Domingo, 14 de julho de 2024 - 07h57
Nosso espírito de vira-lata foi ativado. Ao aceitarmos o
projeto do governo federal para privatização da BR 364, entregando as obras à
empresas privadas, que terão direito de 30 anos sobre ela; implantando quase
uma dezena de pedágios e dando milhões e milhões de reais a quem vencer a
licitação, estamos assumindo um grande erro. Fosse feita pelo Dnit, a mesma
obra não teria apenas 100 quilômetros de duplicação, como previsto no sistema
privatizado, mas sim seria duplicado todo o trecho, de mais de 700 quilômetros,
entre Vilhena e Porto Velho, por exemplo. Quando o rondoniense aceita pagar
vários pedágios, que existirão em locais onde não haverá duas pistas, tirando
do seu bolso algo em torno (nos valores de hoje) mais de 280 reais para ir e
voltar de Vilhena, estará assumindo que não merecemos muito mais. Quem está
dizendo tudo isso? Algum parlamentar da oposição? Alguém que, por ideologia, é
contra as privatizações? Nada disso. O resumo do que foi descrito neste texto é
a opinião de um técnico, de um experiente engenheiro. E onde ele trabalha, para
ter conhecimento profundo do assunto? Ora, no próprio Dnit de Rondônia, onde se
destaca pela seriedade com que atua, no mesmo nível dos seus colegas e tem sob
sua responsabilidade acompanhar e fiscalizar várias obras. Inclusive na BR 364
que hoje, desde que começaram a ser liberados recursos para o órgão, em
Rondônia, está em condições muito melhores. “Não há um só buraco na BR, desde
Porto Velho até Pimenta Bueno”, diz o engenheiro Emanuel Neri. Ele sabe disso
porque acompanhou, dias atrás, membros da diretoria de Planejamento nacional do
Dnit, em vistoria à rodovia. A equipe do Dnit rondoniense só ouviu elogios pelo
trabalho que tem realizado.
Emanuel Neri sugere, como alternativa à privatização, que o
Dnit receba os recursos necessários para ele mesmo realizar toda a duplicação.
“Depois sim, se pode pensar em privatizar para a manutenção, inclusive com
pedágios”. Aceitar o projeto como está, alega, será um retrocesso. Ele ainda
lembrou que no governo anterior, o então ministro Tarcísio de Freitas não
autorizou o Dnit a ampliar as obras de duplicação, alegando que tudo seria
privatizado. O mesmo ministro teria desautorizado o Dnit a realizar as obras do
Anel Viário de Porto Velho, das Irmãs Marcelinas ao Porto, embora já houvesse
um projeto pronto, dependendo apenas de licitação. Agora, a história se repete.
Tira-se o Dnit da jogada pela privatização e, daqui a alguns anos, se poderá
ter a triste constatação de que, como ocorreu com o Anel Viário, não aconteceu
nem uma coisa nem outra. “Não podemos ter este espírito de vira-latas. Rondônia
merece muito mais e o melhor”, diz Emanuel. É caso para reflexão. Será que
privatizar a um custo tão alto para o bolso do contribuinte, com a dezena de
pedágios, é mesmo o melhor caminho?
GASOLINA
VEM DE GUAJARÁ MIRIM, ONDE É COMPRADA SEM TRIBUTOS E VENDIDA ILEGALMENTE NOS
POSTOS DE PORTO VELHO
Uma denúncia grave está sendo
feito por donos de postos de combustíveis de Porto Velho e outras cidades, que
pagam seus impostos corretamente; precisam manter suas empresas e funcionários
com uma lucratividade média de 10 por cento sobre o preço final; que tem cada
vez mais custos e que, há muito tempo (embora a situação tenha piorado agora!)
ainda estão sofrendo concorrência desleal. Basicamente o esquema funciona com
caminhões, alguns bens disfarçados, comprando gasolina em Guajará Mirim, cidade
que é uma Zona Livre de Comércio ou seja, tem descontos especiais de vários
tributos. Lá, é claro, a gasolina e outros combustíveis comercializados, o são
com preços bem menores do que todas as demais regiões do Estado. Ora, o
combustível só poderia ser comercializado em Guajará. Mas, por falta de
fiscalização, depois de “esquentar” a nota de compra, eles vêm para Porto Velho
e cidades vizinhas, vendendo o produto a preços bem mais baixos que o normal.
