Domingo, 15 de março de 2020 - 06h00
QUEREMOS MUDANÇAS RADICAIS OU É MELHOR DEIXAR AS COISAS COMO ESTÃO? O
POVO NAS RUAS VAI RESPONDER À PERGUNTA
O Brasil do ou nós ou eles se movimenta de novo, mesmo em tempos de
corona vírus e seus perigos em aglomerações. Não fosse o caso do vírus e
certamente milhões de brasileiros iriam às ruas, para protestar contra o
Congresso Nacional e o STF, embora alguns dos principais organizadores,
tentando salvaguardar o ocupante do Planalto, prefiram dizer que tudo será
feito apenas para apoiar o presidente Jair Bolsonaro. A implantação do sistema
de um Parlamentarismo branco no país, imposto de cima para baixo pelo Congresso,
contra o que pensa a imensa maioria dos brasileiros, é sim um assunto polêmico,
que precisa ser combatido pela voz das ruas. O fato do Congresso ter abocanhado
mais de 15 bilhões (queria 30 bi, mas negociou, com o perdão do trocadilho!) de
dinheiro que não é seu, tirando-o do Executivo, esse sim eleito para governar e
fazer os investimentos que achar corretos, é um motivo claro dos protestos.
Alguma decisões emblemáticas do STF, surpreendentes e claramente políticas,
também serão alvos dos protestos (seja neste domingo, seja em outra data)
direcionados com mais voracidade a alguns ministros, mas com críticas a todos
eles. O fato do Congresso viver em função do seu próprio umbigo,
ignorando a necessidade de transformações profundas que o país precisa; o fato
de se continuar sempre na velha política do toma-lá-dá-cá; a oposição a tudo o
que o governo pretende implantar como reformas, são pano de fundo das
manifestações, que se não forem realizadas nesse domingo, o serão quando o
corona vírus permitir. Se elas tiverem o tamanho que imaginam os bolsonaristas
(sim, porque o País está rachado entre quem apoia Bolsonaro e quem o odeia), o
Congresso sairá diminuído, pressionado e assustado, porque a voz das ruas é a
única coisa que realmente assusta a classe política. Se a ida do povo às ruas
(seja por causa do corona ou por não concordar com o movimento) for fraco, será
um tiro no pé do Presidente, que conta apenas com o apoio popular para ir em
frente.
O Brasil vive momentos de muita tensão, de enorme risco para a economia
(com queda vertiginosa das Bolsas de Valores); de falta de matéria prima e
todas as dificuldades que se sabe, por causa do corona vírus. Vive uma crise
política, clara, desde o dia em que Bolsonaro assumiu, porque os derrotados
jamais aceitaram a derrota e a alternância no poder. Vivemos tempos complexos e
poucas luzes no final do túnel, cada vez mais escuro. Só multidões nas ruas,
exigindo mudanças de postura de parte dos que vivem apenas para si mesmos e
pouco para o País, podem amenizar a crise. Se o país for tomado por bandeiras
verdes e amarelas e grandes multidões, seja neste domingo, seja num futuro
próximo, saberemos que o caminho está aberto para as transformações. Se as
manifestações fracassarem, será sinal de que não queremos mudar, mesmo
com tudo o que enfrentamos. Agora ou mais tarde, portanto, o povão nas ruas
definirá o momento decisivo para nosso país. Iremos em frente ou afundaremos?
PROTESTO EM PORTO VELHO ESTÁ MANTIDO
Enquanto nas grandes cidades a orientação é para evitar aglomerações, o
que pode prejudicar seriamente a mobilização do domingo, em Porto Velho o
protesto marcado há varias semanas está mantido. Segundo Joel Auzier, um dos
organizadores do movimento, as ações já começaram no sábado, com pit stop em
esquinas importantes da cidade, convocando o porto velhense para o evento.
