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Sergio Pires

Chegam as primeiras 49 mil doses da vacina + Guerra política tem fake, mentiras e ameaça de morte + Só podem trabalhar com o revalida


Chegam as primeiras 49 mil doses da vacina + Guerra política tem fake, mentiras e ameaça de morte + Só podem trabalhar com o revalida - Gente de Opinião

CHEGAM AS PRIMEIRAS 49 MIL DOSES DA VACINA CORONAVAC. É O COMEÇO DA VITÓRIA SOBRE O VÍRUS MORTAL

Chegou o Dia D e a Hora H! Nesta terça-feira, provavelmente no amanhecer, aterrissa no aeroporto Jorge Teixeira, um avião enviado pelo Ministério da Saúde, trazendo as primeiras cerca de 49 mil doses de vacinas contra a Covid 19, que serão distribuídas, proporcionalmente, para algumas das principais cidades do Estado. Outras 11 mil doses poderão vir dentro de alguns dias – não se sabe quando – para completar a primeira cota de 60 mil doses destinadas pela saúde federal, para esta primeira etapa de imunização em Rondônia. Outras 23 mil vacinas, caso seja cumprida a promessa do ministro Pazuello, virão em fevereiro. O prefeito Hildon Chaves anuncia que já negociou pelo menos mais 40 mil doses, que poderão aumentar para 60 mil, apenas para a população da Capital. São Paulo sai na frente, com uma campanha que já começou no próprio domingo, logo após a Anvisa autorizar o uso de duas vacinas, com a primeira pessoa, uma enfermeira, sendo imunizada. Na segunda-feira, da manhã à noite, outras centenas de pessoas, da área da saúde, também foram imunizadas. O governador paulista João Dória está em guerra com o Planalto e quer ser o grande líder nacional na guerra contra o coronavírus. Convidou inclusive o um condenado, o ex presidente Lula e o também ex presidente Fernando Henrique Cardoso, ambos já septuagenários, para participarem do lançamento oficial da campanha de vacinação em São Paulo quando ambos seriam imunizados. Dória quer se postar como o grande líder da oposição a Bolsonaro, usando a vacina como mote político. Por enquanto, aliás, está ganhando a batalha, já que Bolsonaro ficou refém da própria cabeça dura, ao não correr atrás da vacina e ser contra ela, enquanto a população clama pela única forma de se livrar do vírus.

Os de bom senso, a Medicina, a Ciência e a grande maioria dos brasileiros, todos querem a vacina. O governador Marcos Rocha e o secretário de saúde de Rondônia, Fernando Máximo, foram às redes sociais, comemorar a decisão da Anvisa e anunciar que há um completo plano de vacinação no Estado. Pouquíssimas são as vozes – inclusive entre os apoiadores mais fiéis do presidente Bolsonaro – que concordam com a forma como ele tratou a questão da vacina. Claro que há os aproveitadores, os canalhas, os criadores de mentiras, tentando colocar no colo do Presidente, por exemplo, a crise de Manaus, quando se sabe que seu governo enviou quase 9 bilhões de reais ao Estado e aos municípios do Amazonas, para conter a doença, mas grande parte do dinheiro foi desviada. E Bolsonaro não pode fazer nada, porque decisão do STF o proíbe de interferir em decisões de Governos estaduais e Prefeituras. Mas daí, já é outra história. A verdade é que a vacina tardou, mas chegou. No dia em que tivemos mais 26 mortes e que quase 500 pessoas estão internadas, com todas as UTIs lotadas. Ela vem para salvar milhares de vidas e nos trazer também um pouco de paz. Chega de tanta tragédia!

O VÍRUS NÃO ATACA QUANDO OS EVENTOS SÃO DO ESTADO?