Os postos que compram este combustível ilegal o vendem nas bombas também por
preços abaixo do mercado, causando uma concorrência desleal aos demais
revendedores. Há fiscais da Sefin na região, mas eles não têm apoio da PM,
principalmente à noite e, sem isso, não conseguem combater a espécie de
contrabando interno. Os comerciantes que vivem na legalidade, dizem que está na
hora de se tomar medidas contra isso.
CONVENÇÕES
COMEÇAM NO DIA 27, MAS A MAIORIA DOS PARTIDOS AINDA NÃO DEFINIU DATAS E LOCAIS
Há coisas que mudaram na política. Uma delas é aquela jogada
de deixar as convenções para o último dia, para que os adversários não
soubessem das estratégias, nomes de todos os componentes da chapa e,
eventualmente, para surpresas de última hora, para mexer com o eleitorado. Na
eleição municipal deste ano, as coisas serão diferentes. Pelo menos dois grupos
políticos, do MDB e o do União Brasil (leia-se Euma Tourinho e Mariana
Carvalho) farão suas convenções no
próximo dia 27, um sábado, uma semana depois em que tais eventos estarão
autorizados pela legislação eleitoral. O MDB tinha programado sua convenção
para o dia 20, mas teve que adiar porque na data, dois dos seus principais
dirigentes, o presidente regional Lúcio Mosquini e o senador Confúcio Moura,
não poderiam estar presentes. Ambos estarão no dia 27, na sede do partido, onde
o evento ocorrerá. Já a de Mariana, na mesma data, ainda não tem local marcado,
embora os eventos do União Brasil, nos últimos tempos, todos tenham sido feitos
na casa de shows Talismã. Os demais partidos, ao menos até este sábado, ainda não
haviam anunciado as datas e locais das suas convenções.
EUMA
TEM CARTA BRANCA PARA O VICE, MARIANA TERÁ VICE DO PL E OUTROS NOMES AINDA SÃO
UMA INCÓGNITA
E os vices? Ah, por enquanto este é um tema mantido a sete
chaves, pelo menos em relação às principais candidaturas. No caso de Euma
Tourinho, a escolha será dela, pessoalmente. A candidata tem carta branca do
MDB para decidir, pessoalmente, quem a acompanhará na chapa majoritária. Se há
algum nome em sondagem, Euma não conta para ninguém. Já no caso de Mariana
Carvalho, com uma gama de seis partidos a apoiá-la, o que se ouve nos
bastidores é que o nome do vice será escolhido no PL, o sétimo partido a
ingressar no bloco de apoio à candidata e que a escolha virá de cima para
baixo, ou seja, definido pelo PL, para que o partido que tem o maior tempo no
horário eleitoral gratuito entre todos, ingresse na aliança. Léo Moraes ainda
está conversando com vários partidos e alinhavando apoios, mas até o momento
não há indícios de quem será seu parceiro na disputa, embora se ouça nomes aqui
e ali, mas que o candidato não confirma de forma alguma. O que se ouve nos
bastidores é que o nome de Valdir Vargas, o candidato do PP à Prefeitura,
estaria sendo sondado para eventualmente chapa com uma das candidaturas
consideradas entre as viáveis. Neste momento, não se tem ideia de como as
chapas para outubro serão compostas, embora os cabeças de chapa já sejam
conhecidos.
MARCELO
CRUZ ANUNCIA QUE VAI APOIAR MARIANA CARVALHO PARA A PREFEITURA DA CAPITAL
Na mesma semana em que decidiu que não irá mais concorrer à
Prefeitura, o presidente da Assembleia, Marcelo Cruz, decidiu sua posição
em relação à sucessão de Hildon Chaves.
