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Retardar o tratamento de cálculos na vesícula é perigoso


Retardar o tratamento de cálculos na vesícula é perigoso - Gente de Opinião

O ser humano, principalmente os homens, são costumeiros em adiar suas consultas ao médico. Mesmo que apresentem algum sintoma ou sinal de doença, por medo do diagnóstico e/ou do tratamento, preferem deixar o médico para depois. No que tange ao tratamento, quando é cirúrgico, essa atitude ainda é mais frequente.

Com o advento da pandemia, tal fato tornou-se universal: ninguém ousava vir aos hospitais para ser avaliado em consulta, e a consequência disso foi uma série de pacientes gravemente enfermos, sendo operados de emergência por colecistite aguda e com gangrena da vesícula biliar.

 A colecistite gangrenosa é um subtipo avançado e complicado de colecistite aguda associado a alta morbidade. Essa variante da colecistite é considerada o estágio terminal da inflamação da vesícula biliar, sendo a perfuração e a sepse (infecção) abdominal inevitáveis, caso não sejam operados o mais rápido possível.

A alteração gangrenosa na colecistite aguda calculosa é caracterizada por inflamação aguda transmural e formação de abscessos intramurais, resultando em necrose de espessura total ou ulceração da parede da vesícula biliar secundária à obliteração da artéria cística que nutre o órgão.

 Os cálculos de vesícula biliar, se não operados, podem evoluir para inflamação aguda da vesícula biliar, associada a obstrução de sua porção infundibular ou do ducto cístico por cálculos ou lama biliar. O acometimento inflamatório da vesícula biliar gera edema, congestão, supuração, necrose, gangrena e até perfuração, que se ocorre em 2% a 20% dos casos. 

 O risco de desenvolver colecistite gangrenosa é maior em homens que em mulheres e nos portadores de diabetes mellitus.

A internação hospitalar tardia e a demora no tratamento são fatores de risco, até mesmo de óbito do enfermo.

A colecistectomia laparoscópica é o tratamento mais seguro e cômodo para o paciente, além ter seu custo menor em relação a colecistectomia aberta.

Portanto, os portadores de cálculos biliares não devem retardar seu tratamento, ao em vez disso devem procurar um cirurgião experiente em cirurgia minimamente invasiva (videolaparoscópica) o quanto antes. A cirurgia é rápida, com todas as vantagens das cirurgias minimamente invasivas, e a alta hospitalar ocorre habitualmente com 24 horas. 

 

*O Dr. PAULO GONDIM é cirurgião geral e videocirurgião. Pós-graduado em Cirurgia Minimamente Invasiva pelo IPEMEC-CETREX, Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica (Sobracil), Membro Titular da Sociedade Brasileira de Hérnia e Parede Abdominal (SBH), Especialista em Cirurgia Geral pelo CBC, Membro Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, Membro do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva,, Especialista em Cirurgia Videolaparoscópica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica, pela Associação Médica Brasileira e pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões, Especialista em Cirurgia Geral pelo Conselho Federal de Medicina e o responsável pelo Centro de Videocirurgia do Hospital Central. Contatos:pgondim15@hotmail.com, WhatsApp 8100-3949, @drpaulogondim e #drpaulogondim.

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