Segunda-feira, 25 de setembro de 2017 - 16h28
Com mais de 2 mil atendimento realizados em diversas áreas, a segunda etapa da POC Itinerante, o serviço que leva consultas com especialistas da Policlínica Oswaldo Cruz a uma região do interior do estado, foi realiza com sucesso no sábado e domingo (23 e 24), em Ariquemes. A avaliação é do secretário estadual da Saúde, Williames Pimentel.
Localizado a 200 quilômetros de Porto Velho, onde a POC está instalada, o município de Ariquemes é um dos maiores do estado. Para lá também seguiram pacientes de Alto Paraíso, Cacaulândia, Monte Negro, Buritis e Campo Novo.
A POC, que é referência no atendimento de especialista na região Norte, funcionou nos dois dias na Escola Dr. Dirceu de Almeida, na rua Monteiro Lobato, 263, Setor 6.
Foram atendidos exclusivamente os doentes com consultas agendadas nas áreas de cardiologia, ortopedia, ginecologia, pneumologia, reumatologia e endocrinologia, entre outros. Eles foram notificados por telefone de que não precisariam se deslocar para a capital.
“Aqui o médico está mais próximo do paciente e de sua realidade. É atendimento diferenciado”, disse o secretário Pimentel, que acompanhou a instalação dos equipamentos, acolhida e consulta dos pacientes.
CUSTOS
Outra vantagem, ele explicou, é a redução dos custos gerados às prefeituras com os deslocamento num momento em que os municípios sofrem com a falta de dinheiro.
O início dos atendimentos foi precedido de uma rápida cerimônia, com a presença dos médicos. Eles foram citados como “celebridades”, “notáveis”, que atendem nas principais clinicas da capital, mas aceitaram a missão sem levar em conta que abriram mão de dois dias de descanso e convívio com a família.
Com jalecos brancos, os profissionais foram aplaudidos de pé e fizeram pose em grupo sob aplausos dos pacientes. A acolhida festiva se justifica. A rede pública, em todo o país, sofre com a falta de especialistas em número suficiente para atender as necessidades.
“Eles vêm para diminuir o sofrimento dos pacientes. Vêm para confirmar o excluir o diagnóstico e com os meios disponíveis para isto”, argumentou Pimentel ao falar sobre a relevância da POC Itinerante.
O secretário acrescentou que o governo estadual está atento para o bem estar da população, assumindo sua parte nos serviços de saúde. E as prefeituras formalizaram parcerias que ampliam o alcance dos serviços.
Durante dois dias, sob supervisão de José Maria França, diretor geral da POC, voluntários trabalharam para instalar computadores, programas específicos para a área de saúde, internet e impressoras. Também foram instalados uma ‘sala vermelha’, para pequenos procedimentos cirúrgicos com todo o instrumental exigido nos protocolos de saúde.
A POC levou ainda para Ariquemes enfermeiros e técnicos e enfermagem, além do suporte administrativo.
A dedicação foi observada o tempo todo por França, o diretor da POC. “Todos estão envolvidos no compromisso de fazer o melhor”, ele acentuou.
No município de Machadinho do Oeste, onde a POC Itinerante atendeu em agosto deste ano, muitos médicos ficaram até as 22h para concluir as consultas. “Eles abriram mão do horário do jantar para não deixar os paciente aguardando”, destacou França.
Todo os esforço para levar os serviços da POC valeram a pena, como atestou Jusceli da Silva Torres, que acompanhou o pai Aristides Torres, de 80 anos, numa consulta ao pneumologista. “Quando vamos a Porto Velho temos o transporte providenciado pela prefeitura, mas ser atendido perto de casa e melhor. Acho que ajuda no tratamento”, disse ainda na fila para a consulta. Homem do campo, já aposentado Aristides faz viagens regulares à capital para ser atendido na POC.
HUMANIZAÇÃO
Entre uma consulta e outra, a pneumologista Raquel Alcoreza argumentou que a presença da equipe multidisciplinar é um componente positivo para quem está doente. Ela gostou da experiência que teve no município de Machadinho do Oeste, em agosto deste ano.
Outro que retornou ao serviço itinerante foi o geriatra Cristopher Teixeira Rosa. Curitibano e há seis anos em Rondônia, avaliou que a aproximação com o ambiente onde os pacientes residem é importante processo de humanização.
Especializada em espirometria, que trata da função pulmonar, a fisioterapeuta Denise Cardoso foi à sua primeira POC Itinerante e vivia a expectativa de saber como seu trabalho fluiria. Enquanto realizava o primeiro atendimento falou da primeira impressão: “é uma experiência diferente e muito boa”.
DOCUMENTOS
A Secretaria de Assistência e do Desenvolvimento Social (Seas) levou para Ariquemes todos os serviços que oferece na capital. documentos, esclarecimento, encaminhamentos e orientações foram disponibilizados nos dois dias.
Fonte
Texto: Nonato Cruz
Fotos: Ésio Mendes
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