Terça-feira, 29 de junho de 2021 - 06h00
O CASO DO QUASE HERÓI LÁZARO E ESTE POBRE
BRASIL, DOENTE E ENGOLIDO PELA CRIMINOSA INVERSÃO DE VALORES
Não foi uma surpresa. Foi uma espécie de
suicídio. Um criminoso, quase uma fera humana, autor de vários crimes, o terror
para a sociedade, livre nas ruas pelo beneplácito das leis brasileiras e de uma
pequena parte do Judiciário, que acha que bandido bom é bandido solto, preferiu
morrer, ao atirar nos policiais que o perseguiam, do que se entregar. Descarregou
sua arma nos representantes da lei, antes de ser morto. Foi uma opção. A pior
para ele, a melhor para a população, apavorada com seus crimes hediondos e com
o fato de um psicopata como este andar pelas ruas, livre, leve e solto. Se
tivesse se entregado, certamente viveria muitos e muitos anos ainda. Quem sabe
se tornaria um novo herói e, soltíssimo, não pudesse ser candidato a algum
cargo por um desses partidinhos de aluguel. Poderia até se eleger, viveria
rico, sem problemas e ainda, quem sabe, um dia ainda não faria parte de uma
CPI? Lázaro agora vai começar a ser homenageado. De certa forma já o foi,
quando a Defensoria Pública de Goiás saiu em sua defesa, alertando que a
polícia estaria pronta para matá-lo. Nenhum membro da Procuradoria (ou de
qualquer outra), se interessou em saber como vivem as famílias das vítimas,
algumas mortas friamente, apenas pelo prazer de matar, que o bandido Lázaro, o
futuro novo herói brasileiro, que, em breve, ouviremos em discurso, que foi
morto apenas por ser pobre e ainda mais por ser negro (deu para entender, não
é?). No final, ainda fará parte de editoriais da mídia aparelhada, que vai
culpar a polícia por seus “métodos violentos, com tendências racistas”, como,
aliás, já está ocorrendo.
Enquanto isso, um conjunto de leis de defesa da
bandidagem continua sendo produzida no Congresso Nacional, mesmo contra os
interesses da imensa maioria da população, que diz não suportar mais isso, mas,
infelizmente, continua votando em amigos dos criminosos. Há suspeita até de
alguns que, aliás, são eleitos com o dinheiro podre do crime e, claro, quando
assumem seus cargos, vão lutar em defesa de quem os elegeu. Há os que
criminalizam a polícia, a verdadeira defensora da sociedade, pinçando eventos
raros de maus policiais, para jogar as autoridades contra a população. São os
que pegam eventos excepcionais de injustiças, para vender a ideia de que os
bandidos é que sofrem nas mãos dos agentes da lei. São os que vão discursar
contra a morte do bandido Lázaro, mas que jamais abriram a boca para, ao menos
tentar amenizar a dor das famílias e amigos de todos os que ele destruiu. Ainda
bem que o assassino decidiu morrer. Porque não fosse assim, certamente o
veríamos sendo galgado ao heroísmo que a bandidagem tem tido, como prêmio,
neste Brasil doente e engolido pela criminosa inversão de valores.
DER
RETOMA OBRAS E ASFALTO DO ANEL VIÁRIO DENTRO DE UM MÊS
Uma boa notícia para a Capital. O diretor geral
do DER, Elias Rezende, confirmou na tarde desta segunda, que em aproximadamente
um mês, recomeçarão as obras do Anel Viário de Porto Velho, desde a BR 364 até
a RO 005 (a estrada da Penal, que tem o nome do ex-deputado e ex-secretário de
segurança, Paulo Moraes, numa proposta do deputado Laerte Gomes, aprovada na
Assembleia Legislativa). Os 17 quilômetros do Anel será uma obra federalizada,
mas não a curto e médio prazos. Se acontecer, será só no contexto de futuro,
quando o Ministério da Infraestrutura, via Dnit, conseguir a privatização da BR
364. Por isso o DER recebeu a missão do governador Marcos Rocha de tocar a
obra. Segundo Rezende, é uma obra muito complexa, com necessidade de trabalhos
especiais e a intenção do governo é concluir todo o trabalho, o que inclui o
asfaltamento de todo o trecho, no menor prazo possível. Nos próximos dias,
depois de cumpridos os trâmites burocráticos para locação de equipamentos, o
trabalho vai recomeçar com toda a força. O Anel Viário ligará a BR 364 com o
sistema portuário de Porto Velho, tirando centenas de caminhões, todos os dias,
da BR 319 (avenida Jorge Teixeira) e outras vias da cidade.
