Quarta-feira, 16 de outubro de 2019 - 06h02
STF DECIDE HOJE SE RONDÔNIA TERÁ QUE PAGAR DÍVIDA PORNOGRÁFICA DO BERON
OU SE NOS LIVRAREMOS DESSA PRAGA
Marquem a data de hoje e um número: 1119. Anotem porque daqui para a
frente se poderá entender o que isso pode significar para Rondônia. No final
desta quarta-feira, podem permanecer nos cofres públicos do Estado, algo em
torno de 204 milhões de reais ao ano, pelo menos pelos próximos oito anos. Ou
seja, deixaremos de pagar, caso vençamos a ação que será mote de julgamento no
STF, ainda no final desta tarde, perto de 2 bilhões e 200 milhões de reais.
Isso é mais ou menos o equivalente a dez pontes sobre o rio Madeira, no Bairro
da Balsa ou outras 10 na Ponta do Abunã. Ou a duplicação, três vezes, do trecho
Vilhena/Porto Velho, da BR 364, com o quilômetro de asfalto calculado na faixa
de 1 milhão de reais. Deu prá entender? Claro que tudo isso se refere à vergonhosa,
criminosa, pornográfica dívida do extinto Beron, cobrada pela União. O valor
dela era, inicialmente, de menos de 60 milhões de reais. Os interventores do
Banco Central, que vieram para sanear o banco e prepará-lo para a privatização,
em meados dos anos 90, conseguiram a façanha de multiplicar por dez essa conta.
Tudo para que o contribuinte rondoniense a pagasse, sem chiar. Veja-se os
números inacreditáveis: a conta, com a passagem tenebrosa dos “muy amigos” do
Banco Central, começou em 645 milhões de reais em maio de 1998. Entre junho de
98 e setembro deste ano, o Estado já havia pago mais de 730 milhões de reais da
dívida principal; 4 milhões de amortizações; 16 milhões de “encargos” e,
pasmem!, 1 bilhão e 360 milhões de reais só de juros. Ou seja, uma conta que
começou com 60 milhões e chegou a mais de dez vezes por culpa do Banco Central,
já levou dos nossos cofres públicos, do dinheiro do povo, nada menos do que 2
bilhões e 107 milhões de reais. E ainda querem nos cobrar mais de 2 bi. Todos
os meses, deixam de entrar nos cofres do Estado 17 milhões de reais para pagar
a conta do Beron. Não é criminoso?
Enfim, se não mudar a pauta na última hora, finalmente o processo 1119, da dívida do Beron, será julgado. O ministro relator é Edson Fachin. Terá ele pena de um Estado pobre, longe dos grandes centros, que vem sendo achacado pela União todos esses anos? O procurador geral do Estado, Juracy Jorge, estará representando Rondônia na sessão do STF, mas quem defenderá a causa será o procurador Alexandre Fonseca. Estamos bem representados. Tomara, que, enfim, a Justiça se faça. Não dá mais para sermos tão espoliados pela ganância imposta pelo governo central. Chega de agiotagem contra o povo de Rondônia. Hoje é o dia!
A LENDA DO CAVALO DE ÁTILA
Há personagens, bem concretos, da vida real, que sintetizam o
significado do lenda do cavalo de Átila. Ela conta que, onde pisava
o cavalo do Rei dos Hunos, não nascia mais grama. São assim, algumas dessas
figuras, geralmente sanguessugas, mas que se consideram grande coisa.
Onde põe seus dedos, suas mãos, seus pés, sua insignificância, ali não nasce
mais grama. São no geral incompetentes, invejosos, e eventualmente
sociopatas. Não servem para muita coisa, a não ser como alvo de escárnio,
gozação, indignação daqueles que são obrigados a viver nas proximidades desses
seres sem luz que, baseando-se em suas frustrações, destroem tudo no seu
entorno, deixando um rastro de perdas e danos. Lamentavelmente, parasitas do
talento alheio, movidos pelo eterno ódio e inveja, por serem sempre tratados
como inferiores, como o são, verdadeiramente, detestam ver, da arquibancada, o
sucesso alheio. Então, tentam tornarem-se, tais personagens pegajosos, algo
além da figura obscura que o são. Nunca vão longe. Voltam quase sempre à
escuridão, quando a luz dos outros, que querem roubar, se afasta. Pobres
coitados!