Ele anunciou, oficialmente, que estará ao lado da candidatura de Mariana
Carvalho, levando para a aliança formada pela ex-deputada federal pelo menos
mais três partidos e uma relação de candidatos à Câmara de Vereadores que reúne
cerca de 96 nomes. A adesão de Marcelo Cruz não é surpresa, na medida em que
ele faz parte de um grupo político ligado ao Palácio Rio Madeira/CPA, que apoia
em peso o nome de Mariana para a Prefeitura. Parceiro de Marcos Rocha e seu
governo, Marcelo Cruz é sempre um nome forte, quando se trata da política
rondoniense e, principalmente, a de Porto Velho. Vereador, deputado eleito e
depois reeleito com o dobro da primeira votação, Marcelo Cruz tem um eleitorado
fiel e sempre esteve entre os pretendentes à Prefeitura com chances reais de
chegar ao segundo turno. Ao abrir mão da disputa para apoiar Mariana Carvalho,
ele leva para a aliança que há é forte, uma amálgama de nomes fortes para a
Câmara, todos também engajados na campanha da representante do União Brasil. É
daqueles apoios fortes, que podem ajudar a decidir uma eleição.
SAMUEL
SONHA ALTO: QUER ELEGER VEREADORES DA REDE E PSOL PELA PRIMEIRA VEZ NA HISTÓRIA
EM PORTO VELHO
Entre os partidos nanicos, Samuel Costa, advogado e
jornalista, apresentador de TV, se destaca pela forma fácil de falar mas, mais
que tudo, por sua obstinação. Mesmo sabendo das enormes dificuldades de levar o
nome da Rede, um partido que tem apenas dois eleitos no rol dos 513 deputados
federais e, portanto, vive com parcos recursos financeiros e tempo quase zero
no horário eleitoral gratuito. Ele
disputa a eleição numa federação que tem também o PSOL, ambos partidos bem à
esquerda e que tem dificuldades de ter o aval da ampla maioria do eleitorado
porto-velhense. O PSOL, mais antigo, jamais elegeu sequer um vereador na
Capital, assim como a Rede. Samuel, contudo, é otimista. Destaca, por exemplo,
que a Rede tem uma relação completa de candidatos à Câmara de Vereadores e
terá, em breve, a adesão de pelo menos dois militares (segundo informa) que
disputarão a Câmara pelo PSOL. “Não é fácil fazer política de forma
transparente e verdadeira”, comenta. “Todos os candidatos disputam em pé de
igualdade e nossa meta é eleger, pela primeira vez na História da Capital,
representantes da nossa Federação – Rede e PSOL – para a Câmara de Vereadores.
“Com muita fé em Deus, alegria e esperança, vamos assumir o protagonismo em Porto
Velho, elegendo representantes compromissados com o bem-estar social e
engajados na luta contra os desmandos”, sintetiza.
ACABOU
A MOLEZA NA DISPUTA DE JI-PARANÁ: AFONSO CÂNDIDO (DO PL) CHEGA QUERENDO SER O
PESADELO DE ISAU
O PL e o deputado estadual Affonso Cândido querem causar pesadelos na candidatura de Isau
Fonseca à reeleição, em Ji-Paraná. O atual Prefeito estava correndo
praticamente sozinho na disputa, sem um nome de peso para enfrentá-lo, já que
todo os possíveis candidatos muito fortes (como Laerte Gomes e Jesualdo Pires,
apenas para dar dois exemplos) estão fora do páreo, por outros planos. Agora,
contudo, os sonhos de Isau já não são apenas de facilidades e comemorações.
Surge no caminho dele Affonso Cândido, uma liderança forte na segunda maior
cidade do Estado e que vem com o apoio pessoal do ex-presidente Jair Bolsonaro,
a grande liderança do partido. Affonso teve ao seu lado, ainda, no lançamento
de seu nome à disputa, o presidente regional do partido, o senador Marcos
Rogério e o vice-presidente, o empresário do agronegócio Bruno Scheid. Foi
Scheid, aliás, quem apresentou a participação direta de Bolsonaro no lançamento
do nome do candidato do partido, o deputado Affonso Cândido, numa participação
ao vivo, saudando o nome escolhido em Ji-Paraná. Deputados estaduais, prefeitos
e várias lideranças prestigiaram o evento. A disputa na cidade estava
caminhando para um W.O. do atual Prefeito. Com a chegada de Affonso, com longa
história de serviços prestados à sua cidade, o quadro muda completamente.
