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Saúde

RO estuda criação de Comitê de Segurança do Paciente



A criação de um comitê para tratar sobre a implantação de medidas com vistas a garantir a segurança dos pacientes dentro das unidades de saúde em todo o estado foi defendida  pelo secretário estadual de Saúde, Williames Pimentel, durante o II Encontro Estadual pela Segurança do Paciente, que acontece em Porto Velho.

A medida faz parte da estratégia criada pelo Governo de Rondônia para ampliar a qualidade dos serviços oferecidos através do Sistema Único de Saúde (SUS). Temas polêmicos, como prescrições de medicamentos feitas por médicos, padronização de prescrição, identificação de pacientes através de pulseira, com dados pessoais, além de medicamentos de alta vigilância que precisam ser guardados de forma correta e ficar, sempre, sob responsabilidade de um farmacêutico -, foram abordados durante os dois dias de encontro.

De acordo com a coordenadora do Programa Estadual de Segurança do Paciente, Vanessa Ezaki, o sistema funciona de forma modular. Ou seja, cada unidade de saúde no estado possui uma equipe técnica que fiscaliza e orienta os profissionais sobre os cuidados que precisam ter com o paciente que vão desde a identificação ao check list de procedimentos cirúrgicos. Ela citou como exemplo uma cirurgia de transplante de rim. Tudo é checado. Até mesmo se o rim indicado pelo médico é o que está prejudicado, afirmou.

Vanessa disse que desde 2013, quando o programa foi implantado pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), a qualidade do atendimento deu um salto considerável em todo o sistema. Hoje, há uma consciência muito maior de todos os profissionais para as questões de segurança. Isso, segundo ela, protege também o profissional que diminui o risco dos chamados eventos adversos falhas cometidas durante qualquer tipo de procedimento médico ou não dentro da unidade de saúde.

QUESTÃO CULTURAL

Ainda de acordo com Vanessa Ezaki, mesmo com os avanços conseguidos com a implantação do Programa de Segurança ao Paciente, ainda há nos profissionais de Rondônia a cultura de não informar ao Programa Nacional os eventos adversos ocorridos nas unidades de saúde do estado.

Vanessa explicou que essa postura atrapalha o Ministério da Saúde (MS) a ter conhecimento dos números relativos ao Estado de Rondônia. Na prática, a inserção dos dados cria uma espécie de credibilidade junto ao MS, mas não há qualquer tipo de punição em não informar. O prejuízo é para o País que fica sem informações de como está a segurança de pacientes nos públicos da rede estadual de Rondônia.

Ela citou como exemplo o Hospital Israelita Albert Einstein, referência em toda a América Latina, que por dia informa ao sistema nacional quatro casos de eventos adversos. Fundado pela comunidade judaica em São Paulo, em 1955, é uma das unidades de saúde mais conhecidas do Brasil pela qualidade de atendimento e pelos equipamentos e especialidades médicas de que dispõe para tratar os principais tipos de patologias.

Ao informar os eventos adversos o hospital amplia sua credibilidade em diagnósticos, tratamento e, consequentemente, assegura ao paciente mais confiança nos serviços oferecidos pela unidade hospitalar, disse Vanessa.
 


Fonte
Texto: Zacarias Pena Verde
Fotos: Ítalo Ricardo
Secom - Governo de Rondônia

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