Segunda-feira, 18 de março de 2024 - 17h59
A retomada das atividades escolares evidencia a necessidade de aumentar a proteção da saúde de crianças, adolescentes e jovens. As salas de aulas podem ser um ambiente que favorece a transmissão de uma série de doenças infectocontagiosas. Por isso, a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), está ampliando as ações de vacinação nas escolas municipais e estaduais da capital.
Em 2024, as ações de imunização iniciaram em fevereiro, logo após o reinício das atividades escolares. Em pouco mais de um mês, mais de mil doses foram aplicadas em cerca de dez ações. Um trabalho da Divisão de Imunização, em parcerias com as unidades básicas de saúde, como atividade do Programa de Saúde na Escola (PSE).
Na zona Sul de Porto Velho, a Escola Estadual Capitão Cláudio Manoel da Costa e a Escola Municipal Pequeno Mestre foram contempladas com atividades de vacinação, executadas pela Unidade de Saúde da Família (USF) Renato Medeiros. Em duas ações, mais de 400 estudantes foram imunizados contra gripe, HPV, covid-19 e demais vacinas que compõem o calendário nacional de imunização
Segundo a gerente da USF Renato Medeiros, Raimunda Franklin, esse trabalho é desenvolvido ao longo do ano inteiro. Além das vacinas de campanha, também é realizada a atualização do calendário, conforme a idade das crianças.
“As equipes de saúde estão em constante contato com a direção das escolas na nossa área de cobertura, e também com os pais, para manter esse trabalho e ter a adesão e autorização dos responsáveis para que os estudantes sejam imunizados e fiquem protegidos”, explica a diretora.
Nos próximos dias, a estratégia de saúde da família da USF Renato Medeiros volta à escola Capitão Cláudio, para imunizar novas turmas, conforme cronograma: Terça-feira (19) durante a manhã, na quarta-feira (20) será de tarde, e na quinta-feira (21) a ação acontece à noite. “Com essas datas, fecharemos o cronograma e teremos atendido todas as turmas e horários”, pontuou Raimunda.
Por que a vacinação é importante no retorno às aulas?
Doenças Infectocontagiosas: A médica pediatra Lidiane Cavalcante explica que a volta às aulas pode expor o público infantojuvenil a vírus e bactérias que geram diversas enfermidades, como a gripe, covid-19, sarampo, varicela, poliomielite, meningite, caxumba e rubéola, entre outras.
“O ideal é que os pais mantenham atualizados os seus cartões de vacina dos filhos. Como as crianças estão com o sistema de imunidade em fase de desenvolvimento, naturalmente possuem mais chances de adquirir e transmitir doenças infecciosas. Ainda mais no ambiente escolar, onde existe maior aglomeração deste público, além do compartilhamento de brinquedos, objetos e alimentos”, afirma.
Garantia de um ambiente seguro: Uma alta taxa de vacinação entre os alunos cria um ambiente escolar mais seguro, reduzindo o risco de surtos de doenças infecciosas. Isso não só protege as crianças vacinadas, mas também aquelas que não podem receber vacinas devido a condições médicas.
Prevenção de ausências escolares: Doenças evitáveis por vacinação podem levar a ausências prolongadas das aulas, o que prejudica o aprendizado e o desenvolvimento das crianças. A vacinação adequada ajuda a reduzir o risco de interrupções no calendário escolar devido a surtos de doenças.
Coordenadora da Divisão de Imunização da Semusa, Elizeth Gomes explica que levar vacinas para dentro das escolas é uma ação desenvolvida durante todo o ano em Porto Velho. Para manter uma alta taxa de proteção, ela conta com a colaboração dos pais.
“Pedimos que os pais ou responsáveis autorizem a vacinação quando receberem o aviso da ação na escola do filho. Se possível, que eles acompanhem a atividade na escola, no dia e horário programado. É muito importante essa conscientização, pois a vacinação infantil é uma medida essencial para garantir um ambiente escolar seguro e promover o aprendizado contínuo das crianças”, aponta Elizeth.
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