Sábado, 14 de setembro de 2013 - 20h33
As árvores de Ipês são realmente especiais e deslumbrantes espetáculos promovidos pela natureza, quando do período de sua florada. A beleza de suas cores enche os olhos de qualquer ser humano que, seduzido pelo tom da florada, é capaz de parar, interromper o seu trajeto para contemplar a força, a singeleza e a beleza da natureza.
Sem dúvida alguma, são as mais belas e as mais floridas entre as árvores do campo e das cidades. São espécimes apreciadas pela sua rara e encantadora beleza floral, pela resistência e durabilidade de seu tronco. São vistas como o símbolo da Primavera.
O ipê é uma árvore do gênero Tabebuia (antes Tecoma), pertencente à família das bignoniáceas, podendo ser encontrada em seu estado nativo por todo o Brasil. Na Região Norte do país é também chamado de pau-d’arco, sendo encontrado nas cores florais amarela, roxa e branca.
Guajará-Mirim é o segundo maior município do Estado de Rondônia em extensão territorial e declarado como "Cidade Verde" em 2009, em razão de sua diversidade verde protegida, o que faz do município um dos maiores do Brasil em termos de áreas preservadas.
Este vasto patrimônio verde não se faz refletir na paisagem urbana da cidade. Caminhar pelas ruas e praças da Pérola do Mamoré, tanto dos bairros como na região histórica e central da cidade, é uma experiência decepcionante, se consideramos o título de “Cidade Verde”.
Os passeios públicos das ruas e praças de Guajará estão em péssimo estado de conservação e limpeza, áreas geralmente desprovidas de verde e jardins ornamentais que, quando existentes, apresentam aspectos de abandono.
No centro antigo da cidade, os canteiros existentes são utilizados como depósito de lixo, entulho ou local próprio para instalação de lixeiras diversas, atropelando arbitrariamente o conceito de canteiro ajardinado e descredenciando o título de “Cidade Verde”.
A cidade como um todo - nossa gente, autoridades locais e empresários – tem que voltar sua atitude e iniciativa às verdadeiras potencialidades e vocações naturais do município para, assim, transformar a paisagem urbana da Pérola do Mamoré, atrair mais turistas e visitantes e alavancar nossa economia no viés do turismo, gerando riqueza responsável, ocupação e renda para nossa gente.
Iniciar esta empreitada de embelezamento da cidade, valorizando e cuidando melhor do nosso título de “Cidade Verde”, plantando e cultivando em nossas praças, passeios públicos e canteiros centrais, mais ipês, mais verde, mais jardins e flores é um bom começo para todos aqueles que dizem amar a Pérola do Mamoré.
Nas escolas, trabalhar educação ambiental envolvendo professores, alunos e a comunidade vizinha, arborizando com ipês e plantas ornamentais regionais, áreas externas e pátios internos não construídos das unidades escolares.
Da mesma feita, envolver as associações de bairros, igrejas e organizações não governamentais na distribuição de mudas de plantas ornamentais aos moradores, para que os mesmos as plantem em seus quintais e jardins.
Sensibilizar a Prefeitura, através das pastas pertinentes, assim como toda população, para que não se jogue mais lixo nas margens da BR 425 e, ao contrário, com o envolvimento de todos, inclusive com a participação do Campus da UNIR de Guajará-Mirim e a do IFRO que aqui se instala, cultivarmos uma floresta de ipês ao longo da BR 425, no trecho da rotatória das Avenidas Duque de Caxias com XV de Novembro, até o pé da Serra dos Parecis.
Vamos todos, juntos dizermos não ao lixo espalhado em todos os espaços públicos da cidade. Vamos todos defendermos mais ipês na urbe do Mamoré. Vamos dizer sim, queremos mais jardins, mais verdes e mais ipês em Guajará-Mirim, a “Cidade Verde” de Rondônia e do Brasil.
Por Ariel Argobe, Artista Plástico e funcionário da UNIR.
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