Quarta-feira, 20 de setembro de 2023 - 06h15
O caso triste e lamentável da morte de 14 pessoas, entre elas
12 pescadores, com a queda de um avião no Amazonas, nesta semana, é uma faceta
lamentável e inesperada de um setor que dispara em crescimento na nossa região,
incentivando o turismo e trazendo riqueza para muitas cidades. Embora os
números oficiais não sejam divulgados, pessoas com experiência na área, como
Márcio Araújo, que trabalha com pescadores amadores há cerca de 20 anos,
pode-se calcular que cerca de mil empresários, profissionais liberais e amantes
do esporte do Brasil e de vários outros países aterrissam em Porto Velho, partindo
daqui para os rios da região e do sul do Amazonas, em busca das emoções. Claro
que os tempos são outros e hoje é praticamente impossível encontrar uma Piraíba
de 200 quilos, como a que foi pega por Chico Coringa, um antigo pescador que
conhecia como ninguém o rio Madeira e seus peixes gigantescos, na década de 80.
Conhecida como “tubarão de água doce”, a Piraíba ainda existe em alguns rios,
mas já não as há imensas e com tanto peso como havia há algumas décadas. O
próprio Márcio Araújo já pegou uma de 128 quilos. Pirararas de 70, 80 e até 100
quilos ainda existem no rio e é esse tipo de peixe, junto com Pirarucus, Dourados,
Jaús e tantos outros que os visitantes procuram. Normalmente, os pescadores vêm
em grupos, já com toda a estrutura montada, incluindo hotéis de selva que os
abriga por alguns dias. Chegam com todo o aparato, compram mantimentos e se
embrenham pelas matas, acompanhados de canoeiros e profissionais que conhecem
os rios como ninguém.
Muitos dos turistas da pesca vão direto a Manaus e a
Barcelos, cidade onde caiu o avião que vitimou tantas pessoas. Mas, pelo
aeroporto internacional Jorge Teixeira, há meses do ano em que eles chegam às
dezenas, se deslocando de Porto Velho para as principais regiões de pesca (rio
Madeira, Mutum, Machado, Preto e tantos outros), em busca de uma aventura que
jamais esquecerão por toda a vida. É um tipo de turismo que cresce muito, mesmo
com a falta de estrutura, porque, para muitos pescadores que aqui chegam, tudo
é uma aventura, pelo que enfrentarão na selva, com pequenos aparatos de apoio e
segurança. Mas a pesca é um meio de riqueza para nossas comunidades que vivem
no entorno dos rios. Está na hora de se pensar em investimentos sérios, pelo
retorno que ele pode proporcionar.
DOS
TRÊS SENADORES, SÓ BAGATTOLI NÃO TERÁ NADA A PERDER, CASO DISPUTE O GOVERNO EM
2026
Cada um ocupando sua faixa na política. Cada um com planos
diferentes, mas com os olhos voltados para um objetivo comum: a cadeira de
governante no Palácio Rio Madeira/CPA. Dos três senadores de Rondônia, dois
deles terminam seus mandatos em 2026. Confúcio Moura, que no final do seu
segundo mandato no Senado terá 78 anos, ainda não confirmou, com certeza, que
poderá disputar novamente o governo de Rondônia, onde também cumpriu dois
mandatos. Já Marcos Rogério é nome certo na urna, entre os que concorrerão à
sucessão de seus xará, o outro Marcos, o Rocha. Jaime Bagattoli segue como
principal bolsonarista em sua cadeira senatorial e é baseado nisso que ele está
se preparando para disputar o Governo, daqui a três anos. Não terá nada a
perder. Caso não consiga atingir seu objetivo, terá ainda, até 2030, seu
mandato de senador. Confúcio e Marcos Rogério terão que optar. O longevo
ex-prefeito de Ariquemes, ex-deputado
federal, ex-governador e atual senador terá fôlego para uma disputa pelo
Palácio do Governo? Vai optar por manter sua cadeira no Congresso? Neste
momento, Confúcio não fala sobre o assunto. Vai deixar para decidir na última
horam como sempre o fez. Já Marcos Rogério, ainda com pouca idade, é um
destaque na política nacional, por sua performance na CPI do Circo (Pandemia) e
agora na CPMI do 8 de Janeiro. Seu sonho, contudo, é governar Rondônia. São
três políticos importantes, com tipo de ação diferentes, mas com possibilidades
abertas para o futuro. Qual o caminho que cada um escolherá?
RIO
BAIXO, BALSAS COM MEIA CARGA: É RISCO CONCRETO DE FALTAR ÓLEO DIESEL NOS POSTOS
DE COMBUSTÍVEIS
Por falar em rio, a situação do Madeirão preocupa muito. Em
alguns trechos, o rio está com pouco mais de um metro e meio de profundidade.
