Segunda-feira, 7 de julho de 2014 - 12h50
Rivellina. Por muito pouco, a segunda filha do casal Walter e Mirian não foi batizada assim em homenagem ao autor do primeiro gol do Brasil contra o Peru, em 14 de junho de 1970, nas quartas de final da Copa do México. Mirian deu a luz no exato momento em que Rivellino abria o placar da partida. “Meu marido considerou isso, mas eu não aceitei. Minha filha se chama Soraia. Esta é minha lembrança mais forte da Copa de 1970”, disse a dona de casa Mirian Jorge.
Ela contou a história neste domingo (06.07) quando passeava pela exposição temporária “Brasil 20 Copas”, montada no Museu do Futebol, em São Paulo. A viagem pelos Mundiais é feita de forma criativa. “Por que perdemos em 1930? Havia 13 seleções e Zagallo ainda não havia nascido.”, “Por que ganhamos em 1958? Pelé e Garrincha derrotariam os vikings, os romanos, as tropas de Napoleão e todos os exércitos.”, são alguns exemplos de como as Copas são contadas na mostra.
Mas a exposição também tem as informações históricas. Diante diante da réplica da taça Jules Rimet , Walter contou que a alegria pela conquista definitiva do troféu deu lugar à tristeza pelo sumiço do mesmo. “É uma falta de respeito. Derreter a taça? Não sabemos preservar os nossos valores”, reclamou o advogado.
A Copa de 1970 foi, segundo ele, conquistada pelo melhor time que o Brasil já construiu. A equipe de 2014 não se compara àquele grupo, mas Walter aposta na superação para a vitória. “Sem Neymar, cria-se um espírito forte de equipe. Mexeu com o brio dos jogadores, eles vão com tudo”, apostou.
Embalados pelo clima das Copa, milhares de turistas estão visitando o Museu do Futebol diariamente. Só no mês de junho de 2014, foram 62 mil visitantes, uma média de 2,5 mil por dia, considerando que o local abre de terça a domingo. Desse total, 38% são estrangeiros.
Na exposição permanente, é possível escutar os grandes gols do futebol brasileiro narrados por conhecidas vozes antigas e da atualidade. Passa-se por retratos históricos, sente-se o calor da torcida, como se estivesse no campo de um estádio cheio. Mas é na Sala das Copas, com fotos e vídeos de cada Mundial, que os sentimentos se intensificam. “Esta é a hora da saudade. Escutei no rádio o título de 70, vibrei demais com o título em cima da hora em 1994. Lembro do Cafu levantando a taça em 2002. Quero sentir isso de novo”, disse o funcionário público Ronaldo Pampolha.
Antes de chegar à Sala das Copas, no entanto, os visitantes passam por um espaço quase fúnebre, onde um vídeo reconta a história do Maracanazo de 1950. “Passar ali dá muito medo de que isso se repita este ano. Causa muito impacto. Mas eu espero que não. Prefiro ficar com as lembranças boas que vão se misturando enquanto a gente está aqui”, acrescentou a esposa dele, Ivanete Pampolha.
A esperança de um final diferente em 2014 está na postura do time, segundo Ronaldo. “Em 1950, tinha o espírito do 'já ganhou', que não existe esse ano. Esta história aqui mostra: todo vez que a Seleção chegou desacreditada, foi campeã. E ela vem crescendo. Estou confiante”, disse.
O desejo de sentir outra vez a emoção de ganhar um mundial não é privilégio dos brasileiros. Igualmente nas semifinais, os argentinos também querem reviver um título. A conquista mais marcante para o senhor Hector Tolosa foi a de 1978, na Copa disputada na Argentina.
“Foi um ano difícil pelo que acontecia fora de campo, em termos políticos. Mas 'futebolisticamente' falando, foi emocionante. As pessoas celebraram nas ruas, teve buzinaço. Receber uma Copa é algo muito lindo. O paíse se prepara, melhora as condições e é uma grande festa. Vocês estão vendo isso agora”, disse.
Para o argentino de 75 anos, mais um visitante do Museu do Futebol, o vencedor da edição de 2014 tem que ser aquele que mais merecer. “Que haja justiça, não concordo com o fanatismo”, disse. Mas se a pergunta muda um pouco, com uma carga mais sentimental, a resposta é diferente: “Quero que seja a Argentina. Quem não gosta de ser campeão?”.
Museu do Futebol, no Estádio Pacaembu - Praça Charles Miller, s/n - São Paulo (SP)
Horário de funcionamento até 13 de julho: de terça a domingo, de 9h até as 21h (bilheteria), com permanência até 22h
*No dia 8 de julho, por conta de Brasil x Alemanha: fechamento às 14h
Entrada: R$ 6. Pessoas com deficiência e crianças até sete anos não pagam.Meia- entrada para estudantes, professores e idosos.
*Até 13 de julho, a entrada é gratuita para todos os visitantes às quintas-feiras e sábados
Mais informações: (11) 3664-3848 www.museudofutebol.org.br
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