Segunda-feira, 17 de janeiro de 2011 - 16h26
“Mais um dos programas na área de saúde que vem dando muito certo na capital, através do qual 80% dos casos atendidos pelas equipes Saúde da Família, são resolvidos no atendimento domiciliar, sem que a pessoa precise se dirigir até uma unidade”. A conclusão mais do que positiva é do secretário municipal de Saúde, Williames Pimentel.
O programa foi implantado em 2000, mas desde 2005, já na administração Roberto Sobrinho, recebeu muitos investimentos, ganhou espaço próprio em algumas unidades e aumentou em muito a quantidade de profissionais. O número de profissionais envolvidos nas 74 equipes do PSF entre área rural e urbana é de 2.777 hoje, sendo que 554 são Agentes Comunitários de Saúde. Ainda de acordo com os dados do departamento de Controle e Avaliação da Semusa, as equipes são formadas por Clínicos Gerais, Enfermeiros, Bioquímicos, Técnicos em Enfermagem e profissionais que trabalham na prevenção das doenças. “A equipe PSF cuida para que as pessoas não adoeçam e o modelo implantado pelo Governo Federal, através da reforma sanitária que já é usado em vários países, como Canadá e Cuba, trouxeram grandes resultados no combate à vários tipos de doenças”, explica o secretário.
Cobertura
Porto Velho tem 65% dos bairros cobertos pelo atendimento do Programa Saúde da Família, e nos próximos dias a prefeitura da capital vai contratar mais 100 Agentes Comunitários para garantir o atendimento a um número maior de famílias. Os procedimentos realizados no atendimento do PSF na zona urbana e rural são praticamente os mesmos e vão desde atividade educativa e orientação em grupo, aplicação de flúor, coleta de material para exames, acompanhamento das dosagens de cálcio, ferro e glicose, entre outros. Depois de uma triagem e quando necessário, o paciente é encaminhado para o atendimento médico já com dia marcado para consulta. “Esta dinâmica de facilitar o atendimento das pessoas, através da equipe PSF, além de evitar desgastes desnecessários para o paciente que provavelmente já está debilitado pela doença, vai também evitar o congestionamento desnecessário nas unidades de saúde” garante o médico Luis Eduardo Maiorquim, coordenador do programa PSF.
De janeiro a novembro do ano passado, a prefeitura realizou 458.569 visitas domiciliares na zona urbana, 85.066 na zona rural, além das 75.054 visitas realizadas pelas equipes do Saúde da Família, e das quatro policlínicas da capital que também possuem o atendimento dos profissionais do PSF. Até o final deste ano, todas as unidades de saúde do município vão passar a atender a população com a mesma linha de trabalho do PSF.
Remédios
Segundo dados apresentados pela Semusa, a venda de remédios na Farmácia Popular, diminuiu consideravelmente. È que não faltam medicamentos nas unidades, logo, os pacientes não estão precisando comprar os remédios receitados nas consultas. “Nós trabalhamos com um sistema de Estoque Regulado e efetivamos a aquisição dos remédios para abastecer todos os postos e unidades de saúde com estoques suficientes para cada seis meses, então não há possibilidade de faltar remédios para a população”, afirma Pimentel.
Monitoramento
A Semusa está avaliando a implantação de um sistema de monitoramento das visitas domiciliares das equipes Saúde da Família, através de um controle de GPS (Sistema de Posicionamento Global), para garantir 100% da realização das visitas.” É importante nós termos certeza absoluta sobre a realização das visitas realizadas pelos agentes comunitários, precisamos ter certeza que os números com que trabalhamos são reais” informou o secretário.
Fonte: Nara Vargas
Fotos: Frank Néry
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