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Sergio Pires

Bastidores fervilham, mas sobre 2026. Todo o processo sucessório passa pelo ex-governador Ivo Cassol


Bastidores fervilham, mas sobre 2026. Todo o processo sucessório passa pelo ex-governador Ivo Cassol - Gente de Opinião

Os bastidores fervem na política destas terras de Rondon. Mas não é o que o nobre leitor imagina! Pouco a ver, ao menos em termos de peso, com a eleição municipal nas 52 cidades do nosso Estado, embora ela seja preparatória. Tudo a ver, contudo, com o mês de outubro de 2026, ou seja, daqui a exatamente 27 meses. Os grupos políticos, hoje alguns frontalmente opositores um ao outro, podem estar juntos. E os aliados de hoje, colados por interesses municipais, podem estar em trincheiras opostas. Ah! E, como sempre, já se desenham traições inesperadas dentro dos grupos que, neste momento, juram amor eterno um ao outro. O futuro vai responder, claramente, a essa espécie de enigma. O que há de real, neste momento? Só se houver uma grande zebra no Congresso Nacional, o novo Código Eleitoral não será aprovado. Com isso, estará oficializada a volta de Ivo Cassol na disputa pelo Governo. É um nome que os bastidores da política dizem ser praticamente imbatível e, seu ingresso na disputa mudaria muitos planos. Marcos Rogério, por exemplo, não disputaria a sucessão de Marcos Rocha. Hildon Chaves também dificilmente o faria. Claro que muita água ainda vai rolar sob a ponte, mas a tendência é que ambos, Rogério e Hildon, troquem seus planos atuais e poderiam até se aliar a Cassol, embora neste momento, nada confirme isso. Jaime Bagattoli, que sonha com o Governo, dificilmente confrontaria seu hoje aliado de Rolim de Moura. Acir Gurgacz, outro nome entre os mais fortes, tem até agora apenas um alvo bem claro: a volta ao Senado. Ele quer uma das duas cadeiras

O grupo palaciano, hoje muito forte, também tem planos traçados. Marcos Rocha quer o Senado e seu vice, Sérgio Gonçalves, foi escolhido pelo próprio atual Governador para ser o candidato à sucessão em 2026. Dentro do quadro atual, Gonçalves seria o grande adversário de Ivo Cassol. Claro que pelo caminho vão surgir outros pretendes, mas a análise é sobre a situação atual e caso Marcos Rogério e Hildon realmente não mantenham seus planos de irem ao Governo, seria o poderio de quem está no poder com o poderio eleitoral de Cassol. Além disso, o governador Marcos Rocha teria que manter uma aliança com vários partidos, embora já se saiba, nos bastidores, que já haveria aliados de hoje preparando rasteiras para o amanhã. Tudo isso, aqui resumido, são informações que correm soltas nos bastidores da política. Tudo ainda pode mudar? Claro que sim. Mas uma coisa já é imutável. Todo o processo sucessório de 2026 passa por Ivo Cassol.

 

ELEIÇÃO EM PORTO VELHO INFUENCIARÁ MUDANÇAS TANTO NO GOVERNO MUNICIPAL QUANTO NO ESTADUAL?

Ainda sobre o mesmo tema, é bom que se diga que a eleição municipal, principalmente em Porto Velho, terá sim influência tanto sobre o governo municipal quanto o estadual. Claro que se Mariana Carvalho vencer, a troca de comandos na linha de frente será menor, mas de qualquer forma, elas irão acontecer, O jogo de xadrez para 2026 começa no minuto seguinte ao resultado das urnas também no Palácio Rio Madeira/CPA. Claro que tais assuntos ainda são tratados à boca pequena, em portas trancadas, mas acredite o nobre leitor, eles já estão sendo tratados. Marcos Rocha vai entrar na reta final do seu segundo mandato, quando deve deixar o cargo para concorrer ao Senado, com mudanças no seu time. Mesmo que isso seja negado agora, quando acontecer a gente espera que você tenha lido esta informação (não é previsão) aqui neste espaço. O que é certo pelos lados palacianos é que Sérgio Gonçalves será governador por pelo menos sete meses. E, se não houver alguma mudança profunda neste quadro, pela mutação constante da política, Sérgio será mesmo o candidato oficial à sucessão de Marcos Rocha. Aliás, foi o governador que o escolheu pessoalmente e a quem tem dedicado constantes elogios. Já Hildon Chaves, que está de corpo e alma na campanha de Mariana Carvalho, quer encerrar seu mandato com chave de ouro, comemorando mais de 800 quilômetros de asfalto na cidade e ainda entregando o novo e belo prédio da Rodoviária. Mas, já no dia 7 de outubro, começa também a tratar do seu futuro político. O quadro, hoje, é este.