AÉREAS
CULPAM ADVOGADOS, MAS SÓ UMA DELAS É CONDENADA, NUM SÓ DIA, A PAGAR MAIS DE 50
MIL REAIS EM INDENIZAÇÕES
Enquanto a Azul acusa advogados, empresários do turismo, como
agentes de viagens e outros grupos, de formarem uma espécie de organização
criminosa para arrancar dinheiro das companhias aéreas (generalizando e não
dando nomes a quem acusa) o mau serviço que a empresa presta aos rondonienses,
não é deixado de lado pelas Justiça rondoniense. Vídeo divulgado pela Azul no
Wattsapp diz, entre outras coisas, que a Justiça está sendo sobrecarregada com
ações que poderiam ser resolvidas administrativamente ou seja, entre as
companhias e seus clientes. Mas não comenta, é claro, a série de problemas que
ela e outras companhias causam a dezenas dos seus clientes, graças a uma série
infindável de maus serviços prestados. Prova concreta disso é que, no
Judiciário do Estado, em um só dia, a Azul foi condenada a pagar mais de 50 mil
reais em indenizações a vários passageiros, de diferentes cidades. Segundo o
site Rondoniadinamica, só num deles as indenizações chegaram à faixa de 12 mil
reais, num processo julgado em Ji-Paraná. Atrasos de voos, cancelamentos de última hora, extravio de
bagagens e outras graves deficiências, segundo a empresa, não deveriam chegar
aos tribunais. Nenhuma palavra de solidariedade aos usuários, alguns deles
sofrendo graves prejuízos, por causa da ineficiência e falta de respeito das
aéreas. Portanto, Justiça nelas!
SÉRGIO
GONÇALVES COMEMORA INGRESSO DA BOLÍVIA NO MERCOSUL E PREVÊ GRANDES AVANÇOS NAS
RELAÇÕES COMERCIAIS“
O trânsito comercial entre Rondônia e a Bolívia já existe, é
importante, mas certamente aumentará muito mais ,com o ingresso dos nossos vizinhos
no Mercosul. O comércio exterior entre nós e eles poderia ter acontecido com
muito mais relevância, caso a Bolíva já estivesse no bloco econômico do sul.
Obviamente que essa entrada deles vai abrir um novo leque de negócios
beneficiando os dois lados”. As afirmações são do vice-governador e secretário
do desenvolvimento econômico do Estado, Sérgio Gonçalves. Ele explica que “a
Bolívia compra insumos e implementos de Rondônia e nós temos um potencial de
comércio que ainda é latente, ou seja, ele não aconteceu. Nós temos muitos
produtos alimentícios que podem ser vendidos para os bolivianos e eles têm
também muitos insumos com grande vantagem de custo, o que pode ser muito
interessante para Rondônia. Podemos dar
como exemplo a ureia, o sal e outros produtos que eles podem oferecer”. Para
Gonçalves, com a decisão política do ingresso da dos nossos vizinhos no bloco,
“deve afetar positivamente os futuros acordos comerciais que certamente virão a
partir de agora”. Para Gonçalves, a decisão do ingresso da Bolívia no Mercosul
trará resultados altamente positivos; derrubará barreiras comerciais que
existem; diminuirá o protecionismo entre os dois países e “todos os muros que
existem, nas relações comerciais serão derrubados gradativamente. E isso, para
Rondônia, será excelente!”, comemora.
PERGUNTINHA
Na sua
opinião, a Reforma Tributária aprovada pela Câmara Federal e com tendência de o
ser também no Senado, vai melhorar a vida dos brasileiros e diminuir a carga de
tributos que todos pagamos, como diz o Governo ou teremos a maior carga
tributária do mundo, como analisam representantes da oposição
Os números, claro, são aproximados e só envolvem valores pagos pelos cofres públicos ao funcionalismo estadual e municipal. Caso se coloq
Feriados, um atrás do outro: alguns poucos festejam e usufruem, mas a maioria apenas paga a conta
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Rocha faz discurso na COP 29 e pergunta: “quem vai pagar para que a floresta fique em pé”?
Depois da China, o Azerbeijão. O périplo internacional do governador Marcos Rocha, que começou na Feira Internacional de Importação e Expor