Quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016 - 17h14
O Hospital de Base Ary Pinheiro de Porto Velho realizou no último fim de semana mais dois transplantes de rins. Uma jovem de 27 anos, moradora da capital, e um homem de 47 anos, da cidade de Vilhena, no Sul de Rondônia, são os primeiros pacientes transplantados deste ano no HB – que integra a Central Nacional de Órgãos desde 2014.
De acordo com a coordenadora da Central de Transplantes do HB, Edcléia Gonçalves, os órgãos foram doados por um paciente da cidade de Cacoal, diagnosticado com morte encefálica. Edcléia explicou que a família foi fundamental, pois fez a opção de doar os órgãos e ajudar pessoas que ainda lutam pela vida.
Para assegurar o transplante, uma mobilização foi feita para trazer os órgãos a Porto Velho. Segundo Edcléia Gonçalves, uma aeronave do Corpo de Bombeiros, que atua no programa Saúde no Ar, mantido pelo governo de Rondônia, fez a remoção – com apoio técnico de médico e enfermeiros – dos rins doados, numa parceria que já salvou várias vidas no estado.
Edcléia Gonçalves lembrou que o Hospital de Base de Porto Velho entrou, em maio de 2014, definitivamente para a lista das unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) mais modernas do Brasil, ao realizar a primeira cirurgia de transplante de rim no estado. “A cirurgia só foi possível devido à melhoria da infraestrutura e ao avanço que a Central de Transplantes de Órgãos vem obtendo nos últimos anos”, relatou.
CREDENCIAMENTO
Desde 2011, foram realizadas 21 captações, totalizando 44 rins e um fígado. Todo o trabalho realizado pela Central de Transplante tem a gerência do médico, Alessandro Prudente, pioneiro na área em Rondônia, e a tutela da Santa Casa de Porto Alegre (RS), segundo maior centro de referência do Brasil em transplantes.
“O credenciamento do HB pelo Ministério da Saúde (MS), que ocorreu em dezembro de 2013, deu aos profissionais o suporte para que a cirurgia fosse realizada em Porto Velho, dentro dos mesmos padrões dos grandes centros”, afirmou a coordenadora.
Antes, segundo ela, o hospital fazia apenas a captação de órgãos, preparava pacientes e fazia encaminhamento para São Paulo ou Rio Branco (AC). Hoje, com o reconhecimento do MS, todo procedimento passou a ser feito na capital rondoniense.
“O transplante para essas pessoas significa não necessitar ficar presa a uma máquina de diálise para continuar a viver, poder assim viajar, estudar, trabalhar, comer, enfim, fazer suas atividades diárias normais”, observou Edcléia.
Ela disse, ainda, que a doação salva vidas por meio de um transplante, a família doadora é quem merece todo o mérito, sem eles isso não seria possível. “A alegria e bem-estar daqueles que receberam esses órgãos é o que motiva a todos da equipe a continuar”, pontuou a coordenadora.
Saiba mais:
Cacoal realiza primeiro procedimento de captação de órgãos para transplante em 2016
Fonte
Texto: Zacarias Pena Verde
Fotos: Ítalo Ricardo
Secom - Governo de Rondônia
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