Sábado, 24 de abril de 2021 - 08h36
As Unidades de Saúde da Família
(USF) administradas pela Prefeitura de Porto Velho intensificam, nesta
segunda-feira (26), a aferição de pressão arterial. O atendimento será feito
das 7h às 13h. A iniciativa marca o Dia Nacional de Combate à Hipertensão Arterial
e contribui para conscientizar a população sobre os riscos da doença.
O dia 26 de abril foi designado como data para divulgar o combate à hipertensão
arterial através da Lei nº 10.439/2002, de abril de 2002, para conscientizar a
população sobre a importância do diagnóstico preventivo e do tratamento da
doença.
ACOMPANHAMENTO
AO PACIENTE
Todas as Unidades de Saúde da zona urbana, rural e ribeirinha
realizam atendimento e acompanhamento aos pacientes hipertensos. Para isso, é
necessário realizar um cadastramento na unidade mais próxima de sua residência,
onde o paciente faz a retirada dos medicamentos, realiza exames, consultas
médicas e de enfermagem.
Para o cadastramento e acompanhamento no Programa de
Hipertensão, é importante ter sempre em mãos o cartão do SUS e documentos
pessoais. Além de serem cadastrados no Programa de Hipertensão, os pacientes
também são inseridos no e-SUS onde os dados são registrados e acompanhados,
como por exemplo as aferições de Pressão Arterial, realizadas na triagem ou acolhimento
dessas unidades de saúde.
Segundo a gerente da Estratégia de Saúde da Família e Linhas de
Cuidado da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), Cristilane de Souza Delgado,
o usuário do SUS tem disponível na farmácia da unidade os medicamentos necessários
para o controle e intervenção da doença.
“Antes da pandemia, esses usuários estavam inseridos em grupos de saúde que
realizavam atividade coletiva como atividade física, orientação de alimentação
saudável, controle do estado nutricional e palestras sobre vida saudável. Com a
pandemia, a estratégia precisou ser adaptada com atendimentos individuais e
restritos ao período da manhã”.
ÍNDICES
De acordo com o Departamento de Atenção Básica (DAB) da
Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), nos últimos dois anos, o Sistema
Eletrônico do SUS (E-SUS) registrou 8.504 atendimentos de pessoas hipertensas.
De 2019 para 2020, o mesmo sistema apontou um aumento de 14% do
número de cadastros de pessoas diagnosticadas com hipertensão arterial. Das
17.432 pessoas cadastradas no E-SUS da capital, 2.626 sofreram Acidente
Vascular Cerebral (AVC).
Segundo o Ministério da Saúde, a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas e
a Sociedade Brasileira de Cardiologia, os sintomas de hipertensão aparecem
somente quando há elevação da pressão, que é quando a frequência da pressão se
mantém acima de 140 por 90 mmHg.
E quando a pressão está acima do recomendado, aparecem com
frequência sintomas como dores no peito e na cabeça, tonturas, falta de ar,
palpitações, zumbido no ouvido, fraqueza, visão embaçada e sangramento nasal.
Entre as principais causas da
hipertensão estão a obesidade, histórico familiar, envelhecimento, estresse,
consumo de álcool, fumo e sal, falta de exercícios físicos e níveis altos de
colesterol.
O diagnóstico pode ser feito através da aferição regular da pressão. Pessoas de
20 anos acima devem fazer a aferição pelo menos uma vez por ano se não houver
histórico de familiares com a doença. Caso tenha, é recomendado que a aferição
seja feita duas vezes ao ano.
Na maioria dos casos, a hipertensão não tem cura, mas pode ser controlada se
diagnosticada precocemente.
Nem sempre os medicamentos são suficientes. É necessário que o paciente adote
um estilo de vida mais saudável.
As complicações causadas pela hipertensão atacam os vasos
sanguíneos, coração, cérebro, olhos e causam a paralisação dos rins. Portanto,
se tratada de forma contínua, a qualidade e a expectativa de vida podem ser
ampliadas.
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