O SINTERO DIZ QUE NÃO SABIA!
Direção do Sintero diz, através de notícia distribuída à mídia (uma das
publicações foi no site Rondoniagora e outra no site da própria instituição),
que não sabia que era errada a tabela do vencimento dos professores, anunciada
pelo governador Marcos Rocha e pelo secretário Suamy Vivecanda e que depois foi
corrigida, com vencimentos muito menores do que a primeira informação. O caso,
aliás, tratado na edição desta terça, nesse espaço, foi relatado com alguns
detalhes da tentativa de golpe, gerido dentro da Seduc (e do qual não houve
nenhuma participação direta do Sintero) para derrubar o titular do cargo. A
armação não deu certo, porque Rocha não só manteve Suamy, como ainda determinou
a demissão de algumas pessoas. Outras, nos próximos dias, também perderão seus
cargos. Em seu site, no texto que acusa a emissora e quem publicou a informação
de ser “governista”, o Sindicato diz que “refuta com veemência” a acusação de
que teria agido com oportunismo no episódio. Não se poderia esperar outra a
posição. Mas o Sintero sabia, até porque participou de todas as decisões sobre
o assunto, desde o início. Claro que não vai reconhecer isso, publicamente. A
coluna, contudo, mantém as informações, conseguidas através de fontes
fidedignas, divulgadas na sexta passada e no sábado, nos noticiários da
SICTV/ Record e reproduzidas nesse espaço. Nada a corrigir...
AMIGO DO PEITO OU “GOVERNISTA”?
Dependendo dos seus interesses, o Sintero trata parte da mídia como
aliada ou como inimiga. É histórico, portanto, que esse tipo de jogo é que dá o
tom ao rótulo de como o poderoso sindicato dos professores trata os veículos de
informação. Nas suas greves, nas suas justas reivindicações, em importantes
ações que realiza, nas entrevistas com seus dirigentes sobre temas de
relevância, os mesmos veículos que as divulgam, nessas circunstâncias,
são homenageados pelo mesmo Sintero com respeito e elogiados por seu “espírito democrático”.
Chamados de amigos do peito. São os mesmos que agora merecem o tratamento
desairoso de “governistas”, apenas por contarem um episódio, grave, da história
do Estado, com informações de bastidores, que não interessam serem divulgados,
pelo comando da entidade. Há novos ares a se respirar na democracia brasileira.
Com fim da República Sindicalista, muitas coisas estão mudando. Inclusive
a forma como a verdadeira democracia é praticada, sem os ranços do passado, em
que ou se elogiava quem estava no comando e era tratado como parceiro ou se era
inimigo, por qualquer discordância. O Sintero sabe muito bem o que aconteceu.
E, mesmo que chame a todos os que divulgaram o assunto de “governistas”, como
termo altamente pejorativo, ele terá que conviver com a certeza de que a sua
pode não ser a única a verdade.
IPEM VAI À CPI EXPLICAR PARCERIA
Hoje tem mais um “round” da CPI da Energisa. Certamente o depoimento
mais polêmico será do diretor do Ipem, Aziz Rahaal Neto, que já havia sido
convocado na semana passada, mas não participou. Enviou apenas técnicos do
órgão, o que não foi aceito pelo presidente da Comissão, deputado Alex Redano.
Por que a polêmica? Porque há informações de que o IPEM, exatamente o órgão
responsável pela fiscalização, por exemplo, dos relógios (contadores) da
Energisa, receberia da empresa algo em torno de 1 milhão de reais/ano. O
relator Jair Montes questionou: como um órgão fiscalizador pode ter acordos
financeiros com aquele a quem tem que fiscalizar? O IPEM, hoje, dará as explicações.
Também serão ouvidos representantes da Secretaria de Finanças do Estado (Sefin)
e da Caerd. O procurador geral do Estado, Juraci Jorge, que participaria
da CPI nesta quarta, terá seu depoimento transferido, já que está em Brasília,
tratando da questão da dívida do Beron, que terá julgamento decisivo no STF.