NA SICTV, ROCHA FALOU SOBRE JOÃO PAULO II, HEURO, FAKE NEWS DA LEI DE INCENTIVOS FISCAIS E A SECA HISTÓRICA

Por falar em Marcos Rocha, ele concedeu uma longa entrevista ao programa SICV News, na noite desta segunda-feira, entrevistado pelo apresentador e jornalista Everton Leoni. Falou sobre temas polêmicos, como o João Paulo II e até confirmou que está havendo uma grande movimentação do governo para trocar a empresa responsável pelas obras do futuro Heuro, que não saíram do chão até agora. Debateu ainda o tema da grave seca que atinge Rondônia e os Estados da Região (sobre este tema, participaram o comandante do Corpo de Bombeiros, Coronel Nivaldo Ferreira e o secretário da Sedam, Antônio Lagos), com previsões bastante assustadoras sobre o futuro da nossa região. Na conversa, chegou a ser citado estudo da NASA que prevê que em 50 anos não haverá mais vida nesta gigantesca floresta, por falta de água, o que, aliás, Rocha considerou como exagero, embora destaque que são necessários muitos cuidados a partir de agora, para que isso não ocorra. O Governador estava em alto astral durante toda a entrevista. Só mostrou irritação quando foi questionado sobre uma denúncia de que seu governo teria criado uma lei para proteger apenas uma única empresa. Além de chamar o mentor da Fake News de mentiroso, sem citar nome, Rocha explicou que a lei vai beneficiar 17 setores de produção, protegendo e mantendo milhares de empregos e, ainda, representará uma arrecadação a menos de apenas seis milhões de reais por ano. “Se fosse para proteger apenas tantos empregos, eu até teria feito uma lei para atender uma só empresa”, avisou, lembrando, contudo, que vários setores serão beneficiados.

  

 

LÉO COMEMORA SUCESSO DA CONVENÇÃO E DIZ QUE IRÁ PARA O SEGUNDO TURNO PARA GANHAR A ELEIÇÃO NA CAPITAL

 

Léo Moraes saiu empolgado da sua convenção do sábado, quando o Podemos homologou seu nome para disputar a Prefeitura de Porto Velho. “Sem requisição de nada, sem dinheiro, quem foi lá foi opor convicção, para apoiar. Fiquei ainda mais entusiasmado”, comemorava Léo, mesmo três dias depois do evento que levou grande público à casa de shows Talismã. No mesmo local, uma semana antes, a principal adversária, Mariana Carvalho, levou muito mais gente, até porque reuniu vários partidos. Léo, apenas com o Podemos, também uma presença que ele considera muito significativa de apoiadores. E crê firmemente que vai para o segundo turno. “E daí vamos ganhar a eleição”! O partido ainda não definiu o nome do vice, que virá do próprio Podemos. Há pelo menos cinco nomes sendo discutidos e desta relação sairá o parceiro de Moraes. As primeiras pesquisas eleitorais, feitas por institutos daqui, apontavam Léo muito perto de Mariana. Já a da Paraná Pesquisas, de outro Estado, deu grande vantagem à Mariana, Léo não se preocupa com isso, afirma. O que vale é o que o povo vai saber escolher na hora certa. Vai analisar os candidatos, vai saber quem terá que lotear o governo, com tantos acordos e certamente decidirá o que é melhor para Porto Velho”. Ou seja, o ex-deputado federal e ex-diretor do Detran está muito otimista com a campanha que se aproxima.

 

NA HORA DA DECISÃO, VINICIUS MIGUEL FICA AO LADO DA CANDIDATURA DE CÉLIO LOPES, DO PDT/PT

O candidato do PDT, PT e aliados, Célio Lopes, comemora, com toda a justiça, a importante adesão à sua candidatura. O presidente regional do PSB, o advogado e professor Vinicius Miguel desistiu de concorrer à Prefeitura e depois de várias conjecturas de que ele poderia se aliar a várias outras siglas, bateu o martelo e confirmou que estará ao lado de Célio. “Após conversas intensas e cuidadosas, concluí que a melhor maneira de contribuir para o futuro de Porto Velho é unir forças com Célio Lopes. Ele tem um plano consistente e uma visão clara para o desenvolvimento da nossa Capital. Acredito que sua candidatura representa o melhor caminho para avançarmos”, resumiu Vinicius, em entrevista à imprensa, quando anunciou sua decisão. O candidato comemorou e agradeceu a adesão: “a adesão de Vinícius é um sinal positivo de que estamos no caminho certo. Juntos, estaremos mais fortes para enfrentar os desafios de Porto Velho e oferecer soluções eficazes para a nossa cidade”, afirmou Lopes. O PDT, junto com o PT, têm como meta mobilizar o eleitorado mais à esquerda. Historicamente, este eleitorado representa 30 por cento de todos os votantes. Com este percentual, Celso estaria num segundo turno. Daí sim, seria outra eleição e as chances dele cresceriam muito. Agora é tentar mobilizar este grupo importante do eleitorado, para concretizar o projeto. 

