Quarta-feira, 29 de julho de 2015 - 09h59
Agentes de saúde que atuam nos distritos de Abunã, Fortaleza do Abunã e em Nova Mutum Paraná, participaram da capacitação “Riscos da exposição ao mercúrio durante o período de amamentação”, nos dias 1º e 02 de julho. A ação foi promovida pela Energia Sustentável do Brasil (ESBR), concessionária da Usina Hidrelétrica Jirau, por meio do Programa de Monitoramento Hidrobiogeoquímico. O objetivo foi oferecer aos profissionais a oportunidade de aprimorar seus conhecimentos técnicos, além de formar multiplicadores da informação.
O professor doutor do programa de monitoramento do mercúrio, Fabrício Zara, explica que as capacitações foram iniciadas em 2009 e desde então, têm sido intensificadas a cada seis meses. Nesta edição, o tema abordado é quanto ao processo de transferência do mercúrio através da amamentação. “Esta capacitação é de extrema importância, uma vez que o leite materno é a principal fonte de alimento para a criança nos primeiros meses de vida. E esta é uma mensagem fundamental a ser passada”, destaca.
Durante o curso, que contou com o apoio da Secretaria de Saúde de Porto Velho, os participantes foram informados sobre o resultado de quatro anos de pesquisas realizadas com lactantes da região. E até esta etapa do monitoramento, não foram encontrados indícios de exposição ao mercúrio nas lactantes, estando de acordo com o que preconiza a Organização Mundial de Saúde.
Os resultados das capacitações do programa têm sido satisfatórios, uma vez que os profissionais demonstram interesse em adquirir mais informações da área em que atuam. A capacitação é uma sugestão do Ministério da Saúde, a qual a ESBR vem atendendo de forma eficaz.
De acordo com o coordenador do Programa de Monitoramento Hidrobiogeoquímico da ESBR, Michel Obara, a atuação tem interface com outro programa da empresa, o de Pesquisa & Desenvolvimento, através do projeto “Biomarcadores de toxicidade do mercúrio aplicados ao setor hidrelétrico na região Amazônica” / P&D 6631-0001/2012. “O projeto de biomarcadores é desenvolvido por iniciativa da própria ESBR, regulamentado pela Agência Nacional de Energia Elétrica e abrange toda a bacia amazônica”.
Sobre o Programa de Monitoramento Hidrobiogeoquímico
As ações do programa são executadas por uma equipe de especialistas da Universidade de Brasília (UnB), da Universidade Estadual Paulista (UNESP) e da Universidade de Campinas (Unicamp). Os profissionais realizam, periodicamente, pesquisas com voluntários para os estudos de saúde humana com avaliação clínica, médica, neurológica, neuropsicológica e dosimetria de mercúrio. Também são aplicados questionários sobre as questões socioculturais, hábitos alimentares e estilo de vida dos participantes.
Fonte: Comunica
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