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Pronto-Socorro João Paulo II, em Porto Velho, deve superar marca de 40 mil atendimentos em 2015; acidentes lideram casos


O Pronto-Socorro João Paulo II – referência no atendimento de alta complexidade em Rondônia – deve ultrapassar a casa dos 40 mil atendimentos neste ano, número superior à marca alcançada em 2014. Os dados computados até novembro pelo setor de estatísticas da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), apontam 37 mil procedimentos médicos realizados.

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Acidentes envolvendo motocicletas lideram em atendimento no pronto-socorro

Os dados revelam ainda que, durante os 11 meses deste ano, foram internados 13.794 pacientes, foram realizadas 3.243 cirurgias, além de 235 laudos emitidos, sendo o índice de óbito inferior a 3%.

Foram realizados 8.281 atendimentos a pacientes vindos do interior do Estado. O quantitativo representa uma redução de 19,75% em relação a 2014. O diretor-geral do João Paulo II, Carlos Eduardo Araújo, disse que essa diminuição se deve aos investimentos e várias ações que o Governo de Rondônia vem realizando no setor de Saúde no interior do Estado.

“Essa redução é a resposta do programa de descentralização implantada com o Hospital Regional de Cacoal, Pronto-Socorro de Cacoal e o Hospital Regional de Extrema, responsável pelo atendimento da Ponta do Abunã, Nova Mamoré e Guajará-Mirim”, afirma o secretário de estado da Saúde, Williames Pimentel.

Ainda segundo ele, o aumento do número procedimentos médicos está diretamente ligado a implantação de novo protocolo de atendimento que, com a mesma quantidade de leitos, tornou possível aumentar a oferta de serviço.

A medida faz com haja uma maior rotatividade nos leitos reduzindo o tempo o tempo de internação, em média, de dez para cinco dias. “Em 15 dias, o mesmo leito antes atendia a um paciente. Com a nova regra, atende três”, explica o secretário.

Segundo o diretor-geral do João Paulo II, Carlos Eduardo Araújo, a tendência é manter a média de crescimento do atendimento em torno de 30%, em relação a 2014.

Os números apontam ainda que Porto Velho é quem mais encaminha pacientes para o João Paulo II. Em média, 75% são da capital e poderiam ser atendidos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) das zonas Leste e Sul.

O relatório mostra como exemplo o mês de março deste ano. Deram entrada no hospital 2.521 pessoas. Deste total, 1679 foram atendidas, medicadas e liberadas ainda no ambulatório.

Esses pacientes poderiam ter sido atendidos em uma das UPAs da cidade, caso a unidade estivesse funcionando de forma adequada. Outros 842 ficaram internados porque os casos eram de alta complexidade, classificação a qual o João Paulo II pertence.

TRÂNSITO
Entre 2012 e 2014, foram atendidas 15.192 pessoas, todas vítimas de acidentes de trânsito. Esse número vem oscilando. Em 2012 foram 5.491 vítimas atendidas na unidade, o que representa 31,25% de redução em comparação a 2013, já em 2014 teve um aumento de 56,95%, quando foram registrados 5.925 atendimentos.

Em 2015 esses atendimentos devem superar o ano passado, quando for computados os atendimentos de dezembro. Até novembro, 5.164 procedimentos foram realizados. O relatório aponta, também, que em relação ao ano passado os atendimentos no setor de ortopedia devem superar a casa dos 30%. No primeiro semestre, 8.239 foram realizados. Os números comprovam o caos gerados nos hospitais públicos pelos índices alarmantes de acidentes de trânsito. Em Porto Velho, a maioria provocada por motociclistas.

De acordo com o secretário estadual de Saúde, Williames Pimentel, o trânsito vem se tornando um problema para o setor em todo país. Segundo ele, a imprudência de condutores, reflete diretamente no Sistema Único de Saúde (SUS) prejudicando qualquer planejamento estratégico anual.


Fonte
Texto: Zacarias Pena Verde
Fotos: Ítalo Ricardo
Secom - Governo de Rondônia

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