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Sergio Pires

Hildon encerra seu mandato cheio de avanços, mas tem grandes obstáculos e desafios para chegar ao governo


Hildon encerra seu mandato cheio de avanços, mas tem grandes obstáculos e desafios para chegar ao governo   - Gente de Opinião

          O governo Hildon Chaves entra em sua reta final. Ele tem o que comemorar, em termos de avanços que conquistou para a cidade que comanda desde 2017. Mas, claro, não ter conseguido eleger sua sucessora, a ex-deputada federal Mariana Carvalho, tirou um pouco do brilho que teriam as comemorações de final de ano e de encerramento de dois mandatos vitoriosos. Hildon enumera avanços: regularização de 20 mil imóveis em Porto Velho; mais de 60 milhões de reais investidos em programas de saúde tanto na área urbana quanto nos distritos; a maior frota de ônibus escolares do país, transportando 6.300 estudantes todos os dias; a entrega da nova Vila Olímpica Chiquilito Erse; mais de 50 mil pontos de iluminação à LED, transformando a noite de Porto Velho; a reabertura do Complexo da Praça Madeira/Mamoré; mais de 800 quilômetros de asfalto e, para encerrar com chave de ouro, ele destaca a grandiosa obra da nova Rodoviária, prevista para ser inaugurada no próximo dia 20.

          É com estas credenciais que Hildon, considerado o melhor Prefeito da história da Capital dos rondonienses, acima inclusive do inesquecível Chiquilito Erse, vai se apresentar Estado afora, em busca de um sonho maior: o de ser Governador. Ele tem trabalhado duramente nesta direção, mas claro que a vitória do seu opositor, Léo Moraes, pode atrapalhar um pouco os planos. Se tivesse o apoio do poderoso grupo liderado por Mariana e Maurício Carvalho e o aval que teria de mais de uma dezena de partidos,  Hildon sairia com boa vantagem. Não a tem mais, porque agora terá como argumento principal, apenas a muito boa administração que realizou na Capital.

          Há ainda outra questão: o governador Marcos Rocha, que disputará uma vaga ao Senado, já definiu que seu candidato ao Governo chama-se Sérgio Gonçalves e não Hildon Chaves. Ou seja, mais um percalço no caminho do competente Prefeito que está a apenas 24 dias de encerrar seu segundo mandato. Contudo, Hildon é o cara dos desafios. Elegeu-se Prefeito quando era quase um desconhecido. Agora, toda a Rondônia sabe quem ele é. E esta é,por si só, uma conquista poderosa!

 

TRANSIÇÃO NÃO FOI TÃO PACÍFICA. AGORA, ELEITOS AGUARDAM PELA DIPLOMAÇÃO E SECRETARIADO AINDA É SEGREDO

          Terminou a transição! Nesta quinta-feira, dia 5, encerrou o prazo do trabalho das equipes da transição designadas pelo atual prefeito Hildon Chaves e pelo eleito, Léo Moraes. No geral, não houve grandes problemas, mas não se pode dizer que tudo foi pacífico. Sabe-se que um dos secretários de Hildon, queixou-se de que seus assessores não estavam tendo tratamento correto (a frase usada foi bem mais agressiva!) e que houve reações, inclusive com medidas que podem afetar o início do novo governo. Um dos casos ocorreu na Emdur. Não se sabe se foi exceção à regra ou não. A verdade é que o período de recolhimento de informações pelo time de Léo Moraes está encerrado e agora ele e sua equipe de governo, têm em mãos as informações básicas para começar o trabalho, em 1º de janeiro. Uma fonte chegou a comentar, entre parceiros, que em determinados setores da Prefeitura, os cofres estariam secos, quando o novo governo assumir. Pode ser verdade? Pode. Mas pode ser também aquelas fofocas e Fake News que um ou outro adoram espalhar.

          A verdade é que, a partir desta sexta-feira, Léo Moraes começa a tratar do seu secretariado. Ele já o tem na cabeça, já fez os convites e agora vai anunciar sua equipe, não se sabe se aos poucos ou numa vez só. Faltando 24 dias para a posse, os eleitos (Léo, sua vice e os vereadores) ainda aguardam a definição do TRE sobre quando será a diplomação. O Tribunal garante que isso ocorrerá até o dia 19, mas não oficializou o dia. Enquanto isso, Léo faz experimentos da faixa que usará na data da posse.

 

          MARCOS ROGÉRIO OU BAGATTOLI: QUEM O  PL VAI LANÇAR PARA A DISPUTA PELA CADEIRA DE MARCOS ROCHA?

          Todos os dias surgem, nos bastidores, conversas daqui e dali envolvendo a futura disputa pelo Governo do Estado. Além de Ivo Cassol (se tiver o OK da Justiça); do atual vice-governador Sérgio Gonçalves e do prefeito Hildon Chaves, surgem, do PL, dois nomes quentes para a corrida pelo Palácio Rio Madeira/CPA. Tanto Marcos Rogério quanto Jaime Bagattoli, ambos senadores bolsonaristas, sonham em sentar na cadeira hoje ocupada por Marcos Rocha. Por enquanto, fala-se muito mais em Marcos Rogério, que já concorreu na última eleição. Mas que ninguém esqueça: Bagattoli ainda tem mais seis anos de mandato. Caso dispute o Governo e não tenha êxito, retorna tranquilo para sua cadeira no Senado. Já Marcos Rogério terá que optar: ou concorre à reeleição para mais oito anos ou disputa o Governo. O problema dele é que, caso não seja o vencedor, fica totalmente fora do poder, ao menos por alguns anos.

