Quarta-feira, 15 de janeiro de 2020 - 10h41
Em 2019, Rondônia registrou uma redução no índice de mulheres grávidas contaminadas pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) de 44%. Os números são positivos frente aos dados nacionais divulgados pelo Ministério da Saúde, que apresentou alta superior de cerca de 38% na média nacional dos últimos dez anos. A exemplo, em 2008, foram registradas 6,7 mil gestantes com HIV, o que representava 2,1 casos para cada 1 mil nascidos vivos. Em 2018, esse número passou para 8,6 mil, o equivalente a 2,9 casos a cada 1 mil pessoas
A coordenadora do programa das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) da Agência Estadual de Vigilância em Saúde do Estado de Rondônia (Agevisa), Gilmarina Silva, explica que essa é uma preocupação de todos os estados da federação, mas que Rondônia vem mantendo uma diminuição de casos. Em um período de 15 anos (2004 a 2019), o estado registrou cerca de 827 casos.
“Desde a descoberta do primeiro caso de HIV em grávidas, que aconteceu em 2004, nós temos focado na prevenção e em políticas públicas. Em 2019 conseguimos reduzir em até 44% o número de casos, que passou de 80 para 45 registros”, destacou a coordenadora.
PREVENÇÃO
Segundo Gilmarina, a redução se deve ao trabalho planejado que vem sendo realizado pela Agevisa, com foco na prevenção. Campanhas de conscientização sobre a importância do uso de preservativos nas relações sexuais acontecem durante todo o ano, com distribuição gratuita de preservativos à população. “Hoje, com apenas um teste rápido, a pessoa consegue descobrir se possui a doença e, em pouco tempo, iniciar o tratamento”, ressaltou a coordenadora.
TRANSMISSÃO VERTICAL
Gilmarina destaca, ainda, a importância de uso do preservativo mesmo após o nascimento do bebê, já que o vírus do HIV pode ser transmitido através do leite materno, a chamada transmissão vertical. “Nós orientamos que a mulher, após notar os sintomas típicos da gravidez, procure a unidade de saúde para a realização de exames, pré-natal e o teste rápido que identifica várias doenças como o HIV, por exemplo. Caso descubra a doença, a paciente será orientada da melhor forma sobre como fazer o tratamento”.
SOBRE O HIV
A infeção com o vírus embora não tenha cura, possui tratamento que é oferecido gratuitamente em toda a rede estadual.
Caso não seja tratado, o vírus pode levar à Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids), estágio mais avançado da doença. A prevenção com uso de preservativos é ainda a ferramenta mais eficaz para evitar o contágio.
“Rondônia conta com dez Serviços de Assistência Especializada (SAE) para tratar os pacientes. As unidades de saúde, além de possuírem equipes profissionais capacitadas, estão abastecidas com medicamentos, tudo para que o paciente receba o melhor tratamento possível. E reafirmamos a importância do uso de preservativos, a realização dos testes rápidos, tanto em mulheres quanto nos homens, já que o parceiro também deve realizar o tratamento, garantindo a saúde dos dois”, concluiu a coordenadora.
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