Com isso, as balsas que trazem combustíveis pelo rio, só podem navegar com meia
carga. E essa é uma das causas do risco de desabastecimento de óleo diesel, que
já está faltando em muitos postos na Capital e cidades do interior. Há, neste
pacote problemático, também a questão dos preços internacionais, que não são
acompanhados pela Petrobras e que causa dificuldades na liberação do diesel pelas
distribuidoras. Contudo, neste momento, a principal causa da falta do produto é
mesmo o rio exageradamente baixo, como poucas vezes se viu nas últimas décadas.
Na maioria dos postos de combustíveis, o óleo S 10 já está sendo racionado.
Somente clientes do próprio posto ainda têm prioridade. Também há risco de que,
caso a navegação no Madeira seja suspensa, o diesel terá que vir para a Capital
por Rodovia, o que significaria um reajuste nos custos e, claro, no preço final
do consumidor. Nas últimas semanas, o diesel está com preço médio em baixa, mas,
com a situação nos rios da Amazônia e principalmente no Madeira, pode fazer com
que isso mude rapidamente. Os próximos dias desta semana serão cruciais para se
saber se acabará ou não o diesel S 10 para o consumidor.
TEMPERATURAS
PODEM BATER NOS 45 GRAUS: ONDA DE CALOR É UMA DAS MAIORES EM DÉCADAS, NA NOSSA
REGIÃO
Uma coisa puxa a outra: o clima em Rondônia está terrível,
como está em pelo menos outros 14 Estados brasileiros. Como as frentes frias do
Rio Grande do Sul estão enfrentando uma espécie de barreira climática, grande
parte do país, incluindo toda a Amazônia, está sofrendo com termômetros que
podem superar os 45 graus. Nas últimas semanas, para piorar, várias cidades
rondonienses enfrentaram temporais, rápidos mas violentos, causando muitos
danos materiais, mas, felizmente, nenhuma morte registrada. Na zona leste da
Capital, os ventos inesperados derrubaram telhados, muros e portões de casas. A
previsão é que o clima continue nessa espécie de inferno de calor por pelo
menos mais uma semana e meia, a partir de agora. A meteorologia também informa
que os ventos e os temporais podem voltar, eventualmente e a Energisa,
distribuidora de energia no Estado, tem orientado a população e redobrar os
cuidados, quando as tempestades acontecerem, para que não haja acidentes e nem
queima de eletrodomésticos. O problema maior de um calor tão intenso é que ele
atinge principalmente os idosos. Quem não tem ar condicionado ou ventiladores
potentes em casa, não consegue dormir direito. Enchentes destruidoras no sul;
calor infernal no norte: há algo de muito estranho acontecendo com o nosso
clima.
FOI MESMO
GOLPE DE ESTADO, SEM ARMAS E APENAS COM VANDALISMO? HAVERÁ A VERDADEIRA JUSTIÇA
PARA OS RÉUS?
Há alguma dúvida de que todos os denunciados pelos atos de 8 de
Janeiro serão condenados? Ficou clara a decisão de pelo nove dos onze ministros
do STF em realizarem o julgamento (que, pela Constituição, não deveria ser
feito pela Corte Supremo, mas em instâncias inferiores) de ignorarem a defesa
de todos os réus, pelo menos até agora. O que está acontecendo é que os atos de
vandalismo foram considerados tentativa de golpe de Estado, mesmo sem o uso de
armas ou de qualquer ato que não fosse contra o patrimônio, tornando-se assim o
primeiro golpe para derrubar um governo usando apenas gritos e truculência em
ações de vândalos. Mas, para manter a decisão, já tomada muito antes do início
dos julgamentos, de que os atos teriam que ser tratados como crime gravíssimo
contra a Nação, a decisão da maioria dos ministros não poderia ser outra.
Quando contestado pelo desembargador aposentado Sebastião Coelho, que disse,
durante sessão no STF, que os ministros do tribunal eram as figuras mais
odiados do país e o ministro Alexandre de Moraes contestou, dizendo que o ódio
vinha de uma minoria, ignorando totalmente a realidade do país que ele manda.
Haverá Justiça verdadeira contra os vândalos de 8 de Janeiro?
CONCLUSÃO
DO ESPAÇO ALTERNATIVO: ESTACIONAMENTO MAIS UMA VEZ NÃO TEM PRAZO PARA SER
ENTREGUE
Mais uma vez, uma obra esperada pela comunidade há longo
tempo e prometida para ser concluída ainda durante o mês de outubro, não o será
mais, ao menos no prazo anunciado. O estacionamento do Espaço Alternativo,
último grande empecilho para que toda a estrutura seja completa, vai ficar para
sabe Deus quando der! A explicação agora é que, com a novidade da obra da nova
avenida Santos Dumont, todo o projeto inicial terá que ser readaptado para se
encaixar num sistema que não estava anteriormente previsto. O Espaço
Alternativo é daquelas obras que, parece, nunca serão totalmente concluídas.
