Domingo, 11 de abril de 2021 - 09h08
SÓ OS INGÊNUOS ACREDITAM QUE VÃO DEIXAR A BR 319 SER REASFALTADA DE
PORTO VELHO A MANAUS
Não há, ao menos por enquanto, novidades positivas sobre o
reasfaltamento de todo o trecho da BR 319. Neste momento, a situação está como
sempre esteve, nos últimos 25 anos pelo menos: a decisão de realizar a obra
existe e os recursos também, mas quem decide sobre a questão são dos órgãos
ambientais, muitos deles estrangeiros, com o aval de grande parte do Ministério
Público Federal e de parte também importante do Judiciário. O acordo de Manaus,
feito no ano passado, em que todos os órgãos (inclusive o MP e Judiciário),
concordaram em que a obra fosse feita, com todos os cuidados com o meio
ambiente, foi só mais um ato de enganação, já que, neste momento, não há
autorização alguma para que seja refeito e asfaltado o famigerado trecho do meio,
de cerca de 450 quilômetros, o pior de todos, nos quase 900 quilômetros da
rodovia, único meio de ligação, por terra, de Porto Velho e o resto do Brasil com
Manaus. Quando tudo parecia definido para salvaguardar os interesses maiores de
milhões de amazônidas, que seriam beneficiados com a rodovia em perfeitas
condições, surgem novas exigências do Ibama e ações do MPF, impedindo que
sequer se planeje a reconstrução do temido trecho do meio, já a partir de 2022.
Mesmo que o presidente da República e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas,
tenham prometido; mesmo que o Congresso – o senador rondoniense Acir Gurgacz é
um dos líderes do movimento - tenha dado
aval à obra, ela independe da vontade de nossos líderes e da classe política.
Todos sabemos quem manda na Amazônia. E a maioria dos que mandam, não fala
Português!
O que há de concreto, então? Apenas um pequeno trecho
da 319, chamado de Lote C, com 52 quilômetros, pode ser asfaltado agora. As
obras serão de repavimentação e de reconstrução, entre os quilômetros 198 e
250. Já estão asfaltados e em boas condições mais dois trechos. Um que liga
Porto Velho a Humaitá, de 198 quilômetros. Outro, próximo a Manaus, de pouco
mais de 195 quilômetros. Com mais os 52 que estão em andamento, a rodovia terá,
então, totalmente reasfaltados, perto de 450 quilômetros. Os demais 445
quilômetros, do caminho do meio, aqueles piores, só Deus sabe quanto poderão (e
se poderão!) um dia serem tocados. Não importa se o Dnit e o Ministério da
Infraestrutura dizem que vão transformar as obras da BR 319, numa referência
mundial em gestão ambiental. Os interesses estrangeiros, apoiados por ingênuos
que acreditam que eles querem apenas ajudar nosso país e por outros grupos
ideológicos, são muito maiores. E ainda com aval do MPF e de parte do
Judiciário, a tendência é que a ligação de Porto Velho com Manaus, por uma 319
toda asfaltada, demore muitas décadas, ainda, para ser realmente concluída. Não
há forças maiores do que os grandes interesses financeiros, políticos e
ideológicos em jogo!
NÚMERO DE ÓBITOS: SALTO NESTE ANO, SOBRE O ANO PASSADO
Um dia, há uma luz no fim do túnel. Um rasgo de esperança.
No outro, tristeza, lágrimas, o chão que afunda. É assim que está a situação da
pandemia em Rondônia. Nestes primeiros 100 dias de 2020, tivemos os piores
números de todo esse mais de um ano da pandemia. Nesta semana, um dia em que
houve 39 mortes, se imaginou que a crise poderia estar passando, porque os
óbitos teriam caído mais de 40 por cento em poucos dias. Só ilusão! No dia
seguinte, tivemos 51 mortes; no outro 49; no outro 41. Na sexta diminuiu um
pouco, com 31 óbitos. Até o Boletim 385, da sexta, tínhamos nada menos do que
4.495 mortes. Com os números de sábado, já estamos caminhando para bem mais de
4.500. Do total de casos registrados em Rondônia, o percentual de mortes já
bate nos 2,3 por cento. Muito mais do que os 1,8 ou 1,9 que atingimos no pior
momento da crise no ano passado. Só na primeira centena de dias deste 2021, os
registros apontam 2.673 vidas perdidas até esta sexta. Esse número representa
um aumento de 48 por cento de mortes neste início do ano, em relação a 2020. O
número de óbitos foi de 1.822 durante todo o primeiro ano da pandemia. A partir
da segunda semana de janeiro, quando começaram a chegar as primeiras vacinas,
já recebemos um total de 292.958 doses, das quais, ainda faltando os números do
sábado, 134.952 (1ª dose) e outras 55.518 (2ª dose), num total de 190.470
vacinas. Das 102.488 doses que sobraram, pelo menos a metade ainda está
reservada para a segunda dose. Mas e as outras mais de 51 mil? Essas ainda não
foram aplicadas pelas prefeituras. Espera-se que o sejam com urgência!