CAPITAL
GANHA FÁBRICA DE FERTILIZANTES: 102 MILHÕES EM INVESTIMENTOS
Na área econômica,
Rondônia tem muitas boas notícias a comemorar, mesmo em tempos de pandemia.
Certamente a maior delas, neste momento, é o anúncio de que o Grupo Amnaggi, a
maior empresa do agronegócio da América Latina, confirmou a construção de uma
nova fábrica misturadora de fertilizantes em Porto Velho. Os investimentos vão
superar os 102 milhões de reais. Será um grande salto para toda a região, com
recebimento, armazenagem, mistura e distribuição de fertilizantes. O projeto
prevê a construção da fábrica construída no terminal de Portochuelo, às margens
do rio Madeira e deverá ser a segunda unidade da poderosa organização, com
capacidade para processar até 200 mil toneladas de fertilizantes ao ano. No
mesmo local também será construído um armazém de retaguarda com capacidade
estática para 40 mil toneladas. As construções, com toda a suas estruturas,
devem ser finalizadas em até um ano. O governador Marcos Rocha e o secretário
de Agricultura, Evandro Padovani, estão comemorando a grandeza do projeto e do
investimento. Ambos têm certeza que é apenas mais um passo importante para o
crescimento da economia do Estado. Vêm mais boas novas por aí...
SISTEMA
DE VACINAÇÃO COMEÇA A MELHORAR. ESTADO JÁ APLICOU 655 MIL DOSES
Já são perto de 855 mil doses de vacinas
recebidas, 655.500 aplicadas. Ainda há lentidão em algumas prefeituras, mas em
outras o número de imunizados deu um salto. Porto Velho é um exemplo disso. Há
algumas semanas, o percentual e vacinas aplicadas não passava de 70 por cento.
Embora não haja confirmação oficial, ouviu-se nos bastidores que o prefeito
Hildon Chaves teria dado uma dura na equipe e exigido resultados melhores,
urgente. Ele teria dito que não queria nem ouvir falar de vacinas guardadas e
não aplicadas. Verdade ou não essa ordem que veio de cima, o que se sabe é que
na Capital rondoniense, de cada 10 vacinas já recebidas, mais de 8,6 já tinham
sido aplicadas. Isso sem contar as milhares de doses aplicadas no final de
semana, através de drive thru e dos números muito bons, atingidos na vacinação
de pessoas com 40 anos ou mais, que já começou nesta segunda-feira e prossegue
na terça. O final de semana registrou apenas oito óbitos (sete sábado e um
domingo, em Machadinho do Oeste. Mas sabe-se que nos finais de semana os dados
são absolutamente inexatos. Já no Boletim 665, divulgado na noite desta
segunda, o total de casos de mortes pela Covid bateu em 16,somando-se as 24
horas e os óbitos que não haviam entrado no sistema, referentes ao sábado e ao
domingo. A doença diminuiu um pouco, mas nada mais do que isso, Todos os
cuidados devem continuar sendo tomados.
POUCAS
CERTEZAS, DÚVIDAS IMENSAS: A SUCESSÃO ESTADUAL É O TEMA
Quanto mais se aproxima a eleição de 22, mais informações,
sugestões, possibilidades e pitacos se somam, sobre quem poderá entrar na
disputa pelo Governo do Estado e a única vaga ao Senado. Há algumas
possibilidades concretas também, como a presença de Marcos Rocha e Marcos
Rogério na corrida pelo Palácio Rio Madeira/CPA. Mas há muito mais dúvidas.