O Brasil é, entre tantas outras coisas, também um campeão de incoerência. E ela vem, claro, sempre de cima para baixo. Ora, há um clamor das autoridades e de toda a sociedade que defende o bom senso e a vida, para que se evitem aglomerações, para que não haja festas clandestinas, para que todos fiquem dentro de casa. Nada de aulas nas escolas. Quanto menos gente na rua, melhor, mais seguro e menor a chance do vírus de espalhar. Certíssimo? Não para algumas imensas aglomerações e centrais de risco para a disseminação do vírus, como a eleição do ano passado e, agora, as provas do Enem, mesmo que elas tenham tido a menor participação de todos os anos, com uma abstenção que chegou, em nível nacional, a 52 por cento. Ora, mesmo com o discurso dos cuidados, do distanciamento e toda a parafernália de conversa que se ouviu país afora, ninguém duvida que, duas semanas depois das eleições, o número de contágios pela Covid deu um salto, em todo o país. O mesmo vai acontecer com estudantes que fizeram o Enem. Então, fica-se pensando: nossas autoridades combinaram alguma coisa com o vírus, para que ele ataque as pessoas comuns que cometem desatinos e irresponsabilidades, mas não ataca quando os eventos gigantescos são patrocinados pelo Estado? Perguntar não ofende!

 QUASE 65 POR CENTO DOS ESTUDANTES NÃO FORAM AO ENEM 

Ainda em relação ao Enem, por aqui, mais de 41 mil dos inscritos no Enem não compareceram para participar da primeira etapa da prova. Segundo números oficiais, mais de 64,5 por cento dos estudantes que haviam confirmado participação, deixaram de comparecer. Rondônia foi o estado brasileiro onde a abstenção atingiu os maiores percentuais de ausência. Não foi só a pandemia que motivou tudo isso, embora, claro, ela tenha sido a causa principal. Várias cidades decidiram não realizar o Enem, mas pouco depois decisões judiciais derrubavam essa posição de nível municipal. Isso ocorreu em Ji-Paraná, Cacoal, Rolim de Moura e outras comunidades. Até a manhã de domingo não se tinha certeza de que Porto Velho iria realizar as provas, embora desde sexta-feira, o secretário estadual de educação, professor Suamy Vivecananda, estivesse confirmando a realização do Enem. No sábado de manhã, nota da Seduc confirmava que a prova era de responsabilidade federal e que ela seria realizada. Milhares de estudantes, sem saber se deveriam ou não ir aos locais de provas – pela pandemia e pelo desencontro de informações – optaram por desistir. Não se sabe agora se haverá alguma nova data para eles, até pelo enorme percentual de abstenção.  

TORTURADO TEM É QUE AGRADECER POR ESTAR VIVO

Preparemo-nos para mais um espetáculo das leis brasileiras, em relação aos criminosos e suas crueldades. Neste final de semana, mais um cidadão porto velhense foi assaltado e teve sua casa devassada por uma quadrilha de bandidos. Eram pelo menos cinco. Como não encontraram nada de valor, raptaram a vítima, a levaram para uma estrada deserta e a torturaram, com agressões violentas, deixando-a jogada no chão. Levaram o carro dele e, raivosos, o incendiaram. Até agora, nenhuma pista destes celerados, que atacam, agridem, torturam e escapam ilesos. Quando presos – e o serão, mais dia, menos dia – terão toda a proteção legal. A pobre vitima tem que se cuidar para não ser acusada de culpa, por não ter nada de valor em casa para dar aos bandidos. Quem sabe eles teriam ido embora, só com o produto do roubo e não teriam feito as sevícias que praticaram? Se forem condenados, certamente a penas muito leves, ou cumprirão penas soltos, para continuarem roubando, sequestrando e matando ou em poucos meses estarão nas ruas novamente, sob o manto das nossas leis, feitas sob medida para proteção desse tipo de gente. Pobre do cidadão torturado! Resta a ele apenas agradecer aos criminosos, que o deixaram viver.  Porque, a verdadeira Justiça contra esses bandidos, ele jamais verá ser aplicada... 

