas e ilícitas.
Segundo demonstram alguns técnicos desses órgãos, a sociedade portovelhense começa a colher frutos desses serviços. Já é possível comemorar algumas etapas, quando se compara o que vinha sendo realizado em tempos passados e o que hoje já é possível fazer num dos setores que se apresenta entre os mais problemáticos da realidade das cidades brasileiras. “No desenvolvimento dos trabalhos das equipes de saúde da família, passamos a perceber que a demanda de solicitações ligadas à área de acolhimento e tratamento de usuários de drogas e álcool crescia e exigia por parte dos agentes mais conhecimento e preparação”, explica Antônio Gurgel, psicólogo da Semusa.
Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf), tanto o da zona Sul como o da Zona Leste, percebendo as dificuldades dos agentes em lidar com os casos de doenças derivadas do consumo de drogas e álcool, interessaram-se em procurar meios pelos quais se pudessem ampliar os serviços voltados para essa demanda e também implantar novas iniciativas para melhor aparelhar o serviço público no atendimento dessas enfermidades físicas e psicológicas.
Dessa forma, passaram a estudar sobre a natureza e efeitos das drogas, sobre os problemas psicológicos causados aos familiares dos dependentes e sobre os meios mais eficientes de acolhimento e tratamento das enfermidades por parte do poder público. “Fomos felizes em encontrar outras pessoas com muita disposição para ajudar. O Ademir Pereira e o professor Pedro Paulo, da Sepaz, que trabalham com políticas sobre drogas; os professores Paulo Calheiros e Paulo Morais, da área da Psicologia, da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), que têm trabalhos interessantes sobre esses assuntos, enfim, temos conseguido estabelecer contatos muito produtivos, de forma que passamos a promover os Seminários sobre Drogas, que têm levado aos agentes conhecimentos e capacitação para acolher os pacientes e encaminhá-los com eficiência aos tratamentos devidos”, esclarece o psicólogo.
Barreira
Especialmente, no caso dos dependentes de crack, o grande problema com que se deparam os agentes é o fato do dependente não assumir o problema e não procurar voluntariamente o tratamento. Nesses casos, o direcionamento passado pelos Nasfs é de que as formas de acolhimento sejam ofertadas às famílias, levando-as a serem acompanhadas em unidades de atendimento, tais como o Centro de Atenção Psicossocial a Álcool e Drogas (CAPS-ad ), situado na Rua Lauro Sodré, 1964, ou o Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil (CAPSi), que funciona na Rua Matrinchã, no Bairro Lagoa. Essas são formas pelas quais o acolhimento e tratamento pode chegar até ao usuário, iniciando-se pelo processo de aconselhamento e acompanhamento sistemático das famílias.
Apoio
Os centros de atenção possuem equipes multiprofissionais com a capacidade de oferecer atendimento psicológico e tratamentos ambulatoriais adequados para os pacientes e familiares. Uma das dificuldades dos serviços públicos nessa área tem sido a ausência de centros de internação. Somente os casos de surtos ou de alta intoxicação são encaminhados ao Hospital de Base ou ao João Paulo II, dependendo da situação. Para os casos de internação voluntária, muitas vezes, o serviço público tem encaminhado pacientes às comunidades terapêuticas privadas. Segundo um cadastramento realizado pela Sesau e pela Sepaz, são quarenta e três as comunidades terapêuticas em funcionamento no estado, todas elas entidades religiosas católicas ou evangélicas. Na cidade de Porto Velho existem dezesseis dessas comunidades terapêuticas. Uma iniciativa nova que está em andamento por parte do Governo do Estado, e que também está sendo estudada por parte da Prefeitura de Porto Velho, é a compra de vagas nessas comunidades para atendimento de pacientes encaminhados pelo serviço público.
Sistema Cognitivo
As formas de tratamento oferecidas pelas comunidades variam, no entanto, a Sepaz e a Sesau estão trabalhando com elas para implantação do sistema Cognitivo Comportamental, como uma forma de terapia que será comum às entidades com as quais o serviço público irá trabalhar mais restritamente. “O tratamento nessas comunidades será de nove meses, e apesar de que cada uma delas tenha seus próprios métodos, que serão respeitados, a Sepaz está introduzindo também seu projeto terapêutico, que é o Tratamento Cognitivo Comportamental. Isso exige a presença de profissionais da saúde capacitados para desenvolver esse método, de forma que elas terão de se adaptar a essa exigência. O Tratamento Cognitivo Comportamental busca atuar levando o indivíduo à percepção de suas perdas, por causa do consumo de drogas, de forma que ele consiga reavaliar seus comportamentos e buscar a aprendizagem de novas formas de se relacionar com seus problemas pessoais e com a sociedade ao seu redor”, explica Ademir Pereira, da Sepaz.
Todo o trabalho que está sendo implantado por esses órgãos passa, fundamentalmente, pela capacitação dos agentes de saúde das famílias. Nesse sentido, o Seminário sobre Drogas, cuja primeira etapa foi realizada de 18 a 31 de março na Zona Sul de Porto Velho, e a segunda etapa, voltada agora aos agentes da Zona Leste, ainda em andamento e com a previsão de encerrar-se nesta sexta-feira, dia 19 de abril, é um passo celebrado por todos os envolvidos nesses trabalhos, que o veem como um grande passo dado na implantação de todas essas iniciativas para a específica área de acolhimento e tratamento dos dependentes de drogas lícitas e ilícitas em Porto Velho.
Fonte: Renato Menghi
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