Sábado, 29 de março de 2014 - 08h01
A população de Porto Velho e distritos deve se manter atenta aos riscos de contrair doenças na água contaminada. As principais doenças são: diarréia, hepatite A, leptospirose e cólera. Também há o risco de contaminação de tétano através de objetos ocultos pela água.
Segundo a médica infectologista do Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Cemetron), Antonieta Machado, as pessoas não devem ter nenhum contato com as áreas alagadas; se for necessário andar por estes locais, usar botas de cano longo impermeável (o que também evita ataque de animais peçonhentos); e lavar os alimentos e cozinhar com água limpa.
Para purificar a água consumida pode ser usado duas gotas de hipoclorito de sódio em um litro de água. Esta água poderá ser usada para beber, cozinhar, lavar alimentos, tomar banho entre outras coisas. Também é importante que a população não jogue lixo em local impróprio para não atrair ratos, que podem transmitir leptospirose.
“Se a pessoa apresentar febre, diarréia, olho amarelado, dor no corpo ou sintomas parecidos com os de resfriado, deve procurar uma unidade básica de saúde”, alerta Antonieta. Ela informa que a pessoa pode procurar as policlínicas Ana Adelaide e José Adelino ou as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) das Zonas Leste e Sul.
A médica também alerta para que as pessoas não se automediquem. “Em caso de suspeita procure uma unidade de saúde e conte ao profissional que teve contato com a água contaminada”.
Outro alerta é para quando os desabrigados voltarem para suas residências. Tudo deve ser limpo com água purificada. “Os móveis devem ser limpos e secados no sol. Enquanto estiver úmido há o risco de contaminação”, fala Antonieta.
Confirmação de doenças
Até esta sexta-feira (28), 16 casos de leptospirose foram confirmados em Porto Velho este ano. No Estado inteiro as ocorrências somam 45. Mas ainda há suspeitas que estão aguardando o resultado do exame.
Em relação à cólera, ainda não há nenhum caso confirmado em Rondônia. Aproximadamente 15 ocorrências de diarréia estão sendo investigadas e também estão aguardando exame laboratorial.
Fonte
Texto: Amabile Casarin
Fotos: Ésio Mendes
Decom - Governo de Rondônia
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