Terça-feira, 4 de dezembro de 2007 - 14h05
A falta de agendamento obrigatório de consultas por parte dos municípios está superlotando a Policlínica Osvaldo Cruz. A policlínica estadual é um centro de referência em consultas eletivas. Ela é responsável em atender a demanda de pacientes que não encontram especialistas nos 52 municípios. Entre os meses de janeiro a outubro deste ano a POC realizou 87.487 atendimentos. A média mensal foi de mais de 8.700 serviços médicos. A POC não é um centro de atendimento de urgência e emergência, sua função é oferecer consultas especializadas. Os atendimentos de urgência e emergência devem ser encaminhados pelos municípios, sem agendamento, para o Hospital e Pronto Socorro Estadual João Paulo II (JPII).
Para minimizar o problema da demora e das filas os municípios precisam encaminhar os pacientes com o agendamento. Quase a totalidade dos serviços prestados pela POC são feitos sem a obrigatória marcação prévia. Os municípios encaminham diretamente, sem agendamento. Esse fator faz com que muitas pessoas sejam obrigadas a realizar um serviço que deveria ser efetuado pelas secretarias municipais de saúde. Quando o paciente chega até a POC com a consulta previamente marcada, ele tem em mãos, o dia e o horário do atendimento, não enfrentando filas, nem transtornos.
"A Policlínica é obrigada a marcar consultas somente mediante a encaminhamento médico em impresso próprio e com a especialidade e os exames necessários. O encaminhamento é emitido pelo município de origem, através de atendimento dos Postos de Saúde. Esse procedimento é uma determinação pactuada entre os governos federal e estadual e as prefeituras", explicou Débora Rodrigues, diretora da POC.
Agendamento é baixíssimo - Os números da policlínica estadual mostram claramente a falta de agendamento obrigatório para consultas. Nos meses de abril, maio e junho a POC realizou 27.176 atendimentos, no mesmo período apenas 388 consultas foram, de forma correta, marcadas previamente. Isso representa apenas 1,4 % dos serviços prestados pela policlínica. Os outros 98,6% são de pacientes que precisam ir até a POC e enfrentar as filas nos dias de marcação de consultas. Mas mesmo com quase a totalidade de atendimentos, sem agendamento por parte dos municípios, a POC continua realizando os serviços.
"A responsabilidade dos municípios em seguir as regras Sistema Único de Saúde (SUS) e do Ministério da Saúde (MS) para ao agendamento das consultas é definida através de um pacto de ações entre as esferas municipal, estadual e federal. As diretrizes de cada gestor são debatidas e estipuladas nas reuniões da Comissão Intergestora Bipartite (CIB)", afirmou a diretora da POC.
A CIB reúne os gestores das esferas estadual, representado pela Sesau e dos 52 municípios pelo Conselho Estadual dos Secretários Municipais de Saúde. A comissão é um espaço permanente de discussão, pactuação e principalmente de definição de obrigações. A efetivação do pacto entre o Estado e os municípios tem como objetivo melhorar o sistema de agendamento. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) já comunicou, oficialmente, diversas vezes as 52 secretarias municipais para somente enviar pacientes, para POC, com encaminhamento médico para consultas e não diretamente.
Para facilitar o agendamento a POC disponibiliza um setor próprio para o atendimento dos municípios do interior que podem ainda realizar o agendamento de consultas nas cinco Regionais de Saúde. Muitos dos casos que são encaminhados diretamente para POC em Porto Velho poderiam ser atendidos nas regionais de Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal, Rolim de Moura, Vilhena. As cinco regionais do interior e da capital englobam todos as cidades e distritos do Estado. O encaminhamento feito de maneira correta torna a marcação das consultas mais ágil.
R$ 974 mil investidos em 10 meses - O governo de Rondônia investiu de janeiro a outubro de 2007 na realização de atendimentos na policlínica mais de R$ 974.000,00. A média mensal gasta, na unidade, é superior a 97 mil reais. No ultimo mês de outubro a POC fez 9.544 consultas médicas a um custo de R$ 97.578,22.
A POC oferece serviços em fisioterapia, odontologia, psicologia, serviço social, nutrição e psicosocial. A unidade disponibiliza ainda 30 especialidades médicas. Os serviços eletivos envolvem consultas em: cardiologia, cirurgia geral, cardiologia pediátrica, cirurgião vascular, alergologista, cirurgião geral, cirurgião toráxico, cirurgia pediátrica, cirurgia plástica, clinica médica, dermatologia, endocrinologia, gastroentorlogia, ginecologia cirúrgica, ginecologia, ginecologia de alto risco, geriatria, hematologia, dermatologia em hanseníase, neurologia, neurocirurgia, oftalmologia, ortopedia, otorrinologia, oncologia, oncologia cirúrgica, pneumologia, proctologia, psiquiatria, reumatologia, urologia.
Dias para o agendamento de consultas - Para o atendimento direto a população, a Policlínica Oswaldo Cruz divide a marcação das especialidades médicas em dias específicos. Na primeira segunda-feira do mês são agendados serviços de neurologia. Toda terça-feira oftalmologia, na quarta-feira cardiologia e na quinta-feira: reumatologia, urologia, cirurgia plástica, cirurgia pediátrica, otorrinologia, pneumatologia, proctologia, endocrinologia, cirurgia vascular, obesidade e hematologia. Na sexta-feira, ortopedia. Durante todos os dias são agendadas na policlínica consultas para dermatologia, alergologia, cirurgia geral, cirurgia toráxica, urologia e gastroentorologia.
A POC disponibiliza, através de uma Central de Regulação, telefones para os agendamentos feitos pelos municípios. Os do interior podem marcar as consultas de pacientes pelo número 0(xx)-69-3216-5765. Para os postos de saúde de Porto Velho a policlínica disponibiliza o telefone, 3216 5773. Maiores informações também podem ser obtidas pelo número 3216 5786.
Fonte: DECOM
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