 

 

FROTA QUER SER O PREFEITO DA CAPITAL PARA ADMINISTRAR DENTRO DA FILOSOFIA DO PARTIDO NOVO

O sétimo nome entre os postulantes à Prefeitura de Porto Velho, é um advogado que tem uma visão diferente do que se conhece na vida pública brasileira, onde a política se tornou quase uma profissão. A forma de atuação política do Partido Novo, representado na disputa na disputa por Ricardo Frota, é tratar as questões do país, dos Estados e das cidades com absoluto respeito ao dinheiro público (na prática e não só no discurso), não aceitando qualquer forma de corrupção e com valorização da iniciativa privada. Casado, pai de três filhos, Frota como um nome novo da vida pública rondoniense, mas com ideias invasoras e a certeza de que seu partido estará bem representado na disputa. Frota começou cedo na política, chegou a concorrer à Câmara de Vereadores, nas acabou se dedicando às atividades profissionais. Agora, no Partido Novo, ele foi escolhido como candidato a prefeito da sua cidade natal, já que é porto-velhense da gema. Em alguns dias, quando começa a campanha oficialmente, Frota terá condições de expor suas ideias e projetos para Porto Velho. A chapa que lidera, terá outro personagem conhecido na cidade: o ex-vereador Jamil Zaglout.

 

MARIANA DEVE TER MAIS TEMPO DE RÁDIO E TV DO QUE A SOMA DE TODOS OS SEUS SEIS ADVERSÁRIOS

Dentro de alguns dias, começa o Horário Eleitoral Gratuito. Em Porto Velho, a candidata Mariana Carvalho, pelo volume de partidos que a sustentam na campanha, uma dúzia, deverá ter mais tempo do que a soma de todos os demais seis candidatos. Só depois de formalizados todos os detalhes das convenções e a aprovação oficial das candidaturas pelo TRE, é que os tempos oficiais serão definidos. Mariana terá obviamente muito mais espaço, porque além do seu partido, o União Brasil, tem ao seu lado outras legendas fortes, com boa representação na Câmara Federal, como o PL (o partido com maior tempo, entre todos) o PP, o Republicanos, o Avante e vários outros. A perspectiva é de que ela possa ter até 10 minutos, enquanto o PDT/PT ficariam com menos da metade disso. A candidata do MDB, Euma Tourinho, teria cerca de 3 minutos. A média dos demais candidatos será de cerca de 1 minuto. Claro que tais cálculos são ainda fictícios, porque há uma série de critérios a serem analisados. Os tempos reais somente serão anunciados antes do próximo dia 16, uma sexta-feira, quando a campanha começa de verdade. Claro que o horário gratuito é importante, porque rádio e TV ainda têm grande público, Mas, agora, é bom lembrar, têm as redes sociais. E elas podem consagrar ou destruir uma candidatura.  

 

“A SECRETÁRIA JANET YELLEN FALOU NA AMAZÔNIA COMO FALARIA UMA AUTORIDADE DO IMPÉRIO A SEUS ENCLAVES AFRICANOS”

O ex-ministro dos governos Lula e Dilma, Aldo Rebelo, um dos mais profundos conhecedores da Amazônia, publicou longo artigo no jornal O Liberal, do Pará, fazendo mais uma grave denúncia sobre a subserviência do atual governo brasileiro a governos estrangeiros. Rebelo relatou a presença da secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen que, com o aval pessoal da ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, anunciou o que ele chamou de “a decisão de assumir o controle da região, com seus serviços de inteligência e segurança. Evidentemente edulcorou (adoçou) a proposta como um termo de cooperação entre os serviços de inteligência dos Estados Unidos com os mesmos serviços dos países amazônicos”. Mais adiante, o ex-ministro definiu: “O silêncio do governo brasileiro diante da descabida ousadia de dona Yellen, percorreu a grande floresta como um gesto de pusilanimidade, o outro nome da covardia, nos versos de Cecília Meireles!”. O melhor e mais ácido do texto publicado em O Liberal, foi este trecho: “A secretária do Tesouro falou como autoridade de um império colonial em visita a um dos seus enclaves africanos!”. Onde se colocam os sons de ovação e aplausos para o grande Aldo Rebelo? Ele sim é um brasileiro de verdade, que não se esconde sob falácias como as têm Marina Silva, ao ignorar o sofrimento do povo da Amazônia, comparando a floresta a um Paraíso, quando se vende como Rainha das ONGs aos estrangeiros.

 

PERGUNTINHA

Você também se emocionou e comemorou o grande feito da ginasta brasileira Rebeca Andrade que, aos 25 anos, se tornou, em Paris, a atleta do nosso país com mais medalhas olímpicas de todos os tempos, com dois ouros, duas pratas e um bronze? 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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