Neste domingo, a partir das duas da tarde, haverá uma concentração na Praça das
Caixas D´Água. De lá, por volta das 15h30, os participantes vão se deslocar
para o Espaço Alternativo. Segundo Auzier, será um encontro democrático, onde
todos os que quiserem, poderão se manifestar. Os organizadores estavam, na
manhã deste sábado, buscando um patrocinador para distribuir máscaras aos
participantes.
GOVERNADOR RECOMENDA OUTRA DATA
O governador Marcos Rocha publicou, dias atrás, nas redes sociais, um
chamamento à população, para o protesto do domingo no Espaço. Contudo, depois
das orientações das autoridades nacionais para se evitar aglomerações, novo
texto inserido na internet e assinado por ele aconselha que o encontro
programado para esse domingo, seja transferido. “Como mero apoiador desse
movimento espontâneo da população, recomendo aqui o adiamento, tal como o
Presidente disse em sua live de ontem.” No texto, Rocha diz que a decisão de ir ou não
às ruas deve ser do próprio cidadão, mas lembrou que “pontuo a necessidade de
termos responsabilidade, evitando grandes aglomerações para que o sistema de
saúde consiga cuidar dos casos de forma constante e eficiente”. Depois de
lembrar que a Secretaria de Saúde do Estado foi uma das primeiras a se
preparar, no país, para o enfrentamento do Covid 19, Rocha destacou que “nossas
medidas devem ser responsáveis e inteligentes. Seguindo a orientação do governo
federal, recomendo que as pessoas evitem aglomerações”. O Governador também
anunciou medidas mais duras, para evitar aglomerações, caso necessário:
“Determinei que já nas próximas 24 horas seja decidido — seguindo as
necessidades regionais — a adoção de protocolos mais rígidos caso necessário,
incluindo escolas, boates, órgãos públicos e etc.” Ou seja, Marcos
Rocha não vai ao protesto deste domingo.
WALTENBERG NÃO É O ÚNICO NOME DO MDB
Mudança de planos? Nem tudo é o que parecia ser. As pedras no
tabuleiro de xadrez da sucessão do prefeito Hildon Chaves andam se mexendo. E
de forma surpreendente. O MDB, por exemplo, que durante várias semanas
anunciava estar aguardando a aposentadoria do desembargador Walter Waltenberg,
para convidá-lo oficialmente a ser o nome do partido na corrida municipal de
outubro, já não fala sobre o assunto no mesmo tom. Mais que isso, procurou pelo
menos dois personagens conhecidos da política local (Jaime Gazola e Vinicius
Miguel), oferecendo-lhes a candidatura. De dentro do diretório, o partido
acatou a decisão de um dos seus antigos membros, Neirival Pedraça, que também
quer colocar seu nome entre os possíveis candidatos. Há, no mesmo contexto,
outro pretendente: o ex secretário de saúde, Williames Pimentel, que já
concorreu na eleição passada. Tem mais um nome nesse time: o do ex secretário
de Planejamento do Estado, George Braga, o preferido do ex governador e atual
senador Confúcio Moura.
JEAN OLIVEIRA TERIA OUTROS PLANOS
Outro indício de que os emedebistas estariam mudando de rumos é a muito
provável eleição do deputado Jean de Oliveira, na próxima semana, como novo
presidente municipal do MDB de Porto Velho, com o aval de alguns dos principais
caciques do partido, incluindo-se aí o presidente regional, o deputado federal
Lúcio Mosquini. O que uma fonte muito bem informada ligada aos emedebistas
confirma, é que o nome de Waltenberg nunca esteve nos planos de Jean, dentro do
pacote da sucessão municipal. O ainda presidente interino, Dirceu Fernandes,
contudo, diz que Walternberg continua fazendo parte da relação de possíveis
candidatos. Mas já não há a mesma intensidade e convicção sobre o nome do
magistrado que estará se aposentando, nas conversas dentro do partido, como
quando o Desembargador teve há tempos atrás. A política é mesmo complexa demais
para se compreender tudo o que ela apresenta como surpresa.
