Sexta-feira, 23 de abril de 2010 - 19h53
Ministério da Saúde recomenda que postos abram neste sábado, em mobilização nacional contra H1N1. Nas regiões Sul e Norte, começa a vacinação dos idosos contra gripe comum
Os postos de vacinação devem ficar abertos neste sábado (24) para aplicar as vacinas contra a gripe H1N1 e, em parte dos Estados, também contra a gripe comum. Essa é a recomendação enviada pelo Ministério da Saúde, em conjunto com o Conass e Conasems (conselhos de secretários de saúde estaduais e municipais, respectivamente), a todos os estados e municípios do país. Para a gripe H1N1, o chamado está sendo feito para idosos com doenças crônicas, que iniciam agora sua etapa, e todos os convocados anteriormente, o que inclui gestantes, crianças de 6 meses a menores de 2 anos, doentes crônicos e jovens saudáveis de 20 a 29 anos. Para a vacinação contra gripe comum, também começa a mobilização nos Estados das regiões Norte e Sul para pessoas com mais de 60 anos.
A orientação para funcionamento dos postos neste sábado foi feita a todos os Estados. A abertura e a operacionalização dessas unidades, no entanto, são de responsabilidade dos estados e municípios. O Ministério da Saúde orienta que a população busque informações nas Secretarias Municipais de Saúde.
Ressalta-se que o calendário de vacinação para a gripe comum foi alterado nas outras três regiões devido ao atraso do Instituto Butantan na entrega de parte das vacinas. Assim, a estratégia foi manter o período previamente estabelecido de 24 de abril a 7 de maio para as regiões Norte e Sul. Já para o Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste, o início da campanha foi adiado para o dia 8 de maio, seguindo até 21 de maio. Na vacinação contra a gripe comum, serão vacinadas pessoas com mais de 60 anos, pois são as mais afetadas pelos vírus causadores da doença.
Contra a gripe H1N1, os postos de saúde em todo o país estão orientados a acolher, neste sábado (24), todos os integrantes dos públicos-alvos que ainda não se vacinaram: gestantes, crianças de 6 meses a menores de 2 anos, doentes crônicos de todas as idades e jovens saudáveis de 20 a 29 anos. O Ministério da Saúde encomendou uma pesquisa que entrevistou 1.500 pessoas sobre a vacinação contra a gripe H1N1. O estudo aponta que 40% da população alvo das primeiras três etapas da campanha que ainda não se vacinou alega “não ter tido tempo” para ir a um posto e receber a sua dose de vacina.
“O sábado será uma ótima oportunidade para que aqueles que têm indicação e ainda não fizeram por falta de tempo possam ir ao posto se proteger contra a gripe. Para os idosos das regiões Norte e Sul, é fundamental que se imunizem contra a gripe comum e evitem complicações durante o inverno”, afirmou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.
Até as 15h desta sexta-feira (23), o Ministério da Saúde já contabilizou mais de 33,2 milhões de pessoas vacinadas contra a gripe. Esse número corresponde a 56,7% do total de 58,5 milhões pertencentes aos grupos das três primeiras etapas. A meta é vacinar, até o final da campanha, pelo menos 80% dos 91 milhões de pessoas de todas as etapas (o que corresponde a 72,8 milhões de pessoas).
IDOSOS – Os idosos com doenças crônicas das regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste, portanto, terão duas escolhas:
1) podem neste sábado se vacinar contra a gripe H1N1 e tomar a sua dose contra a gripe comum a partir do dia 8; ou
2) receber de uma vez só as duas vacinas a partir do dia 8, quando receberá em um braço a imunização contra gripe comum, e, no outro, a dose contra a gripe H1N1.
No ano passado, dos 2.051 óbitos registrados, 1.539 (75%) ocorreram em pessoas com doenças crônicas. Entre as grávidas (189 morreram, ao todo), a letalidade foi 50% maior que na população geral. Adultos de 20 a 29 anos concentraram 20% dos óbitos (416, no total). E as crianças menores de dois anos tiveram a maior taxa de incidência da doença no ano passado (154 casos por 100 mil habitantes).
As gestantes têm ainda as demais etapas para serem vacinadas, mas é importante que se protejam o mais precocemente possível, pois representam um grupo muito vulnerável para complicações pela influenza H1N1.
Fonte: Ministério da Saúde
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