Terça-feira, 30 de novembro de 2010 - 20h01
A prefeitura de Porto Velho, através da secretaria municipal de Saúde (Semusa) e coordenação municipal de DST/Aids iniciou nesta terça-feira (30/11), no auditório da Faculdade Fatec, localizada à Avenida Jorge Teixeira, seminário alusivo ao Dia Mundial de luta contra a Aids, comemorado em 1º de dezembro e estendeu o evento à discussão sobre a tuberculose. Segundo a coordenadora do programa DST/Aids do município, Márcia Mororó, muitas doenças são consideradas oportunistas em portadores de Aids, causando complicações consideráveis e representando perigo.“Uma delas é a tuberculose, por isto em todas as atividades e eventos que realizamos sobre DST/Aids, procuramos abrir discussão e orientar também, quanto a essas doenças. O desafio maior é testar os pacientes com Aids para a tuberculose e os portadores de tuberculose para Aids, pois as doenças andam juntas”, detalhou.
Márcia ainda, destacou que o seminário, que encerra na quarta-feira (01/12), tem o objetivo de trocar experiências e analisar ações para o controle da epidemia de doenças sexualmente transmissíveis (DST/Aids), como também difundir informações sobre prevenção dessas doenças, principalmente entre os jovens e homossexuais, públicos de maior incidência no município”. Em busca dessa interação de informações, estão participando técnicos da saúde do Município e do Estado, representantes de Ong’s e do Fórum Nacional de Combate à Aids e da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com Aids”, completou, acrescentando que ações de debate e as considerações sobre as medidas de prevenção, têm por objetivo sensibilizar gestores sobre a necessidade de maior atenção às questões epidemiológicas.
Neste primeiro dia de seminário foram apresentados os perfis epidemiológicos da Aids em Rondônia e na capital e também de tuberculose, em Porto Velho. Os dados foram repassados pelas coordenadoras Eliana Alves Mendes, Márcia Mororó e Valmira Rocha.
Preconceito
De acordo com Márcia Mororó, o tema deste ano é “Aids não tem preconceito e você também não deve ter”. “Lidar com o preconceito é muito difícil. O preconceito isola, dificulta o tratamento e o diagnóstico. Faz muitas pessoas evitar o exame, com medo de descobrir se têm ou não o HIV. Mas é preciso que a população saiba que o município possui tratamento disponível. Além disso, é preciso difundir cada vez mais as formas de prevenção da doença, principalmente entre os jovens, faixa etária de maior incidência em Porto Velho”, disse Márcia.
Casos
Em Porto Velho, segundo estatísticas da secretaria municipal de Saúde (Semusa), de 1987 até 2010, houve 1.228 notificações de casos da doença em Porto Velho. Neste cenário, 12 casos são de portadores de HIV e tuberculose. Conforme a coordenadora, sem acesso a um tratamento que lide com a realidade, o número de vítimas de doenças sexualmente transmissíveis, só aumenta. “Quando as pessoas fecham os olhos para a segurança, independente da orientação sexual, elas deixam de perceber o risco que estão correndo. O resultado é que os níveis de transmissão da doença tornam-se altos. E o município de Porto Velho possui tratamento”, destacou Márcia Mororó.
Programação
Nesta quarta-feira, as atividades iniciam às 8h30min, com palestras sobre o Serviço de Assistência Especializado (SAE), que vai abordar sobre sua estrutura e dinâmica - às 9h30min, palestra sobre os serviços executados pelas organizações da sociedade civil; às 10h30min uma mesa redonda apresentará propostas de melhorias aos serviços de atenção básica, e o encerramento está previsto para às 12h.
Fonte: Meiry Santos
Foto: Frank Néry
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