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Saúde

Semusa reduz casos de dengue em Porto Velho


   
A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) de Porto Velho fechou um acordo de cooperação com diversas instituições para a realização de mutirões de enfrentamento a focos do Aedes aegypti. De acordo com informações cedidas por Domingos Sávio, secretário da Semusa, a redução da dengue no município vem acontecendo seguidamente, ano a ano, desde a grande epidemia de 2010, quando foram registrados aproximadamente 10 mil casos. Em dezembro de 2012, contabilizou-se pouco mais que 2.000 ocorrências. Em 2013, com uma nova estratégia implantada na Semusa, os casos se reduziram ainda mais, chegando a 1.500 registros. Ao final de 2014, a redução se acentuou e 680 casos foram levantados. Em 2015, o ano fechou com 184.

As reduções aconteceram apesar das grandes enchentes de 2014 e 2015, e também mesmo com o contingente de apenas 174 agentes de endemias para atuar em todo o município, quando somente para a área urbana seria preciso 380. Domingos disse que o prefeito já autorizou contratações emergenciais e o assunto está sendo discutido com a Secretária Municipal de Administração (Semad).
Mas a Semusa que vinha contabilizando os sucessos dos últimos anos foi surpreendida com o último Levantamento de Índice Rápido (Lira), realizado em novembro passado. Segundo as instruções do Ministério da Saúde (MS), as contagens levam em conta os registros de focos do Aedes aegypti por cada cem casas visitadas. Uma casa com foco em cada cem visitas efetuadas demonstra nível 01 de epidemia, o que não é visto como situação de risco. Acima de um e menos que quatro demonstra situação de alerta. Quando são encontrados focos em quatro casas ou mais, considera-se risco de epidemia.

O último Lira demonstrou índice de infestação 12 no Bairro Marcos Freire e níveis também bastante elevados em muitos outros bairros. “Isso está três vezes acima do Índice de risco e precisamos iniciar um grande trabalho para conter essa desproporção. Como não contamos com pessoal suficiente, fomos buscar ajuda. Realizamos esta semana aqui na Semusa uma reunião com representantes de diversas instituições, como Exército, o Corpo de Bombeiros, a Funasa, a Agevisa, Sesau e muitos outros órgãos federais, estaduais e municipais, que assumiram o compromisso de trabalharem junto à Semusa no enfrentamento aos riscos de epidemias com dengue, chikungunya e zika vírus”, afirmou o secretário.

As determinações do MS é que seja visitado todos os imóveis de cada município brasileiro. Em Porto Velho, segundo o secretário, existem 189 mil imóveis. As visitas, em verdade, já se iniciaram com pessoal próprio da Semusa, mas elas serão agora potencializadas. Até junho, todos os imóveis deverão ter sido visitados. “Vamos fazer levantamentos bimestrais e recomeçar as visitas até que as terminemos, ao final deste semestre. Isso não seria possível apenas com os nossos servidores. Por isso, é fundamental que contemos com a colaboração de muitas entidades, mas ainda mais importante que isso é contarmos com a própria população. Todos devem colaborar para a extinção dos focos do Aedes aegypti”, enfatizou.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou alerta mundial em virtude do zika vírus. Já há mais de quatro milhões de casos registrados em todo o mundo e um caso recente ocorreu na Alemanha, país frio que não propicia a infestação do mosquito. “É muito preocupante toda essa situação. Precisamos mesmo realizar um grande trabalho, pois o zika vírus está se aproximando de Porto Velho. Tivemos um caso confirmado em Vilhena, dois casos em Alto Alegre dos Parecis, um em Cacoal e sabemos de quinze casos em Guayará-Mirim, na Bolívia. Por isso, todos devem participar desse trabalho de controle”, declarou Sávio.

ECOPONTO

Pneus são grandes criadouros de mosquito e uma das maiores preocupações da Semusa, de forma que um número de telefone foi disponibilizado para receber chamadas, principalmente de borracharias para orientar sobre como fazer a destinação ao Ecoponto que vai armazenar corretamente esses pneus. É o número (69) 9300 5365. Trata-se de um ecoponto, que vai armazenar devidamente os pneus.

Em Porto Velho há muitas diferenças entre bairros com relação ao número de focos detectados. O secretário explicou que a Semusa atuou em 86 pontos, embora apenas 69 sejam considerados oficialmente como bairros. Disse que para a saúde pública pouco importa as diferenças entre invasões, ocupações ou áreas compradas. “Interessa saber se há pessoas que possam ser atingidas pela endemia. Temos alguns bairros em áreas mais centrais com índice 04 de infestação, mas os principais casos estão mesmo nos bairros mais afastados. As visitas que serão feitas servirão para busca ativa e eliminação imediata dos focos verificáveis, mas mesmo antes de receber alguma visita, os moradores precisam realizar a limpeza de seus quintais e casas. A situação é de gravidade e todos precisam cooperar”, expressou o secretário.

Fonte: Renato Menghi

 

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