Segunda-feira, 12 de junho de 2023 - 14h13
A disfunção erétil, conhecida
popularmente como impotência sexual, é a incapacidade do homem de alcançar ou
manter uma ereção adequada para uma relação sexual satisfatória com penetração
peniana.
É importante saber como as
ereções ocorrem: quando um homem é excitado sexualmente, nervos e
neurotransmissores trabalham juntos para relaxar e dilatar as artérias
presentes dentro do tecido peniano, para que o pênis possa se encher de sangue.
As veias que trazem o sangue de volta contraem para manter o sangue dentro do
pênis e fique ereto. Depois que o homem ejacula, o sangue é liberado do pênis e
ele volta a ficar flácido.
Esse problema se torna mais comum
à medida que os homens envelhecem. Estudos mostram que por volta de 1 em cada 2
homens acima dos 50 anos de idade possui algum grau de disfunção erétil. Embora
a doença se torne mais comum nos homens quanto mais velhos eles ficam, o
envelhecimento não é a única causa, também estando associado a algumas
condições médicas, como doenças cardíacas e diabetes. Estima-se que cerca 50%
dos homens diabéticos têm algum grau de disfunção erétil.
Além disso, estudos recentes indicam que a disfunção erétil pode ser um sinal de alerta precoce para um problema mais sério, como doença cardiovascular. Segundo esses estudos, homens com disfunção erétil sofrem maior risco de ataque cardíaco, AVC ou de problemas circulatórios.
É importante para a vida sexual e para a saúde geral diagnosticar e tratar as condições que causam a disfunção erétil.
A disfunção erétil acontece, portanto, quando o fluxo sanguíneo no pênis não
atende as necessidades fisiológicas de uma ereção. Os fatores de risco para esse
cenário são: hipertensão arterial, diabetes, aumento dos níveis de colesterol,
obesidade e tabagismo. Nessa situação, essa disfunção pode funcionar como um
alerta precoce para uma doença mais séria, como a doença arterial coronariana.
Ocorre, também, quando os impulsos nervosos do cérebro ou da medula espinhal
não chegam ao pênis, por alguma doença (diabetes), lesão neural traumática ou
cirúrgica (retirada da próstata, por exemplo); quando o pênis não consegue
reter o sangue durante uma ereção, e em decorrência de estresse ou por motivos
emocionais.
O tratamento para a disfunção erétil começa com os cuidados com o coração e saúde vascular. É importante destacar e apontar os ‘fatores de risco’ que podem ser evitados ou atenuados, como melhorar os hábitos alimentares (comer mais alimentos como verduras e frutas e limitar aqueles com elevado teor de gordura ou processados), evitar a obesidade, parar de fumar, exercitar-se, evitar o consumo de drogas, inclusive o excesso de ingestão de álcool, e dormir bem entre 7 a 8 horas por dia.
Os medicamentos orais conhecidos para essa condição são os inibidores da fosfodiesterase tipo 5, que aumentam o fluxo sanguíneo do pênis. Esses são medicamentos administrados oralmente em forma de comprimidos. Para obter os melhores resultados, os homens devem tomar essas pílulas por volta de uma ou duas horas antes do ato sexual. Atenção: usá-las sempre sob orientação médica. Esse tipo de medicamento tem contraindicações e efeitos colaterais importantes que precisam ser considerados.
Quando a tratamento medicamentoso não é suficiente, o urologista dispõe de
outras opções que podem resolver o problema, que serão explicadas ao paciente
durante a consulta.
Por fim, quando nenhum dos outros
tratamentos der resultado satisfatório, são indicadas as próteses penianas, que são estruturas tubulares colocadas
cirurgicamente dentro de cada corpo cavernoso do pênis, ocupando o lugar do
tecido erétil. Elas produzem uma rigidez no pênis que permite uma penetração
satisfatória no ato sexual levando à uma solução definitiva para esse problema
que tanto aflige os homens.
Esta coluna faz
parte do Programa de Informações sobre Medicina e Saúde do Hospital Central
(Porto Velho-RO).
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