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Sergio Pires

Terroristas põe fogo em parte do Brasil e ao invés de resolver, os dois lados do ódio colocam a culpa uns nos outros


Terroristas põe fogo em parte do Brasil e ao invés de resolver, os dois lados do ódio colocam a culpa uns nos outros - Gente de Opinião

Os incêndios criminosos em plantações do interior de São Paulo causam prejuízos inimagináveis, que só serão totalmente conhecidos depois do rescaldo. É uma situação muito pior do que as queimadas recordes que se registram na Amazônia, porque são concentradas numa área pequena, na comparação e por isso causam danos muito piores. O problema não afeta apenas o meio milhão de moradores de São José do Rio Preto, mas para outros tantos, espalhados em pelo menos outras 47 cidades, numa região onde estão as maiores plantações de cana do país. Enquanto a tragédia se expande, ela, é claro, se tornou mais um mote de guerra nacional entre extremistas  de direita e esquerda. O ex-presidente Bolsonaro foi um dos que acusou o MST, aquele movimento criminoso que invade propriedades ao seu bel prazer, sem ser combatido legalmente, de ser o responsável pelas queimadas. Não havia, ao menos até a noite da terça-feira, qualquer prova disso. Já lideranças do MST se esbaldam nas redes sociais, sempre anonimamente, em textos sem assinatura, dizendo que a culpa é do agronegócio, que destruiu o meio ambiente e, por isso, propicia esses gigantescos incêndios destruidores. Enquanto isso, governo federal, Ministério Público Federal e Judiciário estão equidistantes, impassíveis, talvez esperando para se mexerem quando a fumaça baixar. Alguns poucos presos por provocarem o fogo, são apenas anônimos que certamente pagarão o pato pela destruição. Provavelmente alguns culpados, é claro, jamais serão punidos, muitos deles porque são apaniguados por braços poderosos e que os trata como um grupo legal, como se tivesse endereço, CPF e diretores responsáveis. Na semana retrasada, aliás, o presidente da República recebeu, na Granja do Torto, segundo noticiário da mídia, representantes do MST, para discutirem reforma agrária e outros temas, como se os membros de uma organização ilegal merecessem toda a atenção de um chefe de Governo.

A verdade é que o Brasil caminha para ficar cada vez pior. De um lado, o racha nacional, incentivado por decisões algumas delas inacreditáveis, por inconstitucionais, emanadas do próprio STF, nosso maior tribunal; de outro o discurso de ódio dos extremos (no mesmo tom e com a mesma força) e, mais ainda, da interferência do TSE nas eleições, impondo censura a alguns candidatos, sempre os do mesmo lado, fazem com que a Nação se divida cada vez mais. Sem o cumprimento rigoroso da Constituição, que vale para todos e não apenas para alguns; sem a ampla liberdade de pensamento e de opinião; com os tribunais superiores controlando a vida nacional e com criminosos sendo tratados como cidadãos de bem, nosso futuro é incerto. Olhemos a Venezuela, para vermos o que aconteceu com um grande país, antes democrático. Agora, parece que nós, brasileiros, caminhamos para entrar na fila do terror. Lamentável!

CAMPANHA PELA PREFEITURA AINDA ESTÁ FRIA. ELA AINDA NÃO ENVOLVEU A GRANDE PARTE DO ELEITORADO DA CAPITAL

Em Porto Velho, a campanha eleitoral está mais quente na disputa pelas 23 cadeiras da Câmara do que pela Prefeitura. Na batalha pela sucessão de Hildon Chaves, a vantagem de Mariana Carvalho continua tão distante dos demais que a batalha eleitoral, ao menos até agora, está fria, perto do gelado. Léo Moraes, seu principal adversário, enfrenta enormes dificuldades e, nestes dias, tem sido alvo de ação na Justiça Eleitoral, porque teria deixado a direção do Detran fora do prazo legal. Não se sabe se tem fundamento. Já o próprio Léo tem mobilizado seus advogados em várias ações principalmente contra Mariana, mas elas não prosperaram até agora. Euma Tourinho e os que a cercam, no MDB, andam sonhando alto, pela receptividade positiva com que ela tem sido recebida, mas não se sabe se isso pode levá-la longe ou não. Já Célio Lopes, do PDT/PT luta contra a dificuldade de representar a esquerda, que tem um eleitorado ainda pequeno na sua cidade. O professor Benedito Alves faz muitas reuniões, mas, tem a dificuldade de ter praticamente nenhum nome importante entre os candidatos à Câmara, já que quase todos do seu partido se bandearam para o lado de Mariana. Samuel Costa usa os sites, onde tem bom relacionamento, para divulgar suas propostas e de vez em quando fazer uma crítica mais ácida contra seus adversários. Já Ricardo Frota, do Partido Novo, restringe sua campanha aqui e ali e terá grande prejuízo, já que não tem espaço no horário eleitoral. A campanha funciona muito nos bastidores, mas ainda não chegou ao grande eleitorado. PELA CÂMARA, SÃO 16 CANDIDATOS POR VAGA. E BANCADA FEMININA PODE DOBRAR NO ANO QUE VEM

