Segunda-feira, 13 de dezembro de 2021 - 16h11
O ser humano, principalmente os homens, são costumeiros em adiar suas
consultas ao médico. Mesmo que apresentem algum sintoma ou sinal de doença, por
medo do diagnóstico e/ou do tratamento, preferem deixar o médico para depois.
No que tange ao tratamento, quando é cirúrgico, essa atitude ainda é mais
frequente.
Com o advento da pandemia, tal fato tornou-se universal: ninguém ousava
vir aos hospitais para ser avaliado em consulta, e a consequência disso foi uma
série de pacientes gravemente enfermos, sendo operados de emergência por
colecistite aguda e com gangrena da vesícula biliar.
A colecistite gangrenosa é um
subtipo avançado e complicado de colecistite aguda associado a alta morbidade. Essa
variante da colecistite é considerada o estágio terminal da inflamação da
vesícula biliar, sendo a perfuração e a sepse (infecção) abdominal inevitáveis,
caso não sejam operados o mais rápido possível.
A alteração gangrenosa na colecistite aguda calculosa é caracterizada
por inflamação aguda transmural e formação de abscessos intramurais, resultando
em necrose de espessura total ou ulceração da parede da vesícula biliar
secundária à obliteração da artéria cística que nutre o órgão.
Os cálculos de vesícula biliar,
se não operados, podem evoluir para inflamação aguda da vesícula biliar,
associada a obstrução de sua porção infundibular ou do ducto cístico por
cálculos ou lama biliar. O acometimento inflamatório da vesícula biliar gera
edema, congestão, supuração, necrose, gangrena e até perfuração, que se ocorre
em 2% a 20% dos casos.
O risco de
desenvolver colecistite gangrenosa é maior em homens que em mulheres e nos
portadores de diabetes mellitus.
A internação hospitalar tardia e a demora no tratamento são fatores de
risco, até mesmo de óbito do enfermo.
A colecistectomia laparoscópica é o tratamento mais seguro e cômodo para
o paciente, além ter seu custo menor em relação a colecistectomia aberta.
Portanto, os portadores de cálculos biliares não devem retardar seu tratamento, ao em vez disso devem procurar um cirurgião experiente em cirurgia minimamente invasiva (videolaparoscópica) o quanto antes. A cirurgia é rápida, com todas as vantagens das cirurgias minimamente invasivas, e a alta hospitalar ocorre habitualmente com 24 horas.
*O Dr. PAULO GONDIM é cirurgião geral e
videocirurgião. Pós-graduado em Cirurgia Minimamente Invasiva pelo
IPEMEC-CETREX, Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente
Invasiva e Robótica (Sobracil), Membro Titular da Sociedade Brasileira de
Hérnia e Parede Abdominal (SBH), Especialista em Cirurgia Geral pelo CBC,
Membro Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, Membro do Colégio
Brasileiro de Cirurgia Digestiva,, Especialista em Cirurgia Videolaparoscópica
pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica, pela
Associação Médica Brasileira e pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões, Especialista em Cirurgia Geral pelo
Conselho Federal de Medicina e o responsável pelo Centro de Videocirurgia do
Hospital Central. Contatos:pgondim15@hotmail.com, WhatsApp 8100-3949,
@drpaulogondim e #drpaulogondim.
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