Quinta-feira, 17 de março de 2016 - 18h11
A poucos dias do maior acontecimento religioso e turístico do Vale do Guaporé, a Festa do Divino Espírito Santo, os municípios por onde o cortejo fluvial passará já se preparam. Todos querem oferecer acolhida e conforto para fiéis e turistas que vêm de diversos países.
O padre Claudenir Matos, de Costa Marques, diz estar ansioso por participar pela primeira vez do evento. No Forte Príncipe da Beira, há uma preocupação a mais: obter apoio para receber a comitiva em 2021.
A Festa do Divino tem como um dos pontos fortes a procissão fluvial que percorre mais de 30 localidades brasileiras e bolivianas. A saída e o encerramento, este ano, será em Porto Murtinho, no município de São Francisco, também no Vale do Guaporé.
E em Porto Murtinho as providências estão avançadas. A prefeitura, os empresários, devotos e a irmandade local cuidam dos preparativos relacionados à parte religiosa e estrutural para acolher os visitantes.
OBRAS
As obras para a construção do galpão que servirá de refeitório foram asseguradas com recursos (R$ 35mil) destinados pelo governo de Rondônia, através da Superintendência de Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel).
Segundo o superintendente Rodnei Paes, outros R$ 35 mil foram repassados para a aquisição de alimentos para as pessoas que participarão da festa. A Sejucel também providenciará equipamentos de som e iluminação, além do palco.
Operários do Departamento de Estradas, Rodagens, Infraestrutura e Serviços Públicos (DER) trabalharam para deixar o acesso ao porto em condições de receber os devotos e turistas, uma vez que é neste local que parte das festividades será realizada.
EXPECTATIVA
O clima de expectativa entre as irmandades é indisfarçável. O padre Claudenir Matos veio do Paraná e está há pouco tempo no município de Costa Marques. Ele é o pároco da paróquia do Divino Espírito Santo, onde há uma irmandade do Divino. Será a primeira vez que o sacerdote presenciará a festa, da qual ouve relatos entusiasmados desde que chegou.
A paróquia do padre Claudemir é base de uma irmandade que vem se preparando há algum tempo para o evento. O grupo está envolvido até mesmo na liturgia das celebrações, um compromisso da maior relevância no contexto da festa.
TRADIÇÃO
Elvis Pessoa e Jean Carvalho Chianca, presidente e vice , são, respectivamente, da Associação Quilombola do Forte, que congrega os moradores do histórico quilombo existente no entorno do Forte Príncipe da Beira. Eles dizem que a procissão, uma tradição herdada dos negros do quilombo que existiu naquela região, é manifestação que mobiliza os pouco menos de 300 habitantes do lugar.
“Este evento é muito importante para nós”, ressalta Elvis. Ele e o vice-presidente da associação já iniciaram contatos para receber o cortejo em 2021, conforme sorteio realizado pela organização da festa. “Se não conseguirmos a estrutura, o direito passa para outra localidade, mas isto não vai acontecer”, sustenta Elvis.
A Festa do Divino Espírito Santo é um culto, que começou há 122 anos no Vale do Guaporé. Originalmente veio para o país com os negros trazidos para serem escravos. Atrai, anualmente, devotos que pagam promessas atendidas pelo Espírito de Deus. Junto com eles chegam turistas de vários países que vêm prestigiar a manifestação religiosa, os costumes e a profusão de cores que brota das embarcações e das vestimentas dos devotos.
A procissão sai no domingo de Páscoa de uma localidade escolhida previamente por sorteio, percorre o rio Guaporé e visita mais de 30 localidades, onde fortalecem a fé no Divino Espírito. No trajeto, recebem doações que servirão para a grande festa, que dura sete dias e acontece no Dia de Pentecostes, o Dia do Espírito Santo, 40 dias após o início.
Fonte
Texto: Nonato Cruz
Fotos: Ésio Mendes
Secom - Governo de Rondônia
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