Quinta-feira, 19 de abril de 2018 - 08h01
A perda auditiva tem chegado cada vez mais cedo para os brasileiros e um dos primeiros sintomas de que algo não vai bem com os ouvidos pode ser o zumbido, um incômodo permanente que vem com som semelhante ao da abelha ou panela de pressão, cachoeira, chiado, apito, cigarra. Segundo pesquisa realizada pela Associação de Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido (APIDIZ), da Faculdade de Medicina da USP, o índice de zumbido entre os adolescentes tem aumentado significativamente, principalmente em razão do hábito de usar diariamente fones de ouvido para escutar música, na maioria das vezes em volumes elevados, além do fato de esses jovens frequentarem ambientes extremamente barulhentos, como boates e shows. A grande preocupação é que os danos tendem a aumentar.
“A 'Perda Auditiva Induzida por Níveis de Pressão Sonora Elevados' (PAINPSE) pode começar já na adolescência vai se agravando com o tempo se os maus hábitos continuarem. Quanto mais ruído, maiores os prejuízos à audição. Dependendo da frequência, do tempo de exposição ao som elevado e da predisposição genética, o indivíduo pode sofrer danos auditivos cada vez mais severos, de forma contínua e elevada ao longo da vida", explica a fonoaudióloga Isabela Carvalho, da Telex Soluções Auditivas.
O zumbido pode ser um dos sintomas de danos auditivos e traz junto um outro agravante. Muitos adolescentes afirmam não se incomodar com o ruído; não contam aos pais o que estão sentindo nem buscam ajuda médica. De acordo com a pesquisa "Prevalência e causas de zumbido em adolescentes de classe média/alta", dos 170 adolescentes participantes, 51% perceberam o ruído logo após o uso do fone de ouvido por longo período ou ao saírem de um ambiente muito barulhento. Os testes auditivos indicaram também que 28,8% dos adolescentes sentiram zumbido em níveis comparados aos de adultos.
O zumbido no ouvido ocorre quando, por algum motivo, os componentes da via auditiva emitem estímulos sonoros mesmo quando não há nenhum som. Para quem sente zumbido, a dica é procurar um profissional o quanto antes. "Quanto mais cedo for detectada a perda auditiva, melhor. Quem utiliza fones de ouvido ou se expõe a volumes altos constantemente deve fazer uma avaliação chamada audiometria. Esse exame revela se o paciente já tem perda auditiva e qual o grau dessa perda. A partir daí indicaremos o melhor tratamento para o paciente", aconselha Isabela Carvalho.
Existem algumas soluções no mercado que podem ser usadas, como fones de ouvido mais confortáveis, ajustáveis ao canal auricular; ou os que promovem maior isolamento dos sons externos, por meio de almofadas extras confortáveis, caso dos headphones, que evitam que se escute a música em alto volume, reduzindo assim os riscos de zumbido e perda auditiva.
"Escutar música é ótimo! Não estamos pedindo para os jovens deixarem de ouvir música. O problema está ligado diretamente ao volume extremo e ao tempo prolongado do uso dos fones em níveis elevados. Som intenso e frequente acima de 85 decibéis pode provocar danos irreversíveis à audição com o passar do tempo. O zumbido é um sinal de advertência. Com essa exposição permanente, adolescentes poderão começar a apresentar perda de audição muito cedo, entre 30 e 40 anos", enfatiza Isabela Carvalho.
Os casos de zumbido podem ser amenizados com o uso de aparelhos auditivos. A ferramenta Tinnitus SoundSupport™, presente em alguns modelos de aparelhos oferecidos pela Telex Soluções Auditivas, foi criada na Dinamarca pela Oticon e oferece sons do oceano, além de outras opções de sons, para garantir alívio e conforto para quem sofre esse mal.
Fonte: Ascom / Telex Soluções A / uditivasEx-Libris Comunicação Integrada
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