POR QUE A ANVISA PROIBIU A
VENDA DE IVERMECTINA NAS FARMÁCIAS?
Redes de farmácias de Porto Velho receberam, nesta final de semana,
documento com as Resoluções 1.387 e 1.388 da Anvisa, que determinaram o
bloqueio, para vendas, de vários medicamentos, incluindo a Ivermectina, que tem
sido muito usado no tratamento precoce da Covid 19 e, no geral, com resultados
muito positivos. Foi uma surpresa tão grande, a nova medida, que o
superintendente interino da Anvisa em Rondônia, Edilson Batista da Silva,
afirmou à imprensa que não sabia de nada sobre a proibição. Consultou ainda
escalões superiores do órgão, que também
negaram a medida. Mas ela existe sim. Além da Ivermectina, foram proibidos vários
outros medicamentos produzidos pelo laboratório Vitamec, como Algy Flandereil, Cecoflan,
Miocardil e outros. O laboratório disse em nota que foram bloqueados apenas
alguns lotes de medicamentos que ainda não haviam sido aprovados pela Anvisa,
mas que o problema estava sendo resolvido. Ué, mas a Ivermectina, usada há
anos, também não foi aprovada? Qual o mistério por trás desta proibição? Tem
boi na linha....
RECEBEMOS QUASE 293 MIL
DOSES. VACINAÇÃO PRECISA ACELERAR
Desde janeiro e até este final de semana, Rondônia já recebeu onze lotes
de vacinas, totalizando 292.958 doses, a grande maioria delas da Coronavac, mas
um número que vem aumentando, também da Oxford/Astrazeneca. Com exceção das
cerca de 80 mil que chegaram nos últimos dois lotes, todas as anteriores tiveram
que ser divididas em duas doses. Considerando uma população aproximada de 1
milhão e 750 mil habitantes (embora números oficiais do IBGE indiquem um pouco
menos), o total de vacinas que já chegaram ao Estado representa um percentual
de 16,7 por cento de todos os rondonienses. O que está ocorrendo de negativo,
ainda, é que a maioria das Prefeitura não está dando celeridade ao processo de
vacinação. Há algumas que apresentam resultados perto do ridículo, embora uma
minoria já tenha aplicado 100 por cento das doses que recebeu. O que há agora é
necessidade de se acelerar o processo. Quanto mais cedo aplicarmos todas as
doses, mais poderemos pressionar o Ministério da Saúde para nos enviar mais e
mais vacinas. Cobrado recentemente pelo número ainda pequeno de doses que
enviou a Rondônia, pela deputada federal Mariana Carvalho, porta voz do MS
refutou, dizendo que não conseguimos sequer aplicar as vacinas que já estão
aqui e queremos pedir mais?
NÃO É SÓ A PANDEMIA:
TRÂNSITO TAMBÉM CONTINUA MATANDO
Enquanto o único assunto é pandemia, a gente acaba esquecendo que há
outros graves problemas ocorrendo ao mesmo tempo, sem que a gente se dê conta.
Um deles é o trânsito. Praticamente todos os dias desta semana que passou,
tiveram registros de mortes nas rodovias e nas cidades rondonienses. Na
quarta-feira, por exemplo, dois irmãos morreram num acidente na BR 364, quando
viajavam de Ariquemes, onde moravam, para Vilhena. A camioneta em que viajavam
caiu numa ribanceira, próximo ao distrito de Guaporé. Uma terceira vítima está
hospitalizada em estado grave. No mesmo dia, também na BR 364, mas próximo à
balança desativada do Dnit em Ouro Preto do Oeste, outra vítima fatal. Pai e
filho estavam numa moto que bateu numa moto. O pai morreu. O filho está
internado em Porto Velho, no João Paulo II, com graves ferimentos. Já nesta
última quinta-feira, outro acidente fatal, dessa vez em Ji-Paraná. Um
motociclista, que andava em velocidade muito alta, atravessou uma avenida sem
qualquer cuidado e bateu noutra moto. Foi jogado a mais de 60 metros e morreu
na hora. Quatro vidas perdidas no trânsito maluco em apenas três dias.