Hildon Chaves quer sim. Mas iria contra Marcos Rogério, seu aliado? Muito
difícil. Quem mais? Confúcio Moura diz que não quer, mas quer. Estará na
disputa, pelo MDB, que, ao menos até agora, não vê outro nome com mais
potencial, para entrar na corrida. O PDT também tem uma única ficha: Acir
Gurgacz. Léo Moraes quer, mas precisa ainda saber se tem mesmo apoio do povão
em todo o Estado e não só na Capital e, ainda, quem poderia aliar-se às suas
pretensões, entre os partidos políticos. Se Lula realmente tiver chances de
voltar ao poder, crescem as chances de Fátima Cleide, sua aliada de primeira
hora e que chegou ao Senado graças ao lulismo. Daniel Pereira também tem dito
que não quer, mas está cada vez mais presente na mídia, tentando se postar como
oposição a Rocha e ao seu governo. Mas todos eles ficam numa expectativa que
pode ainda ocorrer: o ingresso de Ivo Cassol, que vem fortíssimo do interior,
se liberado pela Justiça Eleitoral, para poder entrar na briga.
COMEÇAM A
SURGIR MAIS NOMES PARA A ÚNICA VAGA AO SENADO
Basicamente, até agora, se ouve falar mais em
apenas dos dois nomes para a disputa ao Senado. Ambos fortes. Expedito Júnior é
nome de ponta em qualquer disputa em Rondônia. Só que até agora não decidiu se
será esse mesmo seu rumo para 2022. Já Jaime Bagattoli vem de Vilhena com uma
pré candidatura já nas ruas, para tentar chegar lá, depois de ter chegado muito
perto, na eleição passada. Um terceiro nome poderia ser o de Hildon Chaves, caso ele optasse por não concorrer ao
Governo. De Ji-Paraná, o ex-prefeito e ex-deputado Jesualdo Pires pode vir
também, depois de sua performance no último pleito, quando, praticamente
sozinho e com poucos recursos, fez uma votação muito expressiva. Mariana
Carvalho deixaria de buscar um terceiro mandato na Câmara Federal, onde tem se
destacado muito, para tentar a única cadeira ao Senado? Essa é uma equação
difícil para a jovem parlamentar, que tem tido performance elogiável no
Congresso. Quem mais? Certamente ainda vão aparecer muitos nomes, alguns novos,
mas a maioria já figuras carimbadas na nossa política. Por enquanto, a cadeira
do Senado também traz consigo muito mais pontos de interrogação do que
certezas.
ASSOCIAÇÃO
DOS MAGISTRADOS QUER MUDAR INDICAÇÕES AO STF
A presidente da Associação dos Magistrados do
Brasil – AMB – quer mudanças na forma de indicação dos ministros do Supremo
Tribunal Federal. Em nome da poderosa entidade, que representa mais de 18 mil
juízes, Renata Gil encaminhou documento ao presidente Jair Bolsonaro, pedindo
que seja revista a forma como são escolhidos os nomes que, hoje, são os mais
poderosos do país. A sugestão básica é de que pelo menos um terço dos magistrados,
seriam três, numa conta arredondada para baixo, fosse indicados apenas entre
juízes de carreira, ou seja, aqueles que ingressaram no Judiciário através de
concurso. Outra sugestão é que os ministros tenham mandato de no máximo dez
anos e não permaneçam no STF durante décadas, até completarem 75 anos. Obviamente
que o assunto é polêmico, até porque as mudanças não dependem apenas do
Presidente da República. Mas está na hora da sociedade se mobilizar, para mudar
a história da Suprema Corte que, com a atual composição, vive no olho do
furacão, muito contestada por vários setores da sociedade.
PERGUNTINHA
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