A DESPEDIDA DE WALTENBERG
Por falar em Walter Waltenberg: a segunda-feira começa com
um evento importante, no Judiciário rondoniense. A partir das 8h30 da manhã,
sessão do TJ julga o pedido de aposentadoria de um dos mais respeitados
magistrados que já passaram pela história da nossa Justiça. O Desembargador se
despede de uma longa vida de serviços prestados à Justiça e à coletividade.
Receberá de seus pares, certamente, muitas homenagens. Sairá de cabeça erguida
e orgulhoso do dever cumprido. A partir daí, na condição de cidadão comum e sem
as amarras legais que impedem os magistrados de participarem da vida política,
ele estará apto e decidir seus novos caminhos. Tem repetido que sua meta
principal é dedicar-se ao agronegócio, onde é um empreendedor de sucesso. Mas
tem sido instado a disputar a Prefeitura de Porto Velho. Até agora, não disse
nem sim e nem não. Começará a definir seus próximos passos depois de muitas
consultas à família, aos amigos e ao travesseiro. Se decidir entrar para a
política, certamente a qualificará muito. Esperemos pela decisão...
CORONA TRANSFERE CPI DA ENERGISA
Seria um dia importante no contexto da CPI da Energisa. Mas a penúltima
reunião, em que haveria participação maciça da bancada federal e de
representantes da Agência Nacional de Energia Elétrica, a Aneel, que seria
realizada nessa segunda-feira, foi cancelada. A decisão partiu do presidente da
Assembleia, deputado Laerte Gomes, que anunciou a interrupção, por 30
dias, de quaisquer encontros com muita pessoas, incluindo audiências públicas
e a própria CPI, no recinto do Parlamento, por causa do risco do corona
vírus.Com isso, os convites e convocações que haviam sido expedidos foram
cancelados, com a reunião sendo transferida para nova data, que será anunciada
em breve pelo presidente da CPI, deputado Alex Redano e pelo relator Jair
Montes. Aliás, Montes esteve em Brasília até este sábado ao meio dia e ficou
extremamente preocupado sobre como os riscos do corona vírus estão afetando a
vida dos brasileiros. No aeroporto de Brasília, esperando o voo para retornar
ao Estado, ele só andava pelo local usando máscara, daquelas que protegem a
boca e o nariz. Aliás, no aeroporto, centenas de pessoas também utilizavam esse
tipo de proteção. Perigo no ar!
LÉO MORAES PROPÕE MEDIDAS RADICAIS
Medidas radicais? O deputado rondoniense Léo Moraes, líder do Podemos na
Câmara Federal, quer proibir todos os voos da Europa e da Ásia para o Brasil,
no pacote de medidas para impedir que o corona vírus se espalhe pelo país. Em
pedido encaminhada ao Ministério Público Federal, pedindo ação pública, Moraes
quer também que navios procedentes dessas regiões também sejam proibidos de
atracar em nossos portos. Ele alega que os Estados Unidos e Israel, por
exemplo, já adotaram a medida, que serviria, no nosso caso, para proteger a
saúde dos brasileiros, conforme alegou. Léo quer as três armas (Exército,
Marinha e Aeronáutica), vigiando nossas fronteiras. À princípio soa como uma
medida extremamente exagerada, que poderia causar um caos econômico, tanto
pelos negócios perdidos, quanto pela derrocada do turismo. Mas não o é, se
comparadas à medidas como as tomadas pelo governo da Itália, por exemplo, que
praticamente isolou seu território do mundo e impede que os cidadãos saiam de
casa, a não ser para comprar alimentos e remédios. A paranoia do corona vírus
espalha-se pelo mundo, na medida em que a doença avança por todos os
continentes.