Lamentável!
O ATIVISMO JUDICIAL DURANTE
A MAIOR CRISE DA SAÚDE NO PAÍS
Não é mais possível esconder o ativismo judicial no PSTF, o Partido do
Superior Tribunal Federal, o mais poderoso do país, mesmo tendo apenas onze
membros. Sob as togas, que deveriam ser sagradas em defesa da verdadeira
Justiça, a maior parte dos ministros toma uma decisão política sobre a outra,
quando não pisoteiam a Constituição, como fez recentemente o ministro Alexandre
Moraes, sob assustador apoio de seus pares. Magistrados do país inteiro vivem
envergonhados, ao assistirem o que a maior Corte decide, sempre contra o
governo, mas, mais que isso, contra o Brasil. A nova decisão, monocrática, do
ministro Luís Roberto Barroso de exigir uma CPI contra o governo, no caso da
pandemia, é absurda, é um atentado contra o país e é uma porta escancarada para
mais uma crise, que é, ao que parece, que quer a grande maioria dos membros do
tribunal, em parceria com partidos de oposição, todos ainda inconformados de
terem levado uma surra nas urnas. Embora tenha sido uma decisão pessoal,
Barroso só a tomou depois de consultar seus colegas, ou seja, teve o aval para
que, no meio da maior crise da saúde pública, desse munição aos seus amigos
oposicionistas, porque, agora, a prioridade para eles é não permitir a
reeleição de Bolsonaro. Infelizmente, para eles, essa possibilidade se torna
cada vez mais concreta, mesmo com tudo o que estão fazendo.
NAZIF E EXPEDITO NETTO
DISSERAM NÃO À COMPRA DE VACINAS POR EMPRESAS
Nesta semana, a Câmara Federal aprovou, por enorme diferença de votos,
autorização para que empresas possam comprar vacinas e as use para imunizar
funcionários, familiares e amigos dos empresários. A exigência é que metade das
doses adquiridas, sejam doadas ao SUS, para distribuição gratuita à população.
Falta ainda o aval do Senado, o que pode acontecer nos próximos dias e onde
também não se espera dificuldade para a aprovação. A partir disso, restará
apenas a sanção do presidente da República. No geral, apenas os partidos de
esquerda votaram contra a compra, o que é algo que parece inacreditável, mas é
real. Na poderosa bancada do PT, apenas um dos petistas votou pelo Sim, a favor
do projeto. PSOL e PC do B votaram contra por unanimidade. Outros partidos de
esquerda se dividiram. Dos oito membros da bancada federal rondoniense, seis
parlamentares (Lúcio Mosquini, Jaqueline Cassol, Mariana Carvalho, Silvia
Cristina, Coronel Chrisóstomo e Léo Moraes) votaram pelo Sim. Votaram ao lado
da esquerda, contra a autorização para a compra de vacinas por empresas, Mauro
Nazif e Expedito Júnior.
BRASILEIROS E BOLIVIANOS VIVEM CRISE DA COVID TAMBÉM NA
FRONTEIRA
Brasileiros e bolivianos, na fronteira, estão também
vivendo dias muito difíceis. A pandemia atingiu Guajará Mirim com muita força.
Até a sexta-feira, por exemplo, 5.075 casos e 181 mortes. O número de vacinados
é ainda muito pequeno. No lado de lá, a situação parece ser pior ainda. Em
Guayaramerín, o sistema de saúde está em colapso, a tal ponto de a prefeita da
cidade, Helen Gorayeb, teve que pedir socorro ao governo central, em La Paz,
tal a situação em que sua cidade se encontra. Com os dois lados da fronteira
sob grande risco, o governo da Bolívia decidiu ampliar por pelo menos uma
semana o fechamento parcial da fronteira. O ir e vir entre os dois países, na
fronteira de Rondônia com Guayaramerín, fica restrita a apenas quatro horas por
dia em que pessoas podem passar de um lado para outro. Mesmo com a chegada de 40 brigadistas, 21 médicos, 20 mil vacinas, novo lote de medicamentos,
oxigênio e quase 14 mil testes de Covid enviados à região de fronteira pelo
governo boliviano, a crise ainda é grande. Do lado de cá, a vacinação ainda
anda em passos lentos. A situação não está nada boa tanto do lado de lá quanto
do lado de cá...
PERGUNTINHA
Na sua opinião, os ministros do STF estão agindo com
isenção e cumprindo as normas constitucionais em relação às suas decisões ou
eles estão praticando o ativismo
judicial, como denunciou o presidente Bolsonaro?
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