          No PL, é esta a questão básica que está sendo analisada. Claro que, da porta para fora, o tema ainda é proibido, mas nas conversas internas, é mote sim de debates. Por enquanto, não há indícios de quais caminh os serão seguidos, mas a partir de meados do ano que vem, este será um dos assuntos principais dentro do grupo bolsonarista rondoniense. Se a decisão tivesse que ser tomada hoje, provavelmente o nome de Marcos Rogério estaria com mais chances na corrida ao Governo. Mas falta ainda pelo menos um ano e meio para o começo da campanha e, até lá, Bagattoli pode ter a preferência. Agora, é esperar as coisas evoluírem para se saber para que lado o PL rondoniense andará.

 

GRUPO DA ONU AGORA DENUNCIA CRIMES CONTRA A HUMANIDADE, PRATICADOS PELA DITADURA DE MADURO

          O Brasil todo ainda vai se envergonhar muito e ter muitos arrependimentos por termos recebido, em nosso território, um ditador sanguinário, agora também acusado por crimes contra a Humanidade. Nícolas Maduro, recebido com abraços pelo presidente Lula, em sua posse, forjou a eleição em que se autodeclarou vitorioso, mesmo com todas as provas de que perdeu feio para seus opositores e, quatro meses depois de assumir mais um mandato, implanta um regime de terror na Venezuela. Prisões arbitrárias, tortura e violência sexual contra adversários, estão entre as suspeitas de crimes cometidos pela ditadura, que tem apoio absiluto das Forças Armadas (inclusive de 100 mkil russos e cubamnos que estão no país) e de todas as intâncias do Judiciário. Quem está denunciando é ninguém menos do que a Missão Internacional Independente da ONU, que apura os fatos que estão sendo denunciados contra o ditador e seus asseclas.

          A avaliação sobre a conduta do ditador e seus aliados antes e depois da fraudada eleição do final de julho passado, aponta a suspeita de uma série sem fim de crimes contra a humanidade. Maduro pode ser preso se sair do seu país por comandar, segundo o governo dos Estados Unidos, uma organização do tráfico internacional de drogas. Ditadores e criminosos, aliás, vivem ajudando uns aos outros. Pobre dos nossos venezuelanos que ainda não conseguiram sair do seu país, como outros sete milhões já o fizeram.

 

FERNANDO MÁXIMO PARECE UMA MÁQUINA DA POLÍTICA. NUNCA PARA E ESTÁ DE OLHO EM 2026

          Ele não para. Grava vídeos durante as sessões da Câmara Federal, defendendo os mais diferentes temas. Percorre várias cidades rondonienses, sempre levando emendas, como o fez nesta semana, quando destinou 1 milhão e 800 mil reais para a construção de uma Unidade Básica de Saúde em Ariquemes. Ele está nos cultos evangélicos, tocando violão e cantando músicas religiosas, da mesma forma como participa ativamente de ações sociais nos bairros, atendendo centenas de pessoas ou, ainda, percorre dezenas de escolas fazendo palestras contra as drogas, para jovens estudantes. Comprenda-se, por tudo isso, que não foi por acaso que o médico Fernando Máximo conquistou mais de 85 mil votos, se tornando o deputado federal mais votado da última disputa pelas oito cadeiras dos rondonienses. Sua última performance na política, aliando-se ao então candidato Léo Moraes, contra o partido do grupo palaciano, deixou claro que Máximo é uma figura que se destaca na nossa política e que, ainda jovem, tem muito futuro nela.

          Qual seria o futuro, então, deste parlamentar que parece ter o poder da bilocação, que é aquele em que se pode estar em mais de um lugar ao mesmo tempo? Há quem considere que ele pode ser uma nome importante na corrida pelo Governo do Estado, já que, não tivesse sido tirado da disputa por seu partido, teria grandes chances de eleger-se Prefeito de Porto Velho. Outra corrente aponta que a busca de Fernando Máximo em 2026, será pelo Senado. Trabalhador voraz, dormindo poucas horas, andando ao lado do eleitor, que se fique de olho no homem da touca. Ele vem com tudo!