ÓBITOS NO ESTADO CRESCERAM BEM ACIMA DA MÉDIA NORMAL

Levantamento feito pelo site Rondônia Dinâmica, aponta que o número de mortes no Estado, no ano passado, aumentou significativamente e bem acima da média dos últimos anos, por causa da crise do coronavírus. Só a doença matou, em todo o Estado, durante 2020, nada menos do que 1.817 pessoas, computando-se apenas oito meses do ano, já que o primeiro óbito causado pela Covid só foi registrado em maio. Como até o domingo já tínhamos registrado nada menos do que 2.005 mortes,  com o Boletim da segunda-feira, apenas em janeiro deste ano já registraram-se nada menos do que 214 vidas perdidas para o vírus. A média é superior a 11 mortes por dia, causadas pela doença e torna este primeiro mês do 2021, como um dos mais mortais, desde que o primeiro caso foi registrado em Rondônia. Os registros de óbitos vinham crescendo proporcionalmente ao aumento da população. Passaram de 7.245 em 2016, para 8.010 registros de óbitos nos cartórios rondonienses, em 2019. Nas 9.532 mortes registradas em 2020, já incidiram os números assustadores das vítimas do coronavírus. Como se espera que a partir de fevereiro os números de óbitos pela Covid comecem a cair, até por causa da vacina, que deve diminuir a força e a incidência dos casos, pode ser que o volume de óbitos, já a partir do segundo semestre deste ano, voltem aos patamares normais.

FORMADOS NO EXTERIOR SÓ PODEM TRABALHAR COM O REVALIDA

Pelas redes sociais, a deputada federal Jaqueline Cassol defendeu que o Presidente da República convoque médicos brasileiros formados no exterior, para que se unam ao esforço nacional contra a Covid 19. Vários estados brasileiros – e Rondônia é um dos exemplos mais claros disso – precisam cada vez de mais médicos, mas o número de profissionais que querem prestar serviço aos governos de todas as instâncias é cada vez menor, não só pelos baixos salários, mas também pela falta de boas condições de trabalho. E isso vale para todo o país. Jaqueline, que junto com outro deputado rondoniense, o líder da bancada federal, Lúcio Mosquini, está numa cruzada – ao lado de outros parlamentares de várias regiões – para que os formados no exterior possam atender no Brasil, divulgou um longo apelo sobre o tema. A intenção, maior, parece óbvio, é manter o assunto em debate, porque a parlamentar sabe que a decisão não depende do governo. Ela passa pelo Congresso, mas principalmente pelo poderoso lobby das organizações médicas nacionais, que não aceitam essa medida. Basicamente, os médicos formados no exterior só podem trabalhar no Brasil caso façam o exame Revalida. Sem o Revalida, não tem negociação. 

GUERRA POLÍTICA TEM FAKE, MENTIRAS E AMEAÇA DE MORTE

Esquerdistas, comunistas, membros de partidos de oposição, estão tentando criar um clima de crise no governo, anunciando que as redes sociais se mobilizam pelo impeachment de Bolsonaro. Clara Fake News! Meia dúzia de gatos pingados, todos da mesma procedência, incluindo um texto inacreditável do líder do PSOL, Marcelo Freixo, publicando no seu twitter a frase “Impeachment ou Morte!”, de forma covarde. Pouco depois, quando viu a besteira que fez, explicou que o quis dizer que era “Impeachment ou mais Mortes!”. Ameaçou publicamente a vida do Presidente da República e recuou, mas o episódio resume bem essa desesperada e frágil tentativa de aplicar um golpe, num governo legitimamente eleito. Como Bolsonaro não é ladrão, como o é o grande líder da esquerda, o ex presidente Lula, já condenado em duas instâncias pela Justiça por crimes que cometeu quando comandava o Brasil, a minoria agora cria um discurso odiento, inventando um impeachment. Baseado em que? E a frase de Freixo, agressiva, cheia de ódio, com ameaça direta à vida do líder da Nação, ficará por isso mesmo? Imagine-se que, na época em que o chefe de quadrilha presidia o país, se algum deputado de oposição o ameaçasse de morte, o que aconteceria com esse detrator?  É fácil imaginar...

 PERGUNTINHA

Você acha que será alcançado pela vacina antes que o vírus consiga chegar ao seu organismo ou está pessimista, sobre quanto tempo ainda vai demorar para chegar sua vez de ser protegido?

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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