Segunda-feira, 30 de junho de 2014 - 09h59
Alemanha e Argélia fazem, hoje, segunda-feira (30.06), o último confronto da Copa do Mundo de 2014 em Porto Alegre. A partida, que começa às 17h, no estádio Beira Rio, encerra a participação do Rio Grande do Sul no torneio e marca o encontro entre o passado e o presente no Vale do Rio dos Sinos.
Berço da colonização alemã no Estado, há 190 anos, os mais de 20 municípios da região abrigam cerca de 1 milhão de habitantes, muito deles carregando no DNA a origem germânica. A iminência da chegada da seleção dos atacantes Thomas Müller e Miroslav Klose ao Estado agita a comunidade, que vive o universo de Copa desde o início de junho.
No cinturão geográfico que abrange São Leopoldo, Nova Petrópolis, Gramado, Três Coroas, Sapiranga e Novo Hamburgo hotéis, bares, restaurantes e lojas vêm recebendo a visita de turistas dos cinco continentes. “A Copa em Porto Alegre nos trouxe um movimento considerável de pessoas em busca de acomodação. Com isso, também os setores de alimentação e comércio sentiram o reflexo”, conta a diretora de Turismo da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Novo Hamburgo, Rosi Fritz.
Segundo ela, a proximidade com a capital gaúcha – cerca de 40 quilômetros – e a facilidade do transporte por trem desde o aeroporto de Porto Alegre até o centro da cidade fizeram a cidade virar uma ótima alternativa aos visitantes. Só no receptivo turístico de Novo Hamburgo, já passaram cidadãos de Alemanha, Argentina, Suíça, Holanda e Uruguai. Mas a cidade também foi ponto de passagem para australianos, chilenos, coreanos, americanos, canadenses e argelinos.
Comércio e integração
Um dos pontos que viraram atração é a Casa Gaúcha, que vende artigos típicos da cultura do Rio Grande do Sul. De acordo com a gerente comercial, Roberta Groth, mais do que os negócios, a chegada dos estrangeiros também vem sendo uma experiência divertida. “Muitos vêm à loja em busca de pequenas lembranças e acabam fazendo ‘selfies’ com nossos trajes típicos. Com alguns deles já mantivemos contato pelas redes sociais”, conta.
Conforme César Silva, presidente do Sindicato da Gastronomia e Hotelaria (Sindgastrho), que abrange seis municípios da região, desde o começo de junho a entidade já fez três pesquisas junto às suas 1.3 mil operações afiliadas. Na rede hoteleira de Novo Hamburgo, Dois Irmãos e Sapiranga, com 2,5 mil leitos, a média de ocupação chegou a 75% em função da partida entre Argentina e Nigéria. O percentual, porém, não corresponde à expectativa gerada antes da competição. “Normalmente, temos um percentual de hóspedes corporativos, que interromperam o fluxo devido à parada nos negócios no período da Copa em nossa região, que é exportadora”, pondera.
O empresário, entretanto, acredita que os frutos da realização da Copa do Mundo no Brasil e no Rio Grande do Sul virão em dois anos. “A propaganda da região foi muito boa. Nossas paisagens são lindas. Todos os depoimentos que colhemos dos turistas foram positivos, então esse retorno virá em breve”.
Lotação máxima
Com 85 apartamentos, o Hotel Locanda vem mantendo uma taxa de 80% de ocupação com turistas brasileiros e estrangeiros. Nigéria, Panamá, Uruguai, Argentina, Costa Rica e Trinidad & Tobago são algumas das nacionalidades que passaram por ali. E até o próximo domingo pelo menos 16 alemães devem chegar, confirmando as reservas feitas antes mesmo do início da Copa do Mundo.
O analista comercial do hotel, Eduardo Machado Peixoto, explica que o estabelecimento promoveu pequenas, mas simpáticas, ações para fazer os visitantes entrarem no clima da competição da FIFA. Bandeiras de 15 países participantes da Copa do Mundo, incluindo Brasil, Alemanha e as nações que jogaram a primeira fase em Porto Alegre, decoram os cinco andares do hotel, em sua área interna. “Houve dias em que tivemos 100% dos apartamentos ocupados. Um cliente regular apareceu e procuramos vaga para ele em todos os hotéis da região. Foi difícil encontrar”, conta Peixoto.
Enquanto isso, o Swan Tower, hotel credenciado pela FIFA na cidade, está com 80% de suas acomodações bloqueadas para um grupo de argelinos que estão prestes a chegar. A julgar pela primeira passagem dos torcedores do país por Porto Alegre, quando sua seleção goleou a Coreia do Sul por 4 x 2, o entusiasmo e a animação serão grandes.
Não deixe de visitar
Nesse período que antecede o último jogo do torneio em Porto Alegre, os turistas podem saborear a gastronomia alemã e visitar locais onde a cultura germânica é referência da colonização europeia. Um desses espaços é o bairro histórico de Hamburgo Velho.
Ali, após iniciativa do artista plástico Ernesto Frederico Scheffel, um dos primeiros casarões, datado da década de 1830, foi tombado como patrimônio histórico nacional em 1985. A Casa Scmitt-Presser, desde 1992 é um museu, cujo acervo se formou com peças doadas por moradores, e abrigou uma venda de secos e molhados que abastecia os viajantes nos primeiros anos da imigração. A casa, construída em estilo enxaimel, foi um dos primeiros pontos de comércio da região, que à época pertencia a São Leopoldo.
Nela viveu Johann Peter Schmitt, que imigrou da Alemanha em 1925, aos 24 anos. Sua influência e prestígio fizeram com que fosse considerado um dos fundadores da cidade. Após sua morte, em 1868, o comércio seguiu por mais alguns anos, sob o comando da viúva, Caratina. No século 20, foi padaria e um armarinho até a década de 1970.
SERVIÇO:
Casa Scmitt-Presser
Avenida General. Daltro Filho, 929
Bairro Hamburgo Velho
Novo Hamburgo (RS)
Fone: (51) 3593-6233
Horário de visitação: terças a sextas-feiras, das 8h30min às 11h30min e das 13h30min às 17h. Sábados e domingos das 11h às 17h
Ônibus: Circular Hamburgo Velho com intervalos de aproximadamente 20 minutos em dias úteis, das 6h15min às 23h
Fonte: Claudio Medaglia, do Portal da Copa em Porto Alegre
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