 

MAURÍCIO É NOVAMENTE DESTAQUE NA BANCADA FEDERAL RONDONIENSE, QUE ELE COORDENA 

          Quem anda todo sorrisos nos últimos dias é o deputado federal Maurício Carvalho, coordenador da bancada de Rondônia no Congresso. Pelo segundo ano consecutivo, na votação do ranking dos políticos, ele foi escolhido como o parlamentar mais atuante, entre os onze que representam nosso Estado. Maurício começou sua carreira como vereador em Porto Velho e já no primeiro mandato, foi eleito Presidente da Câmara. Na reeleição de HIldon Chaves, foi eleito como vice-prefeito. Havia um acordo em que Hildon abriria mão dos dois últimos anos para disputar uma eleição maior, quando Maurício assumiria, mas Hildon preferiu manter-se no comando da Prefeitura e o acordo ficou prejudicado. Na recente eleição municipal, Maurício foi o coordenador de toda a campanha da sua irmã, a ex-deputada Mariana Carvalho, conseguindo costurar acordos políticos com pelo menos onze partidos. A derrota nas urnas foi apenas um percalço na carreira vitoriosa deste jovem, que certamente ainda terá um grande futuro na política rondoniense. Ser, um dia, Governador do Estado, não está fora dos seus planos.

          Na Câmara Federal, Maurício tem buscado trazer recursos importantes, principalmente para a Capital. Entre eles (e sobre o tema, ele tem divulgado vídeos nas redes sociais), mais de 20 milhões de reais para a construção do futuro Hospital Municipal de Pronto Socorro de Porto Velho, ao lado da Maternidade. Outros 20 milhões foram conseguidos por Mariana, quando ainda era parlamentar. Quem decidirá sobre a obra, contudo, é o prefeito eleito Léo Moraes.

 

JOÃO GONÇALVES FILHO E SÉRGIO BOTELHO: DOIS MEGA EMPRESÁRIOS DAQUI HOMENAGEADOS NA CÂMARA FEDERAL

          Os empresários rondonienses João Gonçalves Filho (Grupo Frigon/Irmãos Gonçalves) e Sérgio Botelho (Grupo Goiás/Minas/Italac) foram homenageados, esta semana, na Cãmara Federal. Ambos receberam a Medalha do Mérito Legislativo, por iniciativa do deputado Lúcio Mosquini. “Estes empresários têm desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento da nossa região, gerando grande número de empregos e contribuinte significativamente para o crescimento sustentável da nossa Rondônia. Foi uma grande honra homenageá-los”, escreveu Mosquini nas suas redes sociais. Sobre a  dupla de líderes empresariais, Mosquini afirmou que “João Gonçalves Filho, com sua visão empreendedora, transformou o Grupo Frigon em um dos maiores do setor, enquanto Sérgio Botelho, com sua liderança, fez da Italac uma marca reconhecida nacionalmente”. A homenagem aos dois mega empresários do Estado se soma a outras, como a recente, prestada aos irmãos Eugênio e Euflávio Ribeiro, donos da Cairu, a maior fábrica de bicicletas do país, de Pimenta Bueno.

          Com 13 lojas em Rondônia, a rede Irmãos Gonçalves é hoje a maior do seu setor, com cerca de cinco mil empregos diretos. Já o Frigon se coloca entre os maiores frigoríficos do país, com cerca de 1.500 bovinos abatidos/dia. No setor de laticínios, a Italac compra leite de pelo menos 15 mil produtores e é também grande destaque no setor. Na homenagem desta semana, o presidente da Casa, deputado Arthur Lira, fez questão de participar da solenidade.

 

JUDICIÁRIO JÁ SE MOBILIZA CONTRA PROPOSTA DO GOVERNO DE ACABAR COM PENDURICALHOS E SUPERSALÁRIOS

          Tem que cortar na carne, mas desde que seja dos outros! Aqui não, violão. Quando o bolso é nosso, aí a história é diferente. Por isso, não foi surpresa a reação de lideranças do setor Judiciário (a começar por ministros do STF) que não gostaram nada da proposta do governo Lula de acabar com os penduricalhos legais e determinar que seja cumprido o teto máximo de salários no país, inclusive para magistrados. É claro que tal mudança não vai andar, não só porque não vai passar no Congresso (onde supersalários e penduricalhos abundam) como, analisados em ações que serão interpostas no Judiciário, terão chance zero de alguma vitória jurídica. Ou seja, alguns vencimentos, agregados a direitos adquiridos, férias não recebidas e outras inúmeras vantagens, continuarão dando a juízes, Brasil afora, valores que superam 1 milhão e meio de reais num só mês. Aqui mesmo em Rondônia há  exemplos dos últimos anos. Nada ilegal. Tudo absolutamente dentro da lei, que, esta, não pode ser tocada.

          A mobilização contrária à medida já começou, inclusive porta afora dos bastidores. Representantes dos conselhos de presidentes de tribunais de Justiça, da Justiça Militar, do Trabalho e da Justiça Federal, se reuniram para emitir nota criticando a medida, afirmando que ela “carece de estudos técnicos" e pedindo o diálogo do governo com os setores afetados, “o que é imprescindível”. Atenção você aí que ganha uma micharia: corte na sua carne, porque lá no alto, na cúpula, entre os que realmente decidem, não haverá corte algum.

 

PERGUNTINHA

Você é contra ou a favor da reabertura dos cassinos; da liberação do Jogo do Bicho; dos Bingos e outros jogos de azar no país, conforme projeto que tramita na Câmara Federal e cuja votação foi transferida para 2025, por falta de consenso entre os parlamentares?

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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