Sábado, 12 de abril de 2014 - 07h22
Após o pico de 19,72 metros do nível do Rio Madeira no dia 30 de março, a preocupação cresce quanto aos perigos que o período chamado pós-enchente traz, principalmente por causa da contaminação da água de poços e a formação de criadouros de mosquitos causadores de doenças como malária, dengue e febre amarela. Em virtude disso, durante esta semana uma equipe de técnicos do Ministério da Saúde está em Porto Velho para fortalecer as estratégias de saúde juntamente com a Semusa, Funasa e demais órgãos competentes do Município e Estado.
O Secretário Municipal de Saúde, Domingos Fernandes, destacou em reunião realizada na quarta-feira, 09, na sala de situação da Semusa, o empenho do corpo técnico da secretaria durante todo o período de aumento e estabilização do nível das águas. “Além das estratégias dentro da área urbana de Porto Velho, como as unidades de saúde sentinelas para o acolhimento de pacientes, o trabalho de prevenção com educação em saúde nos abrigos e adjacências, a aplicação de inseticidas nos 12 bairros atingidos pela enchente, a limpeza de reservatórios de água e a distribuição de mosquiteiros e hipoclorito, constantemente enviamos equipes multidisciplinares para os 13 distritos de Porto Velho com atendimentos médicos periódicos, vacinação e constante vigilância quanto aos níveis de contaminação das águas. A ordem do Prefeito Mauro Nazif é trabalhar com a assistência contínua”, afirmou Domingos.
Apesar dos riscos exponenciais que a cheia traz, a possível contaminação do rio pelo vibrião da cólera foi descartada. Com a colocação de mechas (instrumentos que possibilitam a análise da água) ao longo do rio, não foram detectados os dois tipo de cepas causadoras da cólera em seres humanos. Quanto à leptospirose, até o dia 10 de abril, dos 106 casos suspeitos dentro de Porto Velho, 24 foram confirmados e uma morte foi registrada. O óbito foi de um homem de 33 anos, morador do Bairro Triângulo, que trabalhava cavando uma fossa em área contaminada pela água da enchente.
Em relação aos casos de dengue e malária, os números seguem estáveis. O trabalho de aplicação de inseticidas espaciais e fumacê tem contribuído diretamente para evitar surtos. De janeiro a março de 2014 a incidência de dengue soma 11 casos confirmados, já a malária atingiu 933 pessoas no mesmo período. A contenção de malária durante este ano tem o objetivo de superar os bons índices alcançados em 2013, quando pela primeira vez em 13 anos o município de Porto Velho conseguiu fechar o ano com menos de 10.000 casos da doença.
O Apoiador Estadual para Articulação de Redes de Atenção à Saúde para o Estado de Rondônia que representa o Ministério da Saúde, Ubirajara Sampaio Mota, parabenizou a Semusa pelo comprometimento durante o período de calamidade, principalmente pelo número mínimo de mortes durante esse período se comparado ao que acontece Brasil afora em situações semelhantes. Ele destacou ainda que o apoio ministerial de saúde vem para somar com os esforços de todos as esferas, tanto municiais quanto estaduais.
A atuação principal da equipe do Ministério da Saúde estará voltada às estratégias a serem tomadas quanto aos poços contaminados, as alternativas rápidas de atendimento às comunidade atingidas, gerenciamento de água potável e outros procedimentos que deverão ser adotados no período de diminuição do nível do rio. Todas as ações terão amparo das normativas preconizadas pelo Ministério.
O secretário Domingos ressaltou também que é de grande importância a vinda da Força Nacional do SUS para montar hospitais de campanha nos 7 principais distritos acometidos pela cheia (Calama, São Carlos, Nazaré, Jacy-Paraná, Abunã, Cuniã e Nova Califórnia). A medida deve vir para oferecer atendimento imediato e evitar epidemias. Tendo em vista que o decreto de calamidade pública do município já foi homologado pela presidência, resta somente a viabilização das solicitações do Plano de Contingência elaboradas pela Semusa e enviadas pela Prefeitura de Porto Velho.
Fonte: Collien Rodrigo / NIEMSUS – SEMUSA
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