Feitas aos poucos, sua principal atração passou a ser a passarela ali
instalada, diferente de tudo o que a cidade de Porto Velho tem e premiada em
concurso nacional de arquitetura para cidades. Afora isso, o local, que se
tornou o principal ponto de encontro dos porto-velhenses, principalmente nos
finais de tarde e à noitinha, acabou também sendo alvo de vândalos e ladrões de
fiação elétrica, ficando às escuras várias vezes e, ainda, tendo algumas das
suas atrações, como bancos de madeira, usados para que bêbados malucos fizessem
churrasco no local. A vigilância do local melhorou um pouco, mas há sempre
coisas a fazer. Contudo, a falta de um local de estacionamento é, hoje, o maior
problema do Espaço. Não há prazo para que a obra seja entregue. Quem sabe antes
que 2026 acabe?
PRESIDENTE
DA FIERO DESTACA 37 ANOS DA ENTIDADE E ALGUMAS DAS SUAS PRINCIPAIS
CONTRIBUIÇÕES À RONDÔNIA
Num artigo assinado por ele, o presidente da Federação das
Indústrias de Rondônia, a Fiero, empresário Marcelo Thomé, comemorou os 37 anos
da entidade, comemorados esta semana. Escreveu, entre outras coisas que “a
Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO) completa 37 anos de
existência e a sua história está vinculada a do desenvolvimento de Rondônia. A
entidade nasceu na mesma década da criação do Estado e se consolidou,
defendendo ações importantes” como “a luta pela melhoria de sua infraestrutura;
bandeiras audaciosas como a saída para o Pacifico, que resultou na criação da
nova rota terrestre, com grandes oportunidades de intercâmbio comercial e
cultural com os países andinos e principalmente oportunizando acesso aos portos
do Pacífico e ao pujante comércio asiático. Agora comemora o anúncio da
construção da ponte binacional que ligará Rondônia à Bolívia”. Mais adiante, o
presidente da Fiero afirma que “a FIERO também travou e esteve presente como um
dos principais atores contra às forças contrárias a implantação das usinas
Santo Antônio e Jirau, construídas no rio Madeira, e que juntas têm uma
potência instalada de mais de 7.000 MW, tornando assim Rondônia um grande
produtor e exportador de energia limpa para todo o país”. Sublinhou ainda que “A
FIERO defende um novo modelo industrial, o combate às desigualdades regionais e
o protagonismo da Amazônia para uma economia verde, e assim se tornar como
referência de uma posição mais forte do setor produtivo brasileiro por uma
economia mais sustentável. Investimentos em tecnologias limpas, para reduzir as
emissões de carbono e adotar processos de produção mais eficientes, a indústria
não só contribui para a proteção do meio ambiente, mas também impulsiona a sua
própria eficiência e competitividade”.
ASSEMBLEIA
LOTADA NA ABERTURA DO HISTÓRICO ENCONTRO NACIONAL DAS COMISSÕES DE CONSTITUIÇÃO
E JUSTIÇA
O primeiro dia foi de um evento grandioso, de conotação
nacional, reunindo representantes de várias Assembleias Legislativas; de
Câmaras de Vereadores e autoridades de todos os poderes. Se a intenção era
reunir num só ambiente gente que pudesse debater, trocar ideias, aprofundar as
questões que envolvem as questões de produções de leis compatíveis com todos os
requisitos constitucionais, não poderia haver lugar melhor do que o lotadíssimo
plenário da ALE rondoniense, na abertura do 1º Encontro do Fórum Permanente das
Comissões de Constituição, Justiça e Redação dos parlamentos brasileiros.
Autoridades de todos os poderes participaram e o presidente Marcelo Cruz as
recebeu de braços abertos, destacando a importância do evento, em seu discurso
de abertura. O mesmo o fez o deputado Ismael Crispin, presidente da CCJR do
parlamento rondoniense e idealizador do encontro. Na mesa principal, também
estavam personalidades da estatura do desembargador Alexandre Miguel, do TJ; o
procurador geral do Estado, Thiago Denger e da deputada Edna Auzier, do Amapá,
presidente do parlamento amazônico. Marcelo Cruz destacou ainda, em suas
palavras, que a harmonia entre os poderes tem sido vital para que Rondônia
continue trilhando o caminho de um desenvolvimento exemplar para o país e
destacou que o encontro que começou nesta terça-feira e prossegue na quarta e
na quinta, será um marco histórico para os parlamentos.
PERGUNTINHA
Você
sabia que entre janeiro e abril deste ano, no primeiro quadrimestre portanto, foram
criadas exatamente novas 8.915 empresas em Rondônia, com quase 30 por cento a
mais sobre o mesmo período do ano anterior, abrindo centenas e centenas de
novos postos de trabalho?
Os números, claro, são aproximados e só envolvem valores pagos pelos cofres públicos ao funcionalismo estadual e municipal. Caso se coloq
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São 14 feriados nacionais. São inúmeros estaduais, mas tem também os municipais. Somando todos, se não somos os campeões, estamos no pódio entre o
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Depois da China, o Azerbeijão. O périplo internacional do governador Marcos Rocha, que começou na Feira Internacional de Importação e Expor