Terça-feira, 26 de abril de 2011 - 09h50
Profissionais da rede de saúde do município estão sendo capacitados para realizarem teste rápido de diagnóstico para HIV. O curso promovido pela prefeitura de Porto Velho, através da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) tem o apoio de técnicos da Coordenação Estadual de DST/AIDS. As aulas para a primeira turma começaram nesta segunda feira (25) e encerram-se na próxima quarta feira (27).
De acordo com a coordenadora de DST/AIDS da prefeitura, Márcia Mororó, o objetivo do curso é ampliar o acesso dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) ao teste rápido de HIV, cujo resultado sai em apenas 30 minutos. Nessa primeira turma estão sendo capacitados 30 profissionais, entre médicos, odontólogos, enfermeiros, bioquímicos e biólogos, dentre outros. De dois a quatro de maio próximo, será formada outra turma com mais 30 profissionais.
Márcia Mororó informa que atualmente o teste rápido para diagnóstico de HIV é realizado somente nas unidades de saúde Rafael Vaz e Silva, no bairro Nossa Senhora das Graças (região central da cidade) e José Adelino da Silva, no bairro Ulisses Guimarães, no extremo Leste da Capital rondoniense. “Brevemente o serviço será estendido a outras unidades, por isso estamos fazendo essa capacitação”, afirma.
A partir de maio, depois que a segunda turma for capacitada, o teste rápido para diagnóstico de HIV poderá também ser feito nas unidades de saúde dos bairros Mariana, Socialista, Aponiã e Caladinho, além das Policlínicas Hamilton Gondin, Ana Adelaide e Manoel Amorim de Matos, e nos postos de saúde Hernandes Índio e Osvaldo Piana.
Importância
Sobre a importância do teste, Márcia Mororó explica que o diagnóstico precoce (rápido) proporciona mais agilidade no tratamento, com foco para melhor qualidade de vida dos pacientes. “O ideal mesmo é a prevenção, mas é importante ressaltar que o diagnóstico tardio pode ocasionar doenças graves, seqüelas e até mesmo óbitos”, diz.
Conforme a coordenadora de DST/AIDS da prefeitura, quase 100% dos casos de HIV em Porto Velho são oriundos de relações sexuais sem o uso de preservativos. O teste rápido, no entanto, só deverá ser feito 30 dias após a relação sem camisinha. “Antes desse período, o exame não será eficaz”, enfatiza Márcia Mororó.
Preparo psicológico
Além do preparo técnico na capacitação para fazer o exame, os profissionais também são treinados para dar apoio psicológico e fazer o encaminhamento dos pacientes cujos resultados forem positivos. Márcia Mororó relata que o preparo começa antes mesmo da coleta do sangue, quando o profissional conversa com a pessoa e explica todos os procedimentos. Caso o resultado seja positivo, o paciente é encaminhado imediatamente para o Serviço de Assistência Especializado (SAE), que funciona na Policlínica Rafael Vaz e Silva.
Fonte: Augusto José
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