Segunda-feira, 24 de setembro de 2012 - 18h40
A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) promove, em Rondônia, a campanha de conscientização PREMATURO IMUNIZADO É PREMATURO PROTEGIDO, cujo objetivo é alertar médicos, pais e cuidadores de bebês de Sergipe para que um maior número de prematuros seja imunizado durante o período de sazonalidade (abril a setembro) dos vírus, em especial, o VSR - Vírus Sincicial Respiratório.
Pouco conhecido por grande parte da população, “o VSR é o maior causador de infecções respiratórias nesse período o principal responsável pela hospitalização de bebês prematuros no primeiro ano de vida”, alerta o neonatologista Renato Kfouri, presidente da SBIm e um dos mentores da Campanha, que tem o apoio dos Laboratórios Abbott. De acordo com o médico, “a apresentação clínica da doença é extremamente variada, predominando o quadro de vias aéreas inferiores com bronquiolite, pneumonias e chiados nos lactentes mais jovens e infecções de vias aéreas superiores, semelhantes a um resfriado comum, em crianças maiores, adolescentes e adultos.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, o VSR é responsável por cerca de 64 milhões de infecções anualmente no mundo e cerca de 160.000 mil mortes anuais. As taxas de hospitalização de crianças no primeiro ano de vida, com bronquiolite, são altas, tanto em países desenvolvidos como nos países em desenvolvimento. Estudos realizados no Hospital Universitário da Universidade de São Paulo apontam o VSR em cerca de 60% a 70% das hospitalizações de menores de 1 ano por problemas respiratórios.
Na década de 90, a sobrevida do bebê prematuro era de 60%. Hoje, o cenário foi modificado e a expectativa de vida cresceu para 95%. O saldo positivo é resultado da evolução dos métodos de tratamento, tecnologia e mobilização preventiva que contribuíram para a sobrevivência do prematuro.
No Brasil, sete em cada 100 bebês gerados nascem antes de completar o período ideal de 37 a 40 semanas dentro do ventre materno. Como só nos últimos meses gestacionais o bebê completa o desenvolvimento do sistema imune e respiratório, as infecções podem acometer de maneira mais grave estes bebês. Aproximadamente 15% dos prematuros (menos de 35 semanas) são hospitalizados em decorrência de infecções causadas pelo VSR.
No período de maior circulação do VSR, para a efetiva imunização, é necessária a aplicação de cinco doses ao longo de cinco meses. A campanha orienta ainda sobre a forma e periodicidade de imunização contra doenças como tuberculose, hepatite B, pneumonia, gripe, poliomielite, diarréia pelo rotavírus e as enfermidades cobertas pela vacina tríplice (tétano, difteria e coqueluche).
ESTUDO AVALIA CONSCIENTIZAÇÃO DAS MULHERES SOBRE PREMATURIDADE E VÍRUS RESPIRATÓRIOS
Um estudo para avaliar a compreensão e conscientização sobre a prematuridade em geral, realizado pela Abbott, entre agosto e outubro de 2011, ouviu 1.300 mulheres (mães de recém-nascidos prematuros e nascidos a termo, bem como futuras mães), em 13 países, incluindo o Brasil. Intitulado Conscientização sobre Prematuridade, o estudo apontou que ¾ ou mais das mulheres entrevistadas acreditam que bebês prematuros são realmente mais suscetíveis a infecções respiratórias quando comparados a bebês com gestação normal.
A pesquisa também mostrouque 42% das mães com os bebês prematuros estão preocupados com as complicações a longo prazo sobre a saúde, e 36% acreditam que vão ficar para trás no desenvolvimento físico. A preocupação se estende além das preocupações de saúde: 1 em cada 4 mães (24%) acredita que a prematuridade significa que o filho vai deixar de atingir o mesmo nível que outras crianças na escola.
Outro dado revelado na pesquisa é que 32% das mulheresdesconhecem a temporada de alto risco para a infecção respiratória em seu país, e 40% das mães com bebês prematuros não tinham conhecimento de medidas preventivas que podem ser tomadas para proteger a criança contra infecções respiratórias.
PREMATUROS x DOENÇAS RESPIRATÓRIAS
A prematuridade é uma condição que favorece o aparecimento de várias doenças, algumas delas de maior gravidade. Por apresentarem um sistema imune mais imaturo, e muitas vezes outras condições de agravo, essas crianças devem ter um calendário vacinal diferenciado, que atenda às suas necessidades de prevenção.
As doenças respiratórias são as principais causas de hospitalização e morte em recém-nascidos prematuros, com ou sem doença pulmonar crônica. O risco de complicações e a taxa de hospitalização em consequência da infecção pelo VSR também é 10 vezes maior entre os prematuros do que naqueles nascidos de gestações completas. Para o Dr. Renato Kfouri, “é imprescindível a prevenção de doença s infecciosas na infância como parte de um esforço global de redução da mortalidade infantil no planeta (meta do milênio da OMS). Ao lado do aleitamento materno e da não exposição ao tabaco, a imunização é parte fundamental no controle e redução de doenças respiratórias, como coqueluche, influenza, pneumonias e bronquiolites causadas pelo VSR. Imunizar é proteger”, alerta o especialista.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) o crescimento do número de partos prematuros nos países desenvolvidos está ligado às mudanças da era moderna e ao movimento feminista. Hoje, as futuras mães trabalham fora e a maioria delas optam primeiro pela realização profissional, para somente depois da estabilidade financeira, engravidar e aumentar a família. O que acontece por volta dos 34 anos de idade, fazendo com que o número de reprodução assistida, de cesarianas e de partos prematuros cresça consideravelmente.
Visando prevenir as doenças respiratórias e, principalmente, a contaminação com o VSR, a SBIm reforça a importância da adequada imunização, com datas e doses especificas, de acordo com seu calendário de vacinação específico para o prematuro. O calendário completo de imunização do prematuro está disponível no site: www.prematuroimunizado.com.br
Sobre a SBIM
A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM) nasceu como entidade apta a promover o agregamento das comunidades envolvidas com temas ligados a imunização e prevenção de infecções, promovendo a mobilização em prol da saúde, o respeito à ética, produção de normas, elaboração de regulamentos e trabalhos destinados a ampliar ações úteis à saúde pública.
A SBIM se empenha em levar o conceito de vacinas para o profissional de saúde e toda a comunidade.
Fonte:lvana Santana - silvana@crcomunicacao.com.br
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