CAFÉ: MINISTRA GARANTE SOLUÇÃO
Sobreviveu o bom senso. Depois da medida surpreendente e sem pé nem
cabeça do Ministério da Agricultura, de ter autorizado aumento nos preços
mínimos do café em todo o Brasil, menos o Conilon de Rondônia, a ministra
Tereza Cristina prometeu corrigir a situação. Ao receber a bancada federal do
Estado em peso (todos os oito deputados federais e o senador Acir Gurgacz),
Tereza Cristina garantiu que os cálculos sobre o preço do produto rondoniense
será revisto. Somos hoje o segundo produtor nacional do café conilon e o quinto
do país, em termos de tonelagem produzidas. Estiveram com a ministra, à frente
o líder da bancada, Lúcio Mosquini e os deputados Mariana Carvalho, Jaqueline
Cassol, Silvia Cristina, Léo Moraes, Mauro Nazif, Expedito Netto e
Coronel Chrisóstomo, além de Gurgacz. A pressão sobre o problema dos preços,
está sendo feita também pelo Governo do Estado. O secretário da Agricultura,
Evandro Padovani, participa nessa próxima quarta, dia 17, de uma reunião com os
secretários da área de todo o país e levará o protesto rondoniense sobre a
discriminação com o nosso café. Espera-se que a promessa da ministra será cumprida
logo.
GURGACZ NO COMANDO: O PDT SE MEXE
Por falar em Acir Gurgacz, o partido que ele comanda, no Estado, se
mobiliza também para outubro. Já foram realizadas reuniões em Porto Velho e
agora será a vez de Ji-Paraná. Na segunda maior cidade do Estado, o prefeito
Marcito Pinto vai concorrer à reeleição e tem o apoio de toda a estrutura
dos Gurgacz, que são, há anos, a grande força empresarial e política daquela
próspera comunidade. Alianças estão sendo estudadas, incluindo aí o DEM, que
pode indicar o vice. O PDT vai concentrar muito do seu esforço e das suas
atividades políticas para conseguir manter o controle da segunda maior
Prefeitura de Rondônia. Em Porto Velho, o PDT promete candidatura própria, com
o advogado Ruy Motta. Em outras cidades, o comando do diretório regional
autorizou que sejam feitas alianças de acordo com os interesses locais. Em
Ariquemes, por exemplo, a sigla vai apoiar o nome do empresário e ex deputado
Tiziu Jidalias, do Solidariedade. Acir Gurgacz comandará as ações do partido e
espera seu crescimento, a partir de outubro. A deputada federal Silvia
Cristina, do alto dos quase 17 mil votos que fez na cidade e hoje uma das mais
importantes nomes do partido, vai também participar ativamente da campanha
municipal.
GUAJARÁ, ENFIM NO MAPA DO CRESCIMENTO!
Guajará Mirim volta, enfim, a aparecer no mapa de Rondônia como uma
cidade onde pode haver sim progresso e desenvolvimento, mesmo que pelo menos 92
por cento da sua área seja considerada de preservação, o que é um verdadeiro
absurdo, impedindo seu povo produzir, crescer e ter uma renda decente. Mesmo
assim, há boas novas. Nesse final de semana, Guajará teve pelo menos dois
eventos importantes. Um deles, a rodada de negócios, em parceria com o Governo
do Estado, que pela primeira vez ocorre fora do eixo da BR 364. Foi um evento
importante, abrindo portas para que a cidade se integre nos projetos de
expansão, realizado na Acrivale, o parque de exposições da cidade. O segundo,
mas muito importante evento, é a Feira de Artesanato, que começou na sexta e se
encerra neste domingo à noite. Nada menos do que 50 expositores participaram do
grande evento. O prefeito Cícero Norinha está comemorando esse novo momento da
sua cidade: “Guajará está dentro deste novo contexto de desenvolvimento do
nosso Estado, conciliando indústria turismo e cultura”. Que seja mesmo um
recomeço para nossa Guajará, uma cidade que merece atenção especial de todas as
instâncias dos governos.
PERGUNTINHA
O que você acha do sistema de Parlamentarismo disfarçado, implantado no
Brasil, sem o aval da população do país, que em todos os plebiscitos já feitos
não aceita esse tipo de governo?
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