AUMENTO DA LUZ: ANEEL NÃO TOPA
Por falar em Energisa, após uma longa defesa de argumentos, quando foram
apresentadas graves denúncias levadas à Assembleia Legislativa, a Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel) indeferiu a Revisão Tarifária
Extraordinária (RTE) apresentada pela Energisa, para aumentar novamente
as tarifas em Rondônia. O presidente Laerte Gomes, compareceu à reunião em
Brasília, na manhã desta terça-feira e fez pronunciamento, relatando o impacto
social e econômico do último aumento da energia e as consequências do que
chamou de “péssimo serviço prestado pela concessionária”, causando prejuízos
aos municípios. O presidente da
Aneel, André Pepiton da Nóbrega, e a diretora Elisa Bastos Silva, relatora do
pedido de reajuste, assim como os demais representantes do órgão, ouviram
atentamente as explicações dos membros da bancada federal e do presidente da
ALE-RO. O senador Marcos Rogério, presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado,
apresentou dados técnicos para contestar a pretensão da empresa. O que
surpreende é que a Energisa negou não só que tenha pedido o aumento, como,
também através da sua assessoria de comunicação, informou à coluna que a
reunião da Aneel era apenas corriqueira e que não haveria qualquer debate sobre
eventuais reajustes em Rondônia.
UMA NOVA SAÍDA PARA A BELMONT
Há uma luz no fim do túnel para resolver, de vez, os gravíssimos e
eternos problemas da Estrada do Belmont, à beira do Rio Madeira, no bairro
Nacional, ali mesmo onde estão concentradas as grandes empresas. Basicamente, é
possível acabar com o drama, manter as empresas aqui e não correr o risco de
perder, por ano, até 1 bilhão de reais em ICMS. Basicamente, isso depende da
abertura de uma nova estrada, que passaria por terras particulares. Todos os
proprietários já se comprometeram a doar o trecho para a obra, que seria
construída pelo Governo do Estado. A única exigência que fazem é que, antes da
doação, o Governo assine um documento se comprometendo a asfaltar e iluminar
todo o trecho da nova rodovia, de cerca de 10 quilômetros, que sairia da beira
do Madeirão, passaria por trecho da Belmont, que também teria que ser
asfaltado, contornaria a área da Base Aérea e seguiria adiante, até facilitar
as ligações com outros portos da Capital, permitindo melhorias na circulação
dos caminhões e o escoamento dos produtos derivados de petróleo. Seria uma obra
de grande porte, com investimentos perto de 50 milhões de reais, mas
resolveria de vez todo o problema e evitaria que as empresas que pagam mais de
1 bilhão de reais/ano de ICMS, cumprissem a ameaça de se mudarem para o
Amazonas. Será que é sonhar alto demais ou o governo Marcos Rocha vai, enfim,
começar a resolver esse enorme problema, a partir do ano que vem?
DIA DAS CRIANÇAS: VENDAS SUPERLATIVAS
A notícia não poderia ser melhor para o comércio de Porto Velho. As
vendas do Dia das Crianças, nas nossas lojas de rua, cresceram 10 por cento em
relação à mesma data festiva do ano passado. Provavelmente foi o maior
crescimento percentual entre todos os Estados, já que a média nacional,
apontada pelas entidades que reúnem os comerciantes, foi de apenas 3,1 por
cento. Segundo a presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) da Capital,
a empresária Joana Joanora, os números ainda não estão definitivamente fechados
e podem ser até melhores. Melhor notícia ainda é que a presidente comemora que
a tendência em relação às vendas de final de ano sigam no mesmo crescimento. A
CDL, aliás, começa a sortear, já nessa semana, mais de 100 mil reais em
certificados de ouro, para quem comprar no comércio porto velhense até o final
deste 2019. As coisas estão, realmente, melhorando!
PERGUNTINHA
Você acha que o combate ao feminicídio no Brasil pode ser levado a
sério, quando o goleiro Bruno, assassino cruel de Elisa Samúdio, deixa a
cadeia depois de poucos anos e, ao voltar a jogar futebol, é aplaudido e
ovacionado por torcedores, como se nada tivesse acontecido?
O genial Chico Buarque de Holanda, um talento e milionário franco/brasileiro comunista, porque defende Cuba e os regimes totalitários, mas mora em
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Feriados, um atrás do outro: alguns poucos festejam e usufruem, mas a maioria apenas paga a conta
São 14 feriados nacionais. São inúmeros estaduais, mas tem também os municipais. Somando todos, se não somos os campeões, estamos no pódio entre o
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