Quarta-feira, 1 de dezembro de 2010 - 05h07
Carolina Pimentel
Agência Brasil, Brasília – Para marcar o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, pessoas que vivem com o vírus HIV relataram à Agência Brasil suas experiências. Nas conversas, elas contam como encaram a doença, a relação com a família e os amigos e a questão do preconceito.
É o caso da estudante Nelma Borges, 17 anos, que vive com a doença desde que nasceu, transmitida pela mãe durante a gravidez. Ela diz que a aids não a assusta, mas que nem sempre foi assim. “Quando criança, era difícil. Para mim, a vida tinha acabado. A partir do momento em que aprendi a entender o que era, como era, comecei a ver a vida de forma mais tranquila”, disse a jovem, moradora do Distrito Federal (DF).
Nelma conta que lidou com o preconceito na escola e nas relações pessoais. “As pessoas que andavam comigo tinham bastante [preconceito]. Alguns namoradinhos também. Na escola, convivi com um colega que tinha. Quanto à família, não sofri nenhuma discriminação. Os amigos de verdade nunca deixaram de conviver comigo por conta disso”.
Assim como Nelma, CF*, 18 anos, também contraiu o vírus por transmissão vertical (de mãe para filho). Aos 13 anos, descobriu a doença. Por decisão da família adotiva, ele revelou sua sorologia positiva apenas a pessoas próximas. Morador também do Distrito Federal, CF admite que não enfrentou o preconceito, porém conhece quem já passou pela situação. “ Eu nunca sofri, mas sei de pessoas que tiveram de mudar de escola”, conta.
Sobre o futuro, disse que os projetos de vida continuam os mesmos e que a aids é apenas “ um detalhe a mais para ter cuidado”.
Aos 43 anos, o servidor público aposentado Edson dos Santos, de Santo André (SP), fala com tranquilidade sobre a doença com a qual convive desde 1997. A descoberta foi por acaso, quando fez exame para detectar uma tuberculose. “O médico ficou sem graça de me dar o resultado. Eu mesmo falei que nem era preciso pedir uma segunda amostra. Não tive a sensação de que iria morrer”, disse Edson, que contraiu a doença pelo sexo sem preservativo.
Como agente administrativo, Edson exerceu a função até 2006, quando foi obrigado a se aposentar devido à saúde debilitada - teve seis tuberculoses e ficou em coma cerebral. Atualmente, é ativista do Movimento de Prevenção à Tuberculose e da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids.
Para ele, o apoio familiar e dos amigos foi importante para lidar com a doença e impedir que fosse vítima de qualquer tipo de preconceito. “Quando falei para minha mãe que tinha aids, ela disse que eu não era o primeiro e nem o último. Nunca permiti que fizessem isso comigo [preconceito]. Temos que encarar e mostrar que estamos vivendo”, relata.
Na opinião do contador Júlio Rodrigues, 46 anos, os portadores do HIV não devem esconder o vírus da sociedade e dos parentes. Outra sugestão dada por ele é a busca de conhecimento sobre a doença, atitude que tomou há dez anos quando recebeu o diagnóstico. “Naquela época, eu não tinha informação nenhuma. Tive que procurar informações. Eu li bastante”, disse o coordenador da Associação Katiró, organização de apoio a portadores do vírus HIV em Manaus (AM).
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