A mobilização mesmo, que se vê em todos os cantos, é a dos candidatos à vereança. São 372 nomes concorrendo a 23 vagas, ou seja, são 16 candidatos para cada vaga. E é perto da metade dos concorrentes da última eleição municipal. Os atuais 21 ocupantes correm atrás do eleitor, principalmente mostrando o que fizeram nos quatro anos. Não se tem a mínima ideia de quantos permanecerão, embora, claro, haja nomes muito fortes que, provavelmente, estarão entre os mais votados. Os demais 351 (entre eles vários ex-vereadores e nomes já bastante conhecidos da vida porto-velhense) percorrem cada canto da cidade e usam as redes sociais para aparecerem para o eleitor. Uma quase certeza: na próxima legislatura, a bancada feminina, que hoje tem apenas duas representantes (Elis Regina e Márcia Socorrista), tem chance de dar um salto para pelo menos quatro mulheres. Nesta eleição, há candidatas com chances reais de chegar lá. Na contagem dos bastidores, a perspectiva é de que haja pelo menos 40 por cento de renovação na Câmara Municipal de Porto Velho. Os caras novas, caso isso se confirme, ocupariam nove cadeiras. Outra contagem dá o inverso, ou seja, 60 por cento de renovação. Caso isso ocorra, os novatos poderiam chegar até a 14 cadeiras. Claro que tudo é estudo de futurologia. A única coisa certa é que a corrida pela Câmara, neste parece estar movimentando a cidade, muito mais do que a disputa majoritária.

RONDÔNIA DAY É LEVADO A EMPRESÁRIOS DO AMAZONAS E COMEÇA A ABRIR NOVAS PERSPECTIVAS DE NEGÓCIOS ENTRE OS DOIS ESTADOS

O Rondônia Day é um evento importante para o Estado, criado pelo governo Marcos Rocha, para mostrar as potencialidades desta terra de Rondon não só em nível de Brasil, mas também no exterior. Os resultados sempre têm sido acima das melhores expectativas. O evento, criado em 2019, já passou por Brasília, São Paulo e chegou também à Argentina. Nesta semana, foi a vez dos amazonenses conhecerem nossas potencialidades, para futuros investimentos e parcerias. O Rondônia Day em Manaus aconteceu na sede da Federação das Indústrias do Amazonas, a Fieam, parceira neste encontro. O governador Marcos Rocha fez uma explanação a autoridades e convidados sobre a evolução econômica do seu Estado, incluindo nossas cadeias produtivas sustentáveis e premiadas, inclusive em nível internacional. Também houve uma rodada de negócios com empresários dos rondonienses e amazônicos.  "Nós que vivemos na Amazônia, precisamos estar unidos para fortalecer a nossa população e fazer com que esta região seja economicamente mais forte para apresentar a diferença no país. Temos que lutar pelo crescimento de Rondônia, do Amazonas e de todo o Brasil ", sintetizou o Governador, no encontro. A partir desta iniciativa do Rondônia Day, abrem-se novas e concretas possibilidades de parceria econômica entre os dois Estados.

QUEIMADAS, RIO SECANDO E MORTANDADE DE PEIXES: O RONDONIENSE ESTÁ VIVENDO TEMPOS DE DRAMAS E PERIGOS

Em Porto Velho, as queimadas continuam intensas, embora não tenham mais chegado no nível daquele fatídico 14 de agosto, quanto vivemos o ar completamente irrespirável, o pior do país. Durante todo o final de semana passado, amanhecia-se com a Capital enfumaçada, em praticamente toda a área urbana, mas também em vários distritos e no Baixo Madeira. Em algumas outras regiões, Estado afora, as queimadas também foram muito fortes, causando grandes problemas para grande parte dos rondonienses. As ações que estão sendo tomadas por diferentes órgãos, a partir de decisões emanadas do Palácio Rio Madeira, do governo do Estado e do Palácio do Relógio, da Prefeitura de Porto Velho, ainda não serviram para resolver o problema. Paralelamente a isso, há ainda o risco em relação ao abastecimento de água. O Rio Madeira, nesta semana, chegou à menor profundidade de sua história, desde que ela é registrada: pouco mais de 1 metro e 70 metros, perto da área do centro da cidade. Na região de Humaitá, mais um problema sério, relacionado com as questões ambientais. Os ataques da Polícia Federal às propriedades dos garimpeiros, explodindo balsas e dragas, acabou por causar também uma grande mortandade de peixes. Enfim, os tempos são duros e complexos.

ESTAMOS EM ESTADO DE EMERGÊNCIA, POR CAUSA DO AUMENTO VIOLENTO NAS QUEIMADAS NA AMAZÔNIA E EM RONDÔNIA

Por falar em queimadas, o governo rondoniense decretou Estado de Emergência, já que o fogo mantém-se  consumindo nossas matas e os incêndios florestais não diminuem, não importa que medidas se tomem para ameaçar os responsáveis, que continuam incendiando impunemente. Enquanto o governo federal anuncia medidas que nunca se concretizam na  prática, como as promessas feitas pelas ministra Marina da Silva de que Porto Velho teria atenção especial contra  as queimadas e, zero foi feito até agora, o governo rondoniense confirma que o volume de áreas queimadas aumentou 43 por cento este ano (não vai haver vídeo de artistas pedindo socorro pela Amazônia?) só em Rondônia este percentual a mais, chegou perto de 24 por cento. A decretação do Estado de Emergência abre a perspectiva de investimentos e participação de todos os órgãos envolvidos no combate aos incêndios florestais, para que atuem em conjunto no combate ao problema, sob a coordenação do Comitê específico criado com esta finalidade. Na quarta-feira, dia 14 de agosto, tivemos o pior dia, sendo Porto Velho envolvida numa fumaça espessa e que durou praticamente todo o dia, tornando o ar respirado na Capital dos rondonienses como o pior do país, naquela data. Nesta terça-feira, dia 27, foi outro dia de enormes dificuldades para se respirar, tal o aumento das queimadas e da fumaça que tomou conta da cidade, hoje com quase meio milhão de habitantes.

POLÍTICOS RONDONIENSES PROTESTAM CONTRA A CENSURA. FERNANDO MÁXIMO PEDE DEFESA DA LIBERDADE E DA DEMOCRACIA

O senador Marcos Rogério; o deputado federal Coronel Chrisóstomo; o deputado federal Fernando Máximo e o candidato à Prefeitura de Porto Velho, Léo Moraes, foram algumas das personalidades da nossa política que saíram  em defesa do candidato Pablo Marçal, que disputa a Prefeitura de São Paulo, cujas redes sociais foram retiradas do ar pela Justiça Eleitoral. Num pronunciamento na tribuna da Câmara Federal, Fernando Máximo deu o nome verdadeiro à decisão do TSE: pura censura!  Antes de dizer que está muito preocupado com, o que aconteceu com Marçal, Fernando Máximo disse ter certeza que ninguém no plenário da Câmara admite a censura. “dessa vez foi com o candidato Pablo Marçal, que é o primeiro colocado nas pesquisas, empatado com outro candidato. Ele não tem tempo de rádio e TV e a única forma de expressar suas ideias e mostrar seus projetos é através das redes sociais”. Máximo questionou, em seguida: “será que o direito a eleições justas, igualitárias, está sendo respeitado? Será que o direito Constitucional do direito de livre expressão está sendo garantido? Será que a democracia está sendo preservada?” Para Fernando Máximo, são perguntas que todos os parlamentares e brasileiros devem fazer, porque, explicou, “hoje está acontecendo com ele; amanhã pode ser com qualquer um”. Concluiu dizendo que independente de quem quer que seja, “temos que preservar a liberdade, a democracia e sermos veementes contra a censura no nosso Brasil!”

NA DISPUTA PELA PREFEITURA DE GUAJARÁ, RAÍSSA (AFASTADA PELA JUSTIÇA) CONCORRE À REELEIÇÃO CONTRA QUATRO CANDIDATOS

Guajará Mirim respira eleição municipal. Distante mais de 300 quilômetros da Capital e mais próxima de Rio Branco do que de Porto Velho, a disputa pela cidade que tem mais de 90 por cento da sua área sem acesso à sua população, já que são regiões de preservação, terá uma eleição complicada. Nos bastidores, se ouve que a prefeita que foi afastada, Raíssa Bento, que concorrerá sub judice, é a preferida do eleitorado. O vereador Augustinho, que tende a ser um dos mais votados na cidade, avisa: em dez votos, Raíssa terá sete, na eleição de outubro. Não é o que pensam seus adversários. Uma dupla muito forte, formada por empresários de sucesso, se apresenta como a que pode tirar Guajará da sua situação difícil de décadas. Fábio Garcia de Oliveira, o Netinho e Ricardo Lima Maia, o Ricardinho, uniram em torno de si uma aliança de oito partidos. Raíssa é do MDB. Concorrem ainda o ex-deputado estadual Dr. Neidson (PRTB); João Soares (PSDB) e Mary Granemann (atual vice-prefeita), pelo PL. Além disso, as 13 cadeiras da Câmara Municipal de Vereadores serão disputadas por nada menos do que 179 candidatos, ou seja, mais de 13 candidatos por vaga.

PERGUNTINHAS

Você tem ideia de onde andam os artistas que gravavam clipes em defesa da Amazônia, durante as queimadas que aconteciam no governo passado e que simplesmente desapareceram agora, quando o fogo atinge focos inéditos e superlativos, com recordes desde 25 anos atrás? Será que eles foram abduzidos?

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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