Terça-feira, 14 de março de 2023 - 12h43
Entrou
em vigor neste mês, a lei federal 14.443 de 2022, que modifica as exigências
para a realização de procedimentos de esterilização como laqueadura e
vasectomia no âmbito do planejamento familiar. Diante disso, o Núcleo de
Educação Permanente e Humanização (Neph) da Secretaria Municipal de Saúde
(Semus), se reuniu para discutir sobre os procedimentos de esterilização
cirúrgica, de parto normal e cesárea, que serão realizados em Vilhena.
O
encontro realizado no Hospital Regional de Vilhena (HRV), foi conduzido pelo
coordenador do centro obstétrico Antônio Cícero, e pelos médicos ginecologistas
e obstetras Gilberto Povoas, Vinicius Ribeiro e Jânio Marques, contando com a
participação dos médicos da atenção básica.
A
reunião abordou a nova lei que determina que mulheres e homens que desejam
fazer os procedimentos de laqueadura e vasectomia, não precisam ter o
consentimento do cônjuge. A norma também reduziu de 25 para 21 anos a idade
mínima para realizar o procedimento.
Para
as mulheres, também fica permitida a laqueadura no momento do parto, algo que
antes era proibido. Contudo, para realizar a cirurgia, é necessário manifestar
o interesse no mínimo 60 dias antes do procedimento.
Os
interessados em fazer a laqueadura ou vasectomia pelo Sistema Único de Saúde
(SUS) devem procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Lembrando que qualquer
uma das cirurgias, dependerá de avaliação médica com relação a condição clínica
do paciente.
Outro
tema abordado foi em relação ao acompanhamento durante a gravidez. De acordo
com Antônio, após a confirmação da gestação, a mulher deve procurar uma UBS com
documentos, cartão do SUS e exame beta HCG positivo, para ter acesso ao serviço
de pré-natal. Desta forma, as pacientes só deverão ser encaminhadas ao centro
obstétrico em casos de emergências, como trabalho de parto, sangramento
vaginal, convulsão ou em interrupção involuntária da gravidez.
Quanto
às diretrizes para procedimento de parto, o coordenador ressalta que, conforme
estabelecido pelo Ministério da Saúde, o parto normal deve ser recomendado por
ser mais seguro tanto para a mulher quanto para a criança. “Nosso objetivo é
orientar os profissionais e as pacientes, para diminuir o número de cesarianas
desnecessárias, uma vez que o procedimento não indicado corretamente, traz
inúmeros riscos